Inimigos sedentos por sangue
Não era para ser assim, mais as ações dos outros não estava em seu controle, precisava ter fé que tudo ficaria bem.
Angellik suspirou fundo em agonia enquanto esperava a curandeira chegar para avaliar o estado da Lucy que entrara em trabalho de parto com fortes contrações antes do tempo, aquilo era preocupante por isso mandara John ir buscar a senhora, que por sorte morava na fazenda vizinha; quando ouviu passos, correu para encontrar a mulher já idosa com os seus fartos cabelos brancos de experiências e sabedoria, chegava com um semblante tranquila, levando a mulher imediatamente ao quarto da Lucy ela logo saiu decidida a esperar fora, por não conseguir ver o sofrimento da amiga que gritava de dor chamando pelo marido, deixando‐a temerosa.
Os minutos que se passaram fora tenso
— Sim, a criança precisa nascer, mais vai ser bem demorado e sofrido!
A mulher disse ao sair do quarto depois de longos minutos avaliando o estado da paciente.
— O que eu posso fazer para ajudar?
— Se tem fé reze! E mande mim trazerem água morna e panos limpos, e um forte chá de camomila para você se acalmar, por que não vai adiantar ficar nesse estado, preciso de você calma para ajudar quando for realmente preciso — A mulher falou, sem perder tempo voltou para o quarto.
As horas que se passaram foram aterrorizante, a cada grito de dor da sua querida Lucy, Angellik sentia o coração descompassado no peito com o medo e a agonia temendo que o pior acontecesse, por duas vezes viu sua amiga perdendo as forças e desmaiar, nada ia bem ela tinha consciência disso, e Pediu a John mais uma vez que fizesse o possível para achar o Fergus e talvez não fosse tarde para ambos.
Angellik ficou ali na soleira da porta vendo o homem sumi à cavalo cortando o vento na estrada deserta.
— Eu te trouxe um chá senhora!
Nariãh entregou-lhe uma xícara, que segurou com mãos trêmulas, ela ficou a observar a fumaça que subia do líquido quente, minutos pareceu eternidade, naquele transe obsoleto.
— As crianças Nariãh?
— Não se preocupe, estão bem, pedir para o meu garoto cuidar deles, e distrai‐los por aí!
Ela agradeceu com um gesto de cabeça baixa antes que a mulher olhasse para a estrada com atenção.
Logo levantou a cabeça, por ver que a poeira da estrada estava alvoroçada sinal que estaria vindo alguém… — Pensou já atenta consertando a postura.
— Será John? Ele encontrara o meu primo?
Com as mãos ainda trêmulas devolveu a xícara para a mulher e forçou as vista para tentar enxergar além da cortina densa de poeira, e pôde ver dois cavalos, levou as mãos ao céu agradecida.
— O John encontrou o Fergus! E vai ficar tudo bem agora!
Disse sorrindo aliviada abraçando a mulher que por pouco não deixa a bandeja ainda em suas mãos cair.
— Que benção minha senhora, vou agora avisar, a senhora Lucy da chegada do marido, assim ela poderá deixar a preocupação e ter forças para pari.
A mulher voltou para dentro e Angellik, tirou o LENÇO que ainda trazia amarrado como faixa nos cabelo. Os cavalheiros demoram um pouco até chegar em um alcance nítido de visão, quando isso aconteceu, a surpresa fora tanta que a mulher parada nos dois primeiros degraus da varanda cambaleou para trás quase perdendo o equilíbrio, segurando‐se em uma das vigas percebeu as suas forças escapar-lhe do corpo, a cor do seu rosto pareceu de um fantasmas de tão pálida; perdeu sua postura, ficando desfigurada, viu os dois homens desmontar dos cavalos à poucos passos de distância, e sua primeira reação foi correr de volta para dentro da casa, tão logo suas pernas voltasse a reagir as seus comandos, antes mesmo de subir os degraus da pequena escada ouviu seu nome, e o impacto da voz ecoou em sua mente lhe fez parar, e olhando lentamente para traz viu aqueles olhos cor de sol quente como dias de verão queimando intensamente em sua direção.
— Angellik!!?
O intruso olhava em seus olhos de uma forma tão profunda que lhe paralisou, ele deixara as rédeas com o companheiro, caminhou em sua direção com passos que pareciam pesados, ainda com olhar fixo ao dele, ela sentiu uma mistura de sensações abalaram seus pensamentos, de um lado o medo, mais do outro estava tão aflita com o estado de Lucy, e o sumiço do primo que desejou por um momento que ele tivesse ali para abraçar e dizer que tudo iria ficar bem, mais aquilo era pedir demais, com certeza eles estavam com seu primo agora viera buscar o restante, "ela".
— Não se aproxime! — Conseguiu dizer, ainda inebriada com aqueles olhos que parecia ter um certo tipo de poder sobrenatural.
— Calma! Não vim te fazer mal!
Ele levantou as mãos no gesto de paz retirando as arma deixando‐as cair no chão mas sem desviar dos olhos dela.
— O que aconteceu com você? – ouviu- o indagar curioso enquanto passava rapidamente os olhos por todo seu corpo.
Aquilo a desconcertou ainda mais.
Bom aquela não era bem o que ela imaginou ouvir, estava já tentando se preparar para ataca‐lo com ulhas e dentes, socos, pontapés, tudo que tivesse ao seu alcance, ele não iria leva‐ lá sem antes ter um pouco de trabalho, mais aquila postura desarmada e preocupado lhe confundiu.
...— Você está bem? Não sabe o quanto lhe procurei......
Ele continuou falar, parando apenas à poucos centímetros de distância entre eles, sentiu o espaço ser preenchido pelo corpo grande, o que à fez sentir o cheiro másculo dele, respirando com uma certa dificuldade gaguejou.
— B...Bem? Como assim? – Ela piscou não estava entendendo o que se passava ali, e pior via a sincera preocupação em seu olhar, era tudo que menos esperava dele naquele momento, sem perceber deixara uma lágrima escorrer baixando a guarda, estava tão frágil aquele momento; e ele pareceu perceber, no mesmo instante viu‐o abrir os braços para ela, não precisou de convite verbal, se atirou em seus braços sentindo a força de um abraço como de quem realmente sentira sua falta, aninhada ali por longos minutos deixou as lágrimas rolarem até soluçar, ele apertar mais o abraço, trêmulo, enquanto afagava-lhe os cabelos e beijava-lhe a nuca, trazendo lembrança do temido passado, e muitas incertezas quanto ao futuro.
Ela não sabia o como precisava daquele abraço.
— Agora eu estou aqui para cuidar de você, e tudo vai ficar bem, meu pequeno anjo!
Aquele abraço forte era de certa forma prazeroso parecia ter um certo efeito reconfortante, já até havia esquecido como era um abraço de um homem cujo seu corpo ainda lembrava do toque, e as carícias avassaladoras, que acreditava jamais voltar à senti, como se o vulcão adormecido voltasse na ativa, agindo pelo instinto ergueu‐se nas pontas dos pés e lhe ofereceu os lábios, que foi aceito com êxito e paixão. No primeiro momento ela só ficou ali, meia confusa, sentindo as pernas bambas e o coração saído do peito completamente sem lucidez envolveu‐se desejando ser tocada e sentir aquelas mãos de quente desenhando linhas de fogo em seu corpo, se esquecendo de todo o resto.
O viking aprofundando mais o beijo, segurou seu rosto, para impedir que ela se afastasse, coisa que ela nem pensou em fazer.
— Bom, sem querer atrapalhar o momento dos dois, por quer não entramos enquanto vão se amar na intimidade de quatro paredes, eu não me importaria em comer algo, pois estou faminto!
O casal se entre‐olharam esquecidos da plateia, com os braços ainda em volto da sua esposa Állex olhou para o primo desejando que ele desaparecesse para que pudesse desfrutar daquele momento com mas plena liberdade — "Só podia ser ele mesmo pra mim atrapalhar desse jeito" — Ele pensou, havia imaginado tantas formas de repreender sua esposa quando lhe reencontrasse, até prometeu a si mesmo que lhe apricaria um cartigo severo, mais seu medo era não ver‐lá nunca mais com vida, quando decidiu se informar à respeito daquela mulher da feira, como quem não queria nada, e logo um língua solta revelou como chegaram ali, mais algumas moedas logo soube o endereço e quantas pessoas viviam naquela pequena fazenda, ali estava ela carne e osso, estava viva! Viva! – repetiu mentalmente afoito, agradecendo aos Deuses, Agora sabia o por que daquelas vestes e o rosto marcado do sol, ela trabalhava duro na lida da terra, sem luxo,tinha ali uma vida dura, não permitiria que sua mulher passasse nem mais um minuto ali e aí de quem tentasse impedir-lhe de cumpri o seu dever de cuidar e zelar por sua segurança, ela ainda era sua esposa.
— Eu não sei o que sofreu aqui, mais agora acabou, vou te levar comigo!
Állex desviou o olhar do primo, já voltava sua atenção novamente à ela.
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Atualizado até capítulo 54
Comments
ARMINDA
🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰 MUITO AMOR ENVOUVIDO
2024-05-20
2
Lyu Lima
Essa Angellik é braba kkk
Isso mesmo Angel👏🗡️
2023-09-14
2
Rosária 234 Fonseca
olha só que encontro em como ele vai reagir ao saber que tem um filho kkkk
2023-08-02
1