"Para destruir uma floresta inteira, basta iniciar um fogo com apenas uma faísca. Já para apagar... As vezes nem só a boa vontade de todos é o bastante "
...........
— Como assim? — Ela pergunta quebrando o clima romântico que os envolvia
— Você é minha esposa ainda, o seu lugar é ao meu lado!
A voz que era suave a pouco, agora falava com autoridade, assustando a pequena mulher que se afastou de imediato daquele abraço.
— Não vou à lugar algum com você!
— Não vou parti sem você Angellik!
Aquele homem caloroso de minutos atrás agora dera lugar ao velho arrogante Állex, aquele que ela lembrou que odiava e que se deixou beijar por aquela boca enganosa sentiu‐se traída por si mesma.
— E você não tem escolha!
Ele segurou no braço dela quando percebeu sua intenção de correr
— Mim solte!
Ela gritou se debatendo, chamando à atenção de Nariãh que veio correndo ver o que acontecia com sua senhora
— Mamãe?
Angellik arregalou os olhos ao notar a criança que chegara correndo dos fundos com certeza ao ouvir seus gritos, e se assustara ao ver sua mãe sendo agarrada pelos braços por um homem enorme e desconhecido, o garoto correu para cima do agressor da sua mãe e o esmurrou ferozmente gritando
— Solte a minha mamãe! Largue ou eu juro que vai se arrepender!
— Como assim mamãe?
Állex arregalou os olhos exigindo explicação a esposa, que ficará de boca aberta sem reação, não esperava que seu filho fosse aparecer e presenciar aquela cena, até mesmo por que pai e filho poderiam se alto reconhecer pelas semelhanças, e agora olhando de um para outro não imaginava que eram tão parecidos.
— Você tem um filho? Como? Quem é o pai dessa criança?
Állex gritou com raiva e impaciência, acreditando já ser demais aceitar uma traição.
À criança ainda insistia com seus socos e pontapés exigia que deixasse a mãe em paz, Pergazos pegou o garotinho pelo braço com uma certa brutalidade e o arrastou para longe do casal.
— Deixe meu filho em paz!
Angellik se desvencilhou do Állex que não segurava seu braço com tanta força, se atirando em Perguzos com unhas ele libertou o garoto e se mostrou assustado com a violência em que a ruiva se atirou sobre ele, se fosse outra ele não teria recuado, mais não poderia levantar a mão para a mulher do seu primo, mesmo que essa fosse uma adúltera, mais só o próprio marido poderia aplicar a penalidade, que era óbvia sempre era a morte. Állex assistiu à cena e também pareceu surpreso a forma que ela não exitou em defender a cria, nem pensara se poderia perder a vida, apenas agiu seguindo o instinto de defesa maternal, agarrado ao filho ela se manteve distante em alerta.
"Então sua esposa tinha lhe traído? E tinha um filho… aquilo significava que…não conseguiu terminar o pensamento mesmo com ódio não podia imaginar tirar sua vida."
— Você tem um novo marido? Eu vou mata‐lo!
Àllex abaixara para pegar as armas no chão, e entrou casa adentro gritando que iria matar os homens que encontrasse ali.
Angellik seguiu‐o correndo com dificuldade com o filho no colo, se lembrara da amiga que estava dando a luz, atrás dela também entrou Nariãh e o Perguzos.
— O que está acontecendo aqui?
Com a espada em mãos, Àllex estava na entrada do quarto horrorizado com a cena que via.
— Saiam daqui!
A curadeira gritou ao notar sua presença
— Vá embora! Será que não percebe o que está acontecendo aqui?
Angellik tentou expulsa‐lo
— É a sua dama de companhia? Ela está…
Ele exitou quardando a arma de volta na bainha em suas costas.
....tendo uma criança?
— Sim, está tentando, esta sendo muito difícil para ela...
Com a voz embargada Angellik não escondeu as lágrimas que brotaram dos seus olhos tristes, voltando a se preocupar vendo Lucy lavada de sangue, muito pálida e sem forças
— Não chora! — Lucy abriu os olhos e tentou parecer forte, forçando um meio sorriso em seus lábios ressecado e ferido de tanto que ela mordia a tentar empurrar a crianças de dentro para fora.
A sua senhora e amiga correu até a beirada da cama se ajoelhando sem conter o desespero, Lucy estendeu-lhe a mão para lhe acalmar
— Não sofra assim, como poderei descansar, se você estiver desse jeito?
— Não diga isso, você não vai mim deixar!
As duas trocaram um olhar bem significativo, elas sabiam era uma despedida.
— Não tenho mais forças! — Ela disse, com muita dificuldade a voz saiu baixa e entrecortada por conta das contrações muito intensa
— Você consegui, só mais um pouco, não desista minha querida irmã!
Tentando parecer confiante Angellik apertou com força a mão da moribunda
— Sinto mesmo dizer, mais não à muito o que fazer...
À velha curadeira disse lavando as mãos com desânimo, um olhar de compaixão para Lucy, continuou a falar — Ela não consegue mais, está com uma hemorragia que não cessa, eu já tentei de tudo ao meu alcance, agora só resta a despedida e que os deuses tenham piedade dessa alma e não a deixe sofrer por mais tempo.
— Como assim? — Angellik se desesperou ainda mais
— E a criança? Ela esta morta?
— Ainda não! — À velha disse já arrumando os seus pertences
— E não pode fazer nada para impedir que morra?
Angellik largou a mão da amiga e correu até a velha implorando que fizesse algo
— Não tem nada para fazer, só aguardar!
Não era possível como podia só esperar pela morte? Devia existir um jeito, ela tentou convencer a mulher a fazer qualquer coisa, mais era tarde a senhora tirou toda a esperança e despediu-se indo embora.
— Minha doce senhora!
Era Lucy que lhe chamava para mais perto
— Ouvir o que aquela senhora disse, sei que não tem jeito para mim...
Ela respirou com dificuldade e continuou...— Mas não deixe meu bebê morrer!
— Eu… eu não sei o que fazer!
Angellik gaguejou tremula realmente ela não fazia ideia como ajudar.
— Tem um jeito, salve meu bebê, eu imploro!
Muito fraca, Lucy desabou em lágrimas era um pedido urgente, não podiam relutar tanto era necessário agir, ela continuou a falar pausadamente — Abra minha barriga e tirem meu bebê de dentro de mim, só assim ele se salvará!
— Como? Nunca, eu não vou te matar! — Angellik assustada com aquele pedido tremera desabando em uma cadeira próxima da cama, o seu marido adiantou para apoia‐la
— É necessário ou morremos os dois!
— É, ela está certa! É o desejo dela que salve a criança, eu posso fazer isso se mim permitirem!
Angellik olhou nos olhos do Állex, questionando se ele estaria certo em propor assassinar uma mãe, para dar vida a um filho?
— Eu imploro Angellik!
Ela ouvia sua amiga pedir, e sabia que ela estava prestes à parti mais aquilo era cruel de mais e Deus talvez não lhes perdoasse por se intrometer nos seus planos,
por outro lado, era um bebê inocente, se tinha um jeito e era aquele, e era o desejo da mãe, o que podia fazer?
— Eu não tenho muito tempo, nós ajude, ele está morrendo, nos ajude eu já não sinto ele mexer, por favor é meu último desejo salve‐o e cuide dele por mim, e não deixe de dizer o quanto eu o amei...
Em prantos Angellik disse sim a sua leal e querida amiga, que sorriu em agradecimento e alívio.
— Por favor se não for tarde, diga ao Fergus o quanto eu o amo, fui feliz ao seu lado não tenho arrependimento nem um de ter mim casado com ele, mesmo sabendo que nunca fui a dona do seu coração, eu só espero que ele esteja bem e possa te ajudar a cuidar das crianças, você promete que cuidará das crianças como se fossem suas?
Jamais negaria algo a sua amiga e seus filhos nasceram juntos era como se fossem irmãos e assim também seria com aquele que nasceria
— Sim minha querida! Fique em paz eu vou amar e cuidar como sempre fiz! Quanto ao seu marido ele está bem e com certeza ele também te ama e vai cuidar bem das crianças.
As duas trocam um longo olhar terno de cumplicidade e amor
Angellik precisou de muita coragem para segurar a mão da amiga como ela pediu, e enquanto o perguzos segurava a mulher e o Állex abria a barriga da mulher que urrava de dor mesmo depois de ter tomado uma forte dose de um chá que serviria como anestésico para deixar seu corpo dormente, o que parecia não ter funcionado bem. Pouco depois o choro fraco de um bebê foi ouvido pelo cômodo e ainda com vida a mãe pode ver o rosto da criança, era uma menina que foi logo entregue nos braços de Angellik, que chorando se deu conta que nunca vira uma criança mais linda e perfeita, emocionada sentia como se ela mesma estivesse parido naquele instante o amor infinito incondicional de mãe lhe encheu o coração.
— Ela é linda! E Vai se chamar Amyr, quase amor, isso que ela é para mim puro amor!
Lucy beijou a pequena e pouco depois partiu para um lugar distante de todos, mais viveria na mente de quem a amava, soluçando com o bebê nos braços Angellik prometeu que também viveria na mente e no coração dos filhos pois falaria dela todos os dias enquanto existissem assim poderiam ter a certeza de conhecerem um pouco da pessoa maravilhosa que ela fora, sentiu o abraço e apoio do Állex, agradeceu a Deus em silêncio, por ele está ali com ela naquele doloroso momento de perda irreparável.
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Atualizado até capítulo 54
Comments
ARMINDA
MARAVILHOSO DELE ESTAR ALI PRA APOIA-LÁ. 😪😪😪😪😪😪🥰🥰🥰🥰🥰🥰
2024-05-20
2
Maria Izabel
muito triste 😢 Lucy não merecia morrer
2023-10-13
5
Marinêz De Moura Pereira Cortes
Nossa, que tristeza e coragem!!!
2023-10-08
1