Capítulo

No dia seguinte, Brenda me procurou implorando perdão. Disse que nunca mais ia fazer aquilo. Eu a desculpei, mas no fundo sabia que mais dia menos dia a maluquinha faria tudo de novo.

Brenda bem que cumpriu o prometido, durante apenas uma semana, depois disso, se tornou totalmente possessiva. Ficava sempre ligando pra mim, querendo saber onde que eu tava. Coitado de mim, não tive mais sossego.

Marquei então de ter uma conversa séria com ela. Pretendia lembrar a Brenda do nosso acordo. De que nossa relação era aberta; que não era pra nenhum de nós ficar de cobrança.

Mandei o mó papo reto pra gata, porém não adiantou de nada. Brenda tava noutra vibe.

Segundo ela, a curiosidade que sentiu primeiro por mim, havia se transformado num sentimento mais forte. Sendo assim, me propôs namoro e pediu que nós dividíssemos o mesmo teto. 

– Tô completamente apaixonada por você, Dominic! – declarou ela, me pegando desprevenido. – Por favor, vem morar logo de vez comigo!

Eu não sabia o que dizer pra Brenda. Eu, sinceramente, gostava dela, mas não a via como minha namorada. Brenda era muito prafrentex, não precisava de homem pra nada. Se bem que naquele momento, não passava de uma mulher carente e careta.

Só sei que no fim acabei dizendo sim pro seu pedido, e fui morar com ela. Mas acredito que apenas aceitei sua proposta, pra que a Brenda sossegasse, e parasse com seus ataques. Essa era a minha real intenção. Mas, quando uma mulher cisma com um cara, não há quem dê jeito em seu temperamento.

A maluquete passou a me acompanhar em quase todas as atividades que eu fazia. Minha vida virou uma tremenda chatice. E lá se foi minha liberdade. Brenda começou a sentir ciúmes até da minha sombra. Eu não podia nem sequer trocar duas palavrinhas com nenhuma mina, que lá vinha ela com ciumeira. E quando eu negava fogo na cama, a destemperada já maquinava na cabecinha dela, que eu tinha transado com alguém na rua.

Essa situação super estressante se estendeu por alguns meses. E pra completar o pacote, Brenda falou pra que eu largasse os meus corres nas casas noturnas. Que ela tinha arranjado pra mim um trampo muito melhor com o irmão dela. Imediatamente falei que não aceitaria. O controle que ela pretendia ter sobre mim, Dominic, atingiu seu limite naquela hora. Ela se ofendeu com a minha recusa, disse que eu tava sendo bastante ingrato.

Discutimos feio, acho que toda a vizinhança do condomínio ouviu nossa briga; sendo que durante o arranca-rabo, o interfone tocou várias vezes. E quando Brenda finalmente atendeu, era o síndico avisando que seríamos multados por estarmos infringindo uma das regras do condomínio.

Dei graças a Deus do síndico ter interfonado, isso porque a Brenda finalmente se acalmou um pouco.

Sentou-se no sofá e ficou me encarando. Porém, dois minutos depois, levantou-se e foi pro quarto. Eu aproveitei e fui caminhar um pouco. Tinha saído com minha carteira no bolso. E todos os meus documentos, cartões e certa quantia em dinheiro estavam dentro.

Parei pra pensar um pouco, e me dei conta que, pra mim, já havia dado. Minha vida tava outra vez um saco. Daí, fui embora apenas com a roupa do corpo.

Deixei tudo pra trás: próximo salário, boates, "amizades" e a minha inesquecível maluquinha, Brenda. Mil desculpas por tudo, Brenda! Espero que tenha superado essa.

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