Capítulo

De repente me vi sem dinheiro. Sendo que precisava comer e pagar o mês da hospedagem.

Tava de saco cheio de ficar implorando por emprego. Voltei a mesma boate do segurança mal-encarado. Queria encontrar o homem que tinha me passado seu contato. Isso porque como eu estava sem telefone, a única forma de falar com o mafioso, era topar pessoalmente com ele.

Porém, nem precisei ficar procurando o cara no meio da galera, isso porque o tipo surgiu do nada e me abordou novamente. Pelo visto, o sujeito me queria mesmo em seu "grupo". Nisso, logo acendeu uma luzinha, aqui, me dizendo que era algum tipo de serviço sujo.

Como eu já tinha chutado o balde, resolvi embarcar na furada, sem nem ao menos o cara me falar do que se tratava.

O malandro me mandou o papo-reto. Precisava de jovens de boa aparência para roubar carros de luxo.

– O negócio é o seguinte, meu ilustre jovem! – disse o vigarista com a maior falamansa. – Estou precisando de rapazes assim como você, que gosta de frequentar a noite; boa pinta e com cara de moço de família. Pra subtrair carros de alguns desses ricaços. Topas! 

Eu disse que topava o trabalho e fiquei de ir até seu "escritório".

Na tarde do dia seguinte, o sujeito me passou todas as coordenadas.

Entrei então pra vida criminosa.

Rapidamente peguei a manha do negócio. Já sabia dirigir desde os quinze anos, isso porque pegava escondido o carro dos meus pais quando não estavam em casa.

Não sei precisar exatamente por quanto tempo tive nesse lance de roubo de motorizados, mas com certeza foram vários meses.

Logo na primeira semana de trampo, já mostrei serviço pro chefe.

Como disse, naquela época me encontrava completamente fudido, daí o chefe me liberou um adiantado.

Mesmo se tratando de dinheiro sujo, confesso que aquela grana veio numa boa hora.

Minha vida mudou da água pro vinho. Moradia, "beca" e comida era tudo de primeira. Sendo que entre um trabalhinho e outro, sempre dava pra curtir ótimas baladas.

Lembro que quando chegava montado na grana nas festas e boates, a mulherada já caía matando em cima do papai aqui. Sendo que era até difícil escolher com quem ia "esticar" o happy hour.

Confesso que eu gostava daquele jogo de sedução e poder. Não nego que elas se aproveitavam de mim, assim como também eu me aproveitava delas.

Sem perceber, me deixei levar pelo luxo e gastança. E quanto mais grana entrava, mais grana saía, era um saco de fundo. Foi assim que me vi amarrado aos vícios novamente, e comecei a dar mancada no trabalho.

Por duas vezes, quase fomos pegos com a mão na massa.

Por sorte consegui me safar e livrar os "parças" da c#g*da, só que depois levei o mó esporro do chefe.

Porém, chega uma hora que a vida criminosa também cansa. Quis desistir do serviço. Mandei a real pro boss no dia de receber minha "paga".

– Pois é chefe! Pra mim já deu. Tô caindo fora.

Ele sorriu e me disse que eu parasse de fazer graça.

Não sabia se o chefe falava seriamente ou se tava apenas brincando. Daí, também sorri pro homem. Ele então fechou a cara e falou o seguinte:

– Quem entra nesse ramo, não tem mais volta, meu jovem!

No mesmo instante, me deu um enorme frio na espinha. Senti aquelas palavras como uma forte ameaça, porém evitei demonstrar que me senti ameaçado. Daí fiz um sinal de joinha pra ele e fui embora.

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