Capítulo

Depois de algumas horas de voo, cheguei na desconhecida metrópole. Saí do aeroporto e segui caminhando pelos arredores. Dando de cara com aquele mundo totalmente desconhecido, o sentimento que me veio foi esse: Vou ser engolido por esse mar de concreto. Entretanto não deixei que a insegurança me paralizasse. Continuei caminhando em direção ao centro da cidade. Achei uma "espelunca" de hotel super barato. Daí paguei por um quarto, deixei as minhas coisas guardadas e voltei pra me familiarizar com a localidade.

Passei várias horas perambulando. Senti fome, daí entrei na primeira lanchonete que topei pela frente. Pedi um hambúrguer e um refrigerante. Enquanto comia, vi um anúncio pendurado na parede do estabelecimento, informando que estavam precisando de ajudante. Falei com um dos atendentes e ele disse que eu fosse falar com o dono, se tivesse mesmo interessado.

Fui conversar com o dono da lanchonete; um sujeito frio e direto, que deixou bem clara as condições para me aceitar como seu empregado.

As condições não eram tantas, o mínimo exigido era que eu já tivesse alguma experiência.

Para garantir a vaga, acabei mentindo um "pouquinho".

Disse já ter sido atendente, quando nunca tinha trabalhado na vida.

O "bom" do emprego foi que eu pude ficar num quartinho perto do depósito, na parte superior do estabelecimento. Só que pra minha infelicidade, o salário era uma merreca, melhor dizendo, quase nada.

Fui pegar minhas coisas no "hotel". Entrei e tentei sair sem ser visto da espelunca. Mas a mal-encarada da recepcionista percebeu e exigiu que eu pagasse mais uma taxa.

– Ei! Pode ir parando aí, meu rapaz! … Antes de sair, precisa pagar pelo o que consumiu lá no quarto.

Discuti com ela, e disse que não pagaria nada.

– Não vou pagar nada! A única coisa que consumiu foi um copinho d'água, minha senhora. Mas que mesquinharia é essa?

A histérica da mulher ficou pistola, e tentou me obrigar a pagar a bebida. Daí então ela pegou o telefone e informou apressadamente para alguém - que eu não fazia a mínima ideia quem era - que desse um pulo onde ela estava.

Antes que ela desligasse o telefone, já me encontrava do lado de fora. A mulher não se deu por vencida e veio atrás de mim, pois mesmo sem olhar para trás, escutei ela esbravejando palavrões contra minha pessoa.

– Caloteiro, filho da p…! Volte aqui, seu pilantra maldito!

Pernas pra que te quero, acelerei o passo e antes do que imaginava já havia chegado na minha nova "casa". Ainda bem que o hotel e a lanchonete ficavam distantes um do outro, pois não desejava tão cedo passar pela mesma rua daquele lugar mal frequentado.

Passei meses trabalhando na limpeza da lanchonete, achava aquele trabalho um saco, no entanto fiz amizades com pessoas que frequentam o local. E uma delas me ajudou a encontrar um emprego melhor. Com a ajuda de um grande camarada, consegui ser aceito numa rede de fast-food. No mesmo dia da entrevista, pedi demissão do meu primeiro trabalho e fui morar numa pensão. Minha função na fast-food era de atendente. Acredito que por conta da minha boa pinta, me colocaram na função.

Comparado com o antigo trabalho, dei um salto de 180 graus. Confesso que cheguei a gostar de trabalhar lá. O local era bem frequentado e o que não faltava eram gatinhas todos os dias nos azarando. Tinha umas que nos azaravam apenas por olhares, já outras eram mais dadas, mandando bilhetes com nome e número de contato, e até com cantadas mais ousadas. Sendo que foi durante minha passagem pela fast-food, que topei com a mina mais doidinha que conheci na vida.

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