CAP 18. AMOR E SACRIFÍCIO

"Para destruir uma floresta inteira, basta iniciar um fogo com apenas uma faísca. Já para apagar... As vezes nem só a boa vontade de todos é o bastante "

...........

— Como assim? — Ela pergunta quebrando o clima romântico que os envolvia

— Você é minha esposa ainda, o seu lugar é ao meu lado!

A voz que era suave a pouco, agora falava com autoridade, assustando a pequena mulher que se afastou de imediato daquele abraço.

— Não vou à lugar algum com você!

— Não vou parti sem você Angellik!

Aquele homem caloroso de minutos atrás agora dera lugar ao velho arrogante Állex, aquele que ela lembrou que odiava e que se deixou beijar por aquela boca enganosa sentiu‐se traída por si mesma.

— E você não tem escolha!

Ele segurou no braço dela quando percebeu sua intenção de correr

— Mim solte!

Ela gritou se debatendo, chamando à atenção de Nariãh que veio correndo ver o que acontecia com sua senhora

— Mamãe?

Angellik arregalou os olhos ao notar a criança que chegara correndo dos fundos com certeza ao ouvir seus gritos, e se assustara ao ver sua mãe sendo agarrada pelos braços por um homem enorme e desconhecido, o garoto correu para cima do agressor da sua mãe e o esmurrou ferozmente gritando

— Solte a minha mamãe! Largue ou eu juro que vai se arrepender!

— Como assim mamãe?

Állex arregalou os olhos exigindo explicação a esposa, que ficará de boca aberta sem reação, não esperava que seu filho fosse aparecer e presenciar aquela cena, até mesmo por que pai e filho poderiam se alto reconhecer pelas semelhanças, e agora olhando de um para outro não imaginava que eram tão parecidos.

— Você tem um filho? Como? Quem é o pai dessa criança?

Állex gritou com raiva e impaciência, acreditando já ser demais aceitar uma traição.

À criança ainda insistia com seus socos e pontapés exigia que deixasse a mãe em paz, Pergazos pegou o garotinho pelo braço com uma certa brutalidade e o arrastou para longe do casal.

— Deixe meu filho em paz!

Angellik se desvencilhou do Állex que não segurava seu braço com tanta força, se atirando em Perguzos com unhas ele libertou o garoto e se mostrou assustado com a violência em que a ruiva se atirou sobre ele, se fosse outra ele não teria recuado, mais não poderia levantar a mão para a mulher do seu primo, mesmo que essa fosse uma adúltera, mais só o próprio marido poderia aplicar a penalidade, que era óbvia sempre era a morte. Állex assistiu à cena e também pareceu surpreso a forma que ela não exitou em defender a cria, nem pensara se poderia perder a vida, apenas agiu seguindo o instinto de defesa maternal, agarrado ao filho ela se manteve distante em alerta.

"Então sua esposa tinha lhe traído? E tinha um filho… aquilo significava que…não conseguiu terminar o pensamento mesmo com ódio não podia imaginar tirar sua vida."

— Você tem um novo marido? Eu vou mata‐lo!

Àllex abaixara para pegar as armas no chão, e entrou casa adentro gritando que iria matar os homens que encontrasse ali.

Angellik seguiu‐o correndo com dificuldade com o filho no colo, se lembrara da amiga que estava dando a luz, atrás dela também entrou Nariãh e o Perguzos.

— O que está acontecendo aqui?

Com a espada em mãos, Àllex estava na entrada do quarto horrorizado com a cena que via.

— Saiam daqui!

A curadeira gritou ao notar sua presença

— Vá embora! Será que não percebe o que está acontecendo aqui?

Angellik tentou expulsa‐lo

— É a sua dama de companhia? Ela está…

Ele exitou quardando a arma de volta na bainha em suas costas.

....tendo uma criança?

— Sim, está tentando, esta sendo muito difícil para ela...

Com a voz embargada Angellik não escondeu as lágrimas que brotaram dos seus olhos tristes, voltando a se preocupar vendo Lucy lavada de sangue, muito pálida e sem forças

— Não chora! — Lucy abriu os olhos e tentou parecer forte, forçando um meio sorriso em seus lábios ressecado e ferido de tanto que ela mordia a tentar empurrar a crianças de dentro para fora.

A sua senhora e amiga correu até a beirada da cama se ajoelhando sem conter o desespero, Lucy estendeu-lhe a mão para lhe acalmar

— Não sofra assim, como poderei descansar, se você estiver desse jeito?

— Não diga isso, você não vai mim deixar!

As duas trocaram um olhar bem significativo, elas sabiam era uma despedida.

— Não tenho mais forças! — Ela disse, com muita dificuldade a voz saiu baixa e entrecortada por conta das contrações muito intensa

— Você consegui, só mais um pouco, não desista minha querida irmã!

Tentando parecer confiante Angellik apertou com força a mão da moribunda

— Sinto mesmo dizer, mais não à muito o que fazer...

À velha curadeira disse lavando as mãos com desânimo, um olhar de compaixão para Lucy, continuou a falar — Ela não consegue mais, está com uma hemorragia que não cessa, eu já tentei de tudo ao meu alcance, agora só resta a despedida e que os deuses tenham piedade dessa alma e não a deixe sofrer por mais tempo.

— Como assim? — Angellik se desesperou ainda mais

— E a criança? Ela esta morta?

— Ainda não! — À velha disse já arrumando os seus pertences

— E não pode fazer nada para impedir que morra?

Angellik largou a mão da amiga e correu até a velha implorando que fizesse algo

— Não tem nada para fazer, só aguardar!

Não era possível como podia só esperar pela morte? Devia existir um jeito, ela tentou convencer a mulher a fazer qualquer coisa, mais era tarde a senhora tirou toda a esperança e despediu-se indo embora.

— Minha doce senhora!

Era Lucy que lhe chamava para mais perto

— Ouvir o que aquela senhora disse, sei que não tem jeito para mim...

Ela respirou com dificuldade e continuou...— Mas não deixe meu bebê morrer!

— Eu… eu não sei o que fazer!

Angellik gaguejou tremula realmente ela não fazia ideia como ajudar.

— Tem um jeito, salve meu bebê, eu imploro!

Muito fraca, Lucy desabou em lágrimas era um pedido urgente, não podiam relutar tanto era necessário agir, ela continuou a falar pausadamente — Abra minha barriga e tirem meu bebê de dentro de mim, só assim ele se salvará!

— Como? Nunca, eu não vou te matar! — Angellik assustada com aquele pedido tremera desabando em uma cadeira próxima da cama, o seu marido adiantou para apoia‐la

— É necessário ou morremos os dois!

— É, ela está certa! É o desejo dela que salve a criança, eu posso fazer isso se mim permitirem!

Angellik olhou nos olhos do Állex, questionando se ele estaria certo em propor assassinar uma mãe, para dar vida a um filho?

— Eu imploro Angellik!

Ela ouvia sua amiga pedir, e sabia que ela estava prestes à parti mais aquilo era cruel de mais e Deus talvez não lhes perdoasse por se intrometer nos seus planos,

por outro lado, era um bebê inocente, se tinha um jeito e era aquele, e era o desejo da mãe, o que podia fazer?

— Eu não tenho muito tempo, nós ajude, ele está morrendo, nos ajude eu já não sinto ele mexer, por favor é meu último desejo salve‐o e cuide dele por mim, e não deixe de dizer o quanto eu o amei...

Em prantos Angellik disse sim a sua leal e querida amiga, que sorriu em agradecimento e alívio.

— Por favor se não for tarde, diga ao Fergus o quanto eu o amo, fui feliz ao seu lado não tenho arrependimento nem um de ter mim casado com ele, mesmo sabendo que nunca fui a dona do seu coração, eu só espero que ele esteja bem e possa te ajudar a cuidar das crianças, você promete que cuidará das crianças como se fossem suas?

Jamais negaria algo a sua amiga e seus filhos nasceram juntos era como se fossem irmãos e assim também seria com aquele que nasceria

— Sim minha querida! Fique em paz eu vou amar e cuidar como sempre fiz! Quanto ao seu marido ele está bem e com certeza ele também te ama e vai cuidar bem das crianças.

As duas trocam um longo olhar terno de cumplicidade e amor

Angellik precisou de muita coragem para segurar a mão da amiga como ela pediu, e enquanto o perguzos segurava a mulher e o Állex abria a barriga da mulher que urrava de dor mesmo depois de ter tomado uma forte dose de um chá que serviria como anestésico para deixar seu corpo dormente, o que parecia não ter funcionado bem. Pouco depois o choro fraco de um bebê foi ouvido pelo cômodo e ainda com vida a mãe pode ver o rosto da criança, era uma menina que foi logo entregue nos braços de Angellik, que chorando se deu conta que nunca vira uma criança mais linda e perfeita, emocionada sentia como se ela mesma estivesse parido naquele instante o amor infinito incondicional de mãe lhe encheu o coração.

— Ela é linda! E Vai se chamar Amyr, quase amor, isso que ela é para mim puro amor!

Lucy beijou a pequena e pouco depois partiu para um lugar distante de todos, mais viveria na mente de quem a amava, soluçando com o bebê nos braços Angellik prometeu que também viveria na mente e no coração dos filhos pois falaria dela todos os dias enquanto existissem assim poderiam ter a certeza de conhecerem um pouco da pessoa maravilhosa que ela fora, sentiu o abraço e apoio do Állex, agradeceu a Deus em silêncio, por ele está ali com ela naquele doloroso momento de perda irreparável.

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Comments

ARMINDA

ARMINDA

MARAVILHOSO DELE ESTAR ALI PRA APOIA-LÁ. 😪😪😪😪😪😪🥰🥰🥰🥰🥰🥰

2024-05-20

2

Maria Izabel

Maria Izabel

muito triste 😢 Lucy não merecia morrer

2023-10-13

5

Marinêz De Moura Pereira Cortes

Marinêz De Moura Pereira Cortes

Nossa, que tristeza e coragem!!!

2023-10-08

1

Ver todos
Capítulos
1 1 capítulo Um sonho
2 2 capitulo CASAMENTO FORÇADO
3 3 CAPÍTULO DESTINO
4 cap. 4 CONECTADOS
5 CAP. 5 ENVOLVENDO-SE
6 CAP. 6 Intrigas
7 Cap. 7 Doce Anjo
8 CAP.8 Prisão
9 CAP. 9 Esposa X Concubina
10 CAP. 10 A fuga
11 CAP. 11 Os bárbaros
12 CAP.12 Um lar
13 CAP.13 Planos para o futuro
14 CAP. 14 Aliados
15 CAP. 15 Visita inoportuna
16 CAP 16. Inimigos declarados
17 CAP 17. Sem saída
18 CAP 18. AMOR E SACRIFÍCIO
19 CAP 19. INSTINTO PROTETOR
20 CAP 20. RECENTIMENTOS E DUVIDAS
21 CAP 21. HAKON O DESCEDENTE
22 CAP 22. COMO LOBO SELVAGEN CORAÇÃO SOLITÁRIO
23 CAP 23. O tolo
24 CAP. 24 FERA SOLTA
25 CAP 25. SOMOS O QUE SOMOS
26 CAP 26. FÚRIA FEMININA
27 CAP 27.retorno a Beynac-et-Cazenac
28 CAP 28. A IRMÃ
29 CAP 29. SEGREDOS OCULTOS Parte 1
30 CAP 30. OVELHAS NEGRAS DA NOBREZA part 2
31 CAP 31.SEM RESERVAS PART 1 mini hot
32 Cap 32.DEPOIS DO PRAZER part 2
33 Cap 33. INFORTÚNIO
34 CAP 34. O GRANDE NAUFRÁGIO
35 cap 35 INIMIGO OCULTO
36 tomando o castelo
37 Cap 37. TUTORES PARA AMY
38 CAP 38. RETORNO DOS MORTOS
39 39. ROTA DE COLISÃO
40 CAP 40.Golpe Ambicioso
41 CAP 41. TEM ALGO NO AR
42 Cap 42. O PRESENTE DE CASAMENTO
43 CAP 43. NOITE DE NÚPCIAS
44 Cap 44. CORAÇÕES QUEBRADOS
45 CAP 45. CORDA BAMBA
46 CAP 46. A SALVO
47 CAP 47. BEBÊ A BORDO
48 CAP 48. TERROR NOTURNO
49 CAP 49. CONFRONTO INEVITÁVEL
50 CAP 50. TRAIDORES
51 CAP 51. A LEI DO RETORNO
52 CAP 52. IRMÃO Vs IRMÃO
53 CAP 53. SEM PERDÃO
54 Cap 54. FIM OU TALVEZ UM NOVO COMEÇO?
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Atualizado até capítulo 54

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