Capítulo

Depois de várias horas de estrada, cheguei numa nova cidade. Fui pra um albergue e dormi até aliviar o corpo moído. A longa viagem de motocicleta me deixou exausto. Sem contar que só comecei a sentir os efeitos da queda mais tarde. Sendo sincero, eu tava mesmo um bagaço.

Dormi até o dono da porcaria do albergue ir me incomodar e me acordar. Acho que ele pensou que eu poderia tá morto ou algo parecido. Daí então resolveu tirar a prova.

Levantei e tratei de dar o fora dali.

Fui até o banco.

Por incrível que pareça, possuía certa quantia em dinheiro, da época que trabalhei no país extrangeiro. No tempo que convivi com a Cátia, parei de vez de sair pras baladas. Quando não trabalhava, ficava de boa em casa, vendo TV e jogando videogame.

O salário que ela e eu ganhávamos, dava muito bem pro aluguel e pros gastos da casa. Dessa forma, sempre dava pra sobrar alguns trocados. Eu colocava no banco, enquanto que a Cátia investia na sua vaidade.

Como disse, o salário que eu ganhava no restaurante, até que era razoável. Entretanto, o dinheiro que tive direito quando pedi demissão foi uma merreca.

Vendo agora, até que aquele dinheiro surgiu em boa hora, não é verdade? Porém, talvez não. Isso porque se não tivesse ele em mãos, não teria comprado uma moto e me metido naquela fria de servir como avião do traficante sem nome.

Entretanto, se eu não tivesse conseguido descolar a motocicleta, era bem capaz do traficante arranjar uma pra mim, e aí a armadilha estaria completa.

Chega de ficar remoendo isso ou aquilo! O importante agora é que estou novamente longe do perigo.

Com parte da grana de minha economia retirada da conta, tratei de procurar uma hospedagem decente.

Assim que cheguei no bendito hotel, enquanto eu realizava o check-in, uma senhora simpática não tirava os de cima de mim. No entanto, não lhe dei bola.

Subi pro andar onde ficava meu quarto. Guardei minhas coisas e desci logo em seguida pra procurar emprego.

Ainda bem que a mulher que me devorava com os olhos, minutos antes, não se encontrava mais lá.

Sendo assim, aproveitei pra trocar uma ideia com o recepcionista, que foi bastante atencioso comigo.

Terminei perguntando se não havia aberta qualquer vaga de trabalho pra mim. Que eu fazia de tudo um pouco. Varrer, lavar, cozinhar era comigo mesmo. Ele me informou que não, mas caso ficasse sabendo, me avisaria.

Saí do hotel e segui caminhando, por alguns minutos, pela mesma calçada.

Um pouco mais adiante, dobrei a esquina. Foi quando a mesma mulher que me encarava no hall do hotel surgiu num carro buzinando.

Não dei confiança pra ela e segui o meu caminho. Sendo que ela desistiu de ficar me perseguindo.

Fiquei um bom tempo dando um rolê pra conhecer melhor a cidade e também pra ver se deslocava algo.

Infelizmente não consegui descolar nada naquele primeiro dia. Entretanto, por outro lado, deu pra sacar muito bem qual era a vibe da cidade.

Retornei pro hotel por volta das onze.

Fui dormir, pra no outro dia acordar cedo e procurar trampo.

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