Capítulo

Fui pro aeroporto, e a caminho de lá, achei que tinha feito burrada. Tava um frio desgraçado, e eu, ali, sem nenhum casaco.

Outra coisa que me fez bastante falta, foi o meu telefone. Pensei em voltar pra pegá-lo e também algumas peças de roupa, mas aí me veio a imagem da Brenda me impedindo de sair de casa e desisti na mesma hora.

O bom de ter esquecido o celular, era que não teria ninguém pra amolar meu saco tão cedo.

Comprei uma passagem apenas de ida pra uma metrópole ainda mais agitada. Sentei e fiquei esperando a hora do meu voo. O frio era de rachar. Eu até que podia comprar uma  casaco novo numa das lojas do aeroporto, porém não pretendia gastar por impulso. Vai que na outra cidade nem era tão frio assim, e eu tinha gasto meu rico dinheirinho à toa. Cruzei os braços e fui aguentando o "gelo".

Chamaram meu voo, embarquei e me acomodei na minha poltrona. Até que dentro do avião não tava tão frio.

Dormi durante toda a viagem, sendo que só acordei quando ouvi a voz do piloto anunciado aos passageiros que havia chegado.

Outra vez saí do aeroporto sem nenhuma expectativa. Fui conhecer a cidade.

Gostei que a temperatura ambiente era um meio termo, ou seja, nem tão quente nem tão fria. Em compensação, a agitação era um frenesi constante.

Não perdi muito tempo conhecendo a cidade, isso porque queria logo encontrar um lugarzinho que fosse limpo e barato pra passar a noite. Procurei e procurei, pra no fim encontrar um local nada agradável. Mas era o que tinha. Não podia me dar ao luxo de um hotel cinco estrelas. Até porque, não sabia se ia encontrar logo outro trampo.

Após preencher a ficha na recepção, segui pro quarto. Antes, porém, de me registrar, comprei hambúrgueres e bebidas; me alimentei e tratei de descansar o máximo que desse.

De manhã, ainda muito cedo, tomei uma latinha de café gelado e fui pra rua procurar emprego.

Rodei a manhã toda entre bares e lanchonetes, entregando alguns currículos que tinha imprimido numa lan house.

Fiz uma pausa, pra estirar um pouco as pernas e também pro almoço. Uma hora depois do almoço, voltei pra continuar com minha saga de correr atrás de trabalho.

Novamente rodei, rodei e nada de trampo. Os currículos impressos que comecei entregar pelos bares e lanchonetes acabaram, daí continuei no boca a boca mesmo. Entrava nos estabelecimentos, perguntava se havia vagas e mesmo sem ninguém me perguntar, já ia soltando minha ficha completa.

Em alguns estabelecimentos, as pessoas eram tão estúpidas, que além de não me darem qualquer atenção, viravam as costas e saiam andando.

Ao final do dia, só sei que voltei pro hotelzinho super decepcionado.

Bater perna o dia inteiro na rua me deixou cansado. Como já tinha comido momentos antes, fui dormir cedo. Enquanto tirava a roupa para me deitar, considerei procurar emprego em boates. Coisa que não queria voltar a fazer tão cedo. Mas na situação que me achava, não tava em condições de escolher o lugar ideal para trampar. Um bom horário para procurar trabalho em casas noturnas era durante a madrugada, no entanto deixei pra fazer isso na madrugada seguinte.

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