CAP.12 Um lar

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...Desde os acontecimentos dias atrás, jurara para si que ele jamais voltaria a toca-la, não com a sua permissão, ela rezava para não ser obrigada a fazer coisas contra a sua vontade, pois fizera questão de esconder o seu ranço por ele, evitando a todo custo...

...encontrar-lo, era preferível se manter longe, pois só de imaginar olhar no seu rosto vinham aquelas terríveis imagens do homem ao chão olhando na sua direção com os seus últimos resquícios de vida, tendo pesadelos todas às noites, estava amedrontada a temer pela própria vida e também a dos que estavam sobre as suas responsabilidades, a cada dia percebia o seu ódio crescer por todos aqueles homens cruéis, buscava força para não enlouquecer de vez, por sorte passava muito tempo ao lado do primo que pela graça divina estava a se recomperar rápido e não corria mais o risco de perder a perna, mas por consequência ficaria meio...

...manco, assim mesmo ela sentia alívio por aquele milagre, porque pedira tanto a Deus que o curasse, e depois de três longos dias de febre muito alta, ele apresentou melhora então ela e Lucy pode respirar aliviadas....

...Mais alguns dias se passaram e por...

...fim chegaram ao destino, À ilha que vivia o clã daquele povo que amaldiçoara a sua vida, que agora seria seu novo lar, teria que se adaptar a viver com os selvagens....

...Ela caminhou pela areia com passos pesado, obrigando as pernas a obedecer seguindo um dos homens que fez sinal para que os acompanhassem, enquanto o homem que um dia chamou de marido estava na frente dando ordens organizando às descargas....

...Com suas passadas lentas como de quem vai de destino à forca, pôde observar os moradores correrem em direçao dos recém chegados na medida que se aproximavam do povoado, esses demonstravam alegria rodeando-os e enchendo de perguntas sobre a viagem, alguns eram esposas e filhos contentes pelo retorno dos seus entes queridos. Enquanto seguiam os nórdicos, o trio observavam tudo ao seu redor, talvez curiosos pelo modo como estava organizado às casas, até as plantações aos redores, Angellik notou a segurança que parecia ter aquele lugar, logo na chegada avia uma muralha de pedras e madeira, e vários homens bem armados guardavam o portão feito de uma madeira que demostrava ter cido bem trabalhada parecia resistente, lá dentro avia fileira de casebres, uma ao lado da outra formando assim um grande círculo, a medida que se aproximava mais perto notava melhor os detalhes, no centro do círculo avia um grande salão, "talvez um lugar para se fazer reuniões", — Pensou olhando as belas plantações atrás dos casebres, e do outro lado alguns cercados com animais que pastavam. Deslocados e preste a elouguecerem quando duas mulheres se aproximaram o,' homem falou algo com elas apontando na direção dos hospedes, logo elas os conduziu a uma das casas mais afastada. Dentro avia um espaço enorme com apenas uma mesa no centro um fogão no chão e alguns bancos espalhados, avia uma parede de palha que parecia ser para divisão de outro cômodo "talvez um quarto" — Angell pensou sentando em um dos bancos que lhes foi oferecido, e também uma refeição quente que saira do caldeirão que fervia à sua frente, ficaram agradecidos por comerem algo mais saboroso do que o que lhes foram servidos durante a viagem, depois foram deixados para descansar por aquela noite, enquanto todos faziam muito barulho lá fora, festejando com muita música, dança, e a bebedeira não podia faltar, aquela algazarra foi ouvida até o amanhecer fazendo com que o descanso de quem os queria não fosse tão apreciado como o desejado....

... ...

...Na manhã seguinte foram acordados com fortes batidas na portilhola de madeira, alarmado Ferguns se pôs de pé com a espada em punho, as mulheres se posicionarao atrás dele....

...— Ponham se de pé!...

...Reconhecem a voz do pegazsos que já entrava porta a dentro....

...— O que ouve ?...

...Ferguns perguntou guardando a arma e sentando em um banco próximo ao fogo que ainda tinha as brasas acesas. O inverno parecia já está começando pois estava uma manhã imersamente gelada e puderam sentir o vento extremamente frio que penetrou o ambiente acompanhado do homem que mas parecia um furacão, aquele clima ameassava congelar, até os ossos fazendo qualquer pessoa desejar algo bem quente para beber....

...— Tenho que levar a dama até o chefe, o rei Vandrak exige ve‐la! — o homem nórdico respondeu fazendo jesto com a mão para que Angell o acompanhasse...

...— Talvez fosse melhor mais tarde, após o desjejum, temo não está apresentável o bastante para conhecer o seu chefe! — Ela disse apontando para suas vestes amassadas e seus cabelos despenteados....

...— Acho que não entendeu, eu não perguntei se quer ir, vou leva-lá, você fará seu desjejum com o chefe e sua família! — Dizendo isso o homem pegou em seu braço para que o acompanhase por bem ou por mal....

...— Opa!!! Assim não amigo! —...

...Ferguns se levantou de imediato tropeçando no banco à sua frente quase caindo, Lucy que estava perto o aparou segurando seu braço a tempo de evitar a queda e o contragimento....

...— Não precisa se preocupar, o meu Rei só quer conhecer a dama! E você com essa agilidade toda...Nao estou bem certo se poderia defende-lá caso precisasse...— O homem disse com ironia entre gargalhadas....

...Sem dar importância às provocações Ferguns endireitou a postura serio, se posicionando ao lado da moça....

...— Se puder aguardar lá fora em minutos estaremos prontos....

...— Não me lembro de ter mencionado ninguém mais que a senhora aqui!...

...Com as mãos na cintura o guarda se pois na frente da porta impedindo que o homem a arrastasse para fora. O grandalhão arquiou a sombracelha grossa endurecendo o maxilar se mostrando contrariado...

— Não sei se você que bancar o corajoso ou o burro? mais te dou um conselho, não volte a repetir essa besteira de herói, não aqui! se fosse outro em meu lugar você já era um finado Zé perninha!

...— Tá tudo bem meu primo! Nada vai me acontecer!...

...A jovem disse intervindo, antes que fosse tarde, sabia que seu fiel escudeiro ainda não estava totalmente recuperado para outro embate e não queria ser a causa pra outra desgraça em sua vida, viu‐o exitar um pouco antes de sair da frente, e seguiu com o olhar até os perder de vista entre os casebres....

...Enquanto caminhavam em meio aquelas pessoas, podia sentir os olhares curiosos, outros cuspiam no chão com nojo e desdém, algumas crianças se aproximou tocando‐lhes os cabelos por ser de uma tonalidade intensa que despertava atenção....

...— Sai moleques!...

...Pegazsos ralhou-os e à direcionou para a casa maior que vira ali, que era também a mais alta dos arredores, dentro do ambiente todos olharão em sua direção, inclusive o Állex que estava sentado ao lado de uma mulher de cabelos pretos e longas tranças ela tinha símbolos do lado esquerdo do rosto, algo que Angell imaginou ser letras que não fazia ideia do significado....

...Percebendo a troca de olhares entre eles, a mulher estreitou o olhar medindo-a de cima a baixo de um jeito intimidador, Angell logo entendeu de quem se tratava aquela mulher. — "Com certeza a tal noiva!" — Falou para si mesma desviando o olhar para o homem idoso que lhe observava com bastante cuidado, depois o ancião lampejou um olhar balançando a cabeça em desaprovação para o Állex....

...O homem estava sentado em uma cadeira um pouco mais alta que as demais pessoas, usava um grande e grosso colar no pescoço com uma estrela de ouro brilhante, o símbolo da sabedoria e do poder infinito, os dedos das mãos tamborilavam na madeira e eram enfeitado com diversos anéis, deixava óbvio quem era o chefe....

...Torcendo as mãos viu os dedos suarem, sentia-se um animal enjaulado sendo observada daquele modo. Pegazsos sentou em um banco da mesa farta, pois se logo a comer aquele era sem dúvida o que ele mais gostava de fazer, comer, não perdia uma refeição por nada....

...— Venha sente-se aqui menina!...

...Angell olhou para uma mulher loira de cabelos curtos o que era incomum entre as nórdicas, nunca avia visto uma mulher ter um corte como aquele sinal que ela tinha uma personalidade forte, a senhora lhe sorriu gentil fazendo sinal para se sentar ao seu lado na mesa, ela era magra, alta com um par de olhos tão azuis quanto os da moça, talvez por aquele gesto de gentileza, a mulher lhe parecera diferente dos demais ali presente....

...— Oi sou a Barnny lenglowli de Miller!...

...Ela se apresentou falando em voz baixa ainda sorrindo quando angell sentou-se....

...— Oi, eu sou a......

...— Já sabemos quem você é!...

...A mulher interrompeu-lhe deixando- a com um riso sem graça, "com certeza sabem que sou a nova Concubina do clã… uma moeda de troca." — Refletiu olhando sem perceber mais uma vez para o Állex que mudara logo a direção do olhar quando os seus olhos se cruzaram, ele pareceu meio incomodado....

...— Ele é muito bonito não? Você tirou a sorte grande!...

...A mulher disse dando uma piscadela seguindo a direção do seu olhar....

...— Ham? Como?...

...— Ele tem o pavio curto, mas é um bom homem!...

..."Aquela mulher devia tá! Louca! Bom homem?"...

...— … Gradualmente vão se conhecendo… e quando vierem os filhos… bom tudo fica melhor!...

...A mulher parecia olhar com Autoadmiração para o Állex que correspondeu com um pequeno sorriso, a outra mulher parecia muito incomodada com a conversa entre as duas, não desviava o olhar, e pior não era nada discreta....

...— Não haverá filhos! Eu só quero que tudo acabe logo e voltar para meu lar!...

...— Como não quer filhos? Vai se acostumando filha, os homens aqui fazem questão de famílias grandes, e depois do primeiro filho… pronto abri caminho para a ninhada, espero que seja uma boa parideira......

..."Aquela mulher não parava de falar nunca? Já estava quase se arrependendo de acha-lá gentil…"...

...— Minha senhora não haverá primeiro… eu só quero ir embora!...

...— Sério?...

...A mulher olhou profundo nos seus olhos riu novamente animada e bem discreta falou meio que confidenciando um segredo....

...— Você não sabe… mais posso dizer com certeza que conheço uma mulher nos primeiros estágios de uma gestação!...

...— Como??...

...Angell deu uma pequena torcidela quase engasgando, atraindo olhares na sua direção....

...— Sei que o Állex não resistiria a uma moça atraente como você, e pelo que pude perceber ambos estão atraídos, dar para perceber a tensão sexual entre vocês, mesmo longe estão soltando faíscas…imagino quando estão juntos......

...Já vermelha com aquela conversa angell se viu a recordar as noites quentes que tivera com ele… mais aquele ato de extrema violência que presenciara tirou-lhe todo o desejo naquele homem e restará apenas, ranço e pavor…só de pensar, já sentia o estômago revirar, engolira seco tapando a boca para evitar fazer vômito....

...A mulher acariciou a mão dela sobre a mesa....

...— Você está com enjoo querida?...

...Respira devagar logo passa....

...— Será que posso retirar-me?...

...Perguntou sentindo que não daria para controlar aquela sensação ruim....

...— Claro minha filha! Vem, vou acompanhar-te de volta, e lamento dizer-te, mas será neste lugar seu lar, sua casa, família, sua nova vida....

...Vendo as mulheres se levantarem Állex também se levantou sabia que algo estava acontecendo, era do seu conhecimento...

...que a sua mulher tinha saúde frágil por isso pedira naquela manhã que a sua mãe como curandeira do clã, ficasse de olho nela, a sua mãe sempre amorosa concordou de imediato....

...O seu pai fez menção para que voltasse a sentar, ele era do tipo que não aceitava ser contrariado mais prometeu a si mesmo que logo aquilo acabasse iria ver como a sua mulher estava, avia evitado demonstrar, mas se preocupava com o seu bem está tanto que conversara com o seu pai para cancelar o noivado com Ghetta, alegando ter se casado e já ter uma legítima esposa apesar dos costumes do seu povo, mas seu pai se negou a dizer que jamais voltariam atrás, e sugerindo que a mantivesse como Concubina, algo que ele jamais quisera ter… e que ela também se negaria a concordar e não tiraria a sua razão por isso, só a manteria ao seu lado como um guardião até o seu pai retornar com o seu resgate, lamentaria ver lá parti, mais não poderia ser tão mesquinho. — "E por Thor não podia ser mal-agradecido, ou egoísta"....

...Já avia conversado com a noiva sobre a situação e ela como sempre mostrou-se compreensiva, sem julgamentos e sem cara feia, prometendo boa convivência caso mantivesse a outra estrangeira como Concubina....

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