Capítulo

Movido pela influência do ambiente, logo peguei o jeito da coisa. De maneira que passei a trampar de verdade tanto como bartender, como go-go dancer. E assim pude dar conta dos meus B.Os novamente.

Trabalhando na noite, conheci uma porrada de gente diferente. De pessoas "caretas" a uma galera barra pesada.

As ofertas e propostas de coisas erradas surgiam de todos os lados.

Como demonstrei bom serviço, por indicação de colegas da noite, passei a me apresentar em outras boates. Naquela época Brenda e eu se via bem menos. Ela estava fazendo bastante apresentações em casas de shows de rock. Já eu, quase não tinha tempo pra nada.

Uma noite resolvemos nos encontrar, logo depois que meu trampo terminasse. A noite na boate tava apenas começando. Brenda chegou ao local da minha apresentação sem avisar-me. Naquele dia, não sei o que deu nas minas que frequentavam a boate pra subirem no balcão, arrancaram parte da minha roupa e me agarrarem. Brenda assistiu tudo de perto. O caso é que também não sei o que tinha dado nela, pra subir no balcão e se pegar com as outras garotas, por conta de ciúmes.

A confusão primeiro começou entre Brenda e uma das minas, só que quando dei por mim, a pancadaria rolou solta entre várias pessoas. Foi difícil controlar os ânimos. No final, só sei que Brenda e eu fomos expulsos da casa noturna com a advertência de nunca mais voltarmos.

– Desapareçam da minha frente! E não ousem a pisar aqui novamente – esbravejou o gerente da boate. 

Pegamos um táxi e fomos pra casa da Brenda. Ela ainda bufava de raiva.

– Vagabundas! … Piranhas! – repetiu dentro do carro, algumas vezes.

Nunca a tinha visto daquela forma. Como já disse, nossa relação era aberta. Exigir fidelidade e respeito não fazia parte. Pelo visto o feitiço tinha virado contra a feiticeira, e o ciúmes que de vez em quando eu sentia por ela, passou a fazer parte da personalidade da Brenda.

Assim que chegamos ao seu apartamento, expliquei que aquilo fazia parte do meu trabalho. Trabalho, aquele, que ela mesma tinha me arranjado. Brenda então explicou que havia sofrido um ataque de fúria. E que a bebida tinha potencializado seu pavio curto, porém, aquilo nunca mais voltaria a acontecer. Fomos pro quarto, pra tirar o atraso. Transamos o resto da madrugada.

Na noite seguinte, fui trampar logo cedo como bartender, a Brenda foi de novo me visitar. Dessa vez me pegou no maior bate-papo com outra mina. Outra vez ela ficou com ciumeira. Daí foi pra cima da garota tirar satisfação no mesmo instante.

– Escuta aqui, minha filha? Não tem nenhum marmanjo dando sopa na região em que mora não? – A garota olhou pra ela sem entender nada, enquanto que a Brenda, continuou com seu discurso de mulher enciumada: – Não tem vergonha de ficar dando em cima do namorado das outras não?

– Pra começo de conversa, não estou estou dando em cima de homem – começou a declarar a cliente. – E depois, o que tem de mais ter um papo amigável com o bartender?

– Quer enganar quem, sua assanhada? … Sonsa! – continuou Brenda, ao mesmo tempo em que colava na moça. 

Eu saí de trás do balcão para evitar que o negócio pegasse fogo.

Puxei a Brenda de lado e pedi pra que ela não armasse barraco, já que não queria outra vez ser mal visto em uns dos meus trampos. Ainda bem que o gerente não percebeu nada. E tudo indicava que a garota com quem conversei era de evitar brigas, já que durante suas respostas às perguntas atravessadas da minha parceria, não chamou a atenção dos demais clientes. Além disso, a garota deu no pé da boate, sem que nenhum de nós dois percebesse.

O ruim foi que ela terminou indo embora sem pagar pelo drink. Acabou que tive que tirar do meu próprio bolso. Mas tava valendo. Foi melhor assim mesmo.

Brenda foi embora pra casa, só que de madrugada, mais ou menos no horário que a boate fechava, lá tava ela me esperando com sua motocicleta. Eu disse que não precisava ter ido me buscar, pois tava indo pro meu cafofo. Mas a gata não aceitou minha desculpa e falou que seria uma baita falta de consideração não ir com ela.

Chegamos ao seu apê.

Eu fui logo me acomodando no sofá da sala. E só sei que em menos de três minutos peguei no sono. Acho que foi o tempo da Brenda ir pro quarto e colocar uma camisolinha sexy. Sei disso porque acordei sob uma chuva de tapas e também alguns gritos.

– Dominic! … Acorde! Não acredito que já tá dormindo.

Pelo visto, ela só foi me buscar pra que tivéssemos uma noite quente.

Eu estava super cansado, tudo que eu queria era dormir por longas horas. Tinha trabalhado pra burro, mas ela não entendia isso e me jogou na cara que eu tinha saído com outras meninas durante o trabalho.

– Seu safado! Aposto que transou com alguma vagabundinha na boate.

Neguei, claro! Já que essa era a verdade.

Brenda, porém, não queria acreditar de jeito nenhum na minha palavra. E não demorou muito pra partir pra cima de mim com raiva.

Consegui contê-la, mas ainda fui alvo de dois ou três trecos jogados por ela. Felizmente, numa breve distração da ciumenta, destranquei a porta e fui embora.

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