Dominic Salvatore
Estou no banho, pensando na porra da Ane Smith. Logo nela? Que merda é essa? Nunca pensei que sentiria atração por uma mulher feia como ela, mas é exatamente isso que esta acontecendo. Aquele jeito inocente de agir esta me deixando maluco. Encosto a testa na parede e suspiro, deixando toda a frustração e ódio escaparem. Eu vou acabar perdendo a cabeça em algum momento. Sinceramente não gostaria de magoar um ser tão inocente, mas penso que será a única chance dela em conhecer um homem de verdade. Ela tem sorte por eu a estar desejando tanto assim.
Aquele corpinho dela balançando, pulando na cama. Aqueles seios pequenos se mexendo enquanto ela pula, me fez ter a companhia da minha mão por dois dias seguidos. Algo inédito para mim. Estou me sentindo a merda de um adolescente na puberdade.
Faz algum tempo que não a vejo, e já sei que esta me evitando. Não sei se sentiu o mesmo que eu ou esta envergonhada, mas isso não me importa. Eu obrigarei que ela faça todas as refeições comigo e com a irmã como sempre fazia antes. Ela precisa entender que eu mando nessa merda de país inteiro, e não será na minha casa que ela vai conseguir me evitar.
Termino meu “banho” e desço para o café da manhã. Noto que mais uma vez ela não desce no mesmo horário que eu.
-Onde esta a sua irmã? – Mordo uma torrada.
-Não sei. Ainda não desceu ainda. Tem acordado muito tarde ultimamente.
-Va chama-la agora!
-Por que? Não quer uma refeição em casal? – ela toca em meu braço. – Ela sempre nos atrapalha.
Dou um soco na mesa, fazendo o garfo saltar no prato. -Se ela quiser fazer parte da Famíglia terá que cumprir com as obrigações dessa casa. E estar na mesa durante as refeições é uma delas.
-Tudo bem. Mas você sabe que ela tem transtorno alimentar. Talvez esteja evitando comer no mesmo horário que você para não ter que vomitar depois.
Dou-lhe um olhar enviesado de ódio e ela se retrai no mesmo instante. Eu estou de saco cheio e poderia dar uma surra nela agora mesmo.
- Se ela não descer, eu subirei lá e acabarei com vocês duas!
Ela se levanta, apoiando as duas mãos na mesa. E com uma postura de derrota, ela sobe para chamar a irmã. Merda. Não pensei nessa hipótese dela precisar acabar com essa porra de transtorno, nem que seja na marra.
Olho para o topo da escada, enquanto seguro uma xícara de cabeça. A Isabela volta segurando a Ane pelo braço, enquanto a obriga a descer os degraus. Ela se senta ao lado da irmã quando chega na mesa. E aquele cuidado me pareceu um tanto forçado.
Não consigo disfarçar a forma como estou olhando fixamente, enquanto ela mantém a cabeça baixa o tempo todo durante a refeição come. A Isabela sequer nota. Como sempre, ela perde seu tempo lendo uma revista de fofocas como sempre.
-Ah sim, Dominic. Eu vou hoje para a revisão do ginecologista, tudo bem? Já se passaram os quinze dias que ele pediu para que eu voltasse.
-Ok. Continuo olhando para a Ane, que parece tensa quando a irmã fala da consulta. Agora estou muito intrigado. Porque ela está tão nervosa? Tem medo que se a irmã tiver um bebê, a deixe de lado? Isso pode ser um problema...
Ane finalmente abre a boca. – Posso fazer uma pergunta, senhor Salvatore?
-Mais uma? – Ela abaixa a cabeça mais uma vez. Rio. -Pode!
-O senhor conseguiu o colégio para mim?
A observo com os dedos entrelaçados. – Tem pressa para ir embora daqui? – Digo de uma forma tão brava que ela se sente desconfortável. Minha esposa está me olhando agora. Como se eu me importasse. Eu vou ter a mulher que eu quiser, e ela vai ter que aceitar isso. – Sim... Eu consegui. Você vai daqui a alguns dias, se eu deixar.
Ela não parece tão animada quanto deveria. Talvez porque ela saiba que eu não estou muito disposto a permitir que ela vá.
Isabela se levanta. – Com licença. Eu vou me arrumar para a consulta. – Ane? Você não vem? Sabe que esses medicamentos me causam tonturas, e você também precisa ver sobre seus transtornos.
Faço um gesto com a mão permitindo que vá. E ela se levanta do jeito obediente que eu gosto. O que acontece se eu pedir para ela sentar no meu colo? Bato os dedos contra a mesa.
Faço menção para falar com a Ane, mas ela pede licença e se retira sem esperar minha resposta. Passo as mãos pelo rosto. Tenho que parar com essa merda antes que seja tarde.
Pelo o celular. – Alô? fala Fabrízio.
-Chefe? Precisamos que venha. Nos fomos atacados em um dos laboratórios no México, talvez pelo cartel Sinaloa.
-Desgraçados! Eu já estou indo.
\*\*\* **Um tempo depois**\*\*\*
Depois de viajar por horas, finalmente chego ao laboratório na divisa de San Diego e Tijuana no México. Olho ao redor, e há mortos espalhados por todos os lados. O local está totalmente destruído.
-E as matérias primas?
-Levaram tudo que pudesse ser usado para produzir drogas.
-Ok. Isso parece muito estranho. Temos um acordo com Sinaloa. Nós fornecemos as rotas e eles fornecem a coca pura e a erva. Então, porque levariam isso? – Merda. Assumir essa droga de máfia pareceu bem mais fácil quando aquele velho estava vivo.
-Foi o que pensei, chefe. O problema é que tem a assinatura daqueles vermes.
-Ligue para o chefe deles. Eu quero esclarecer essa merda. Não vou nos meter numa guerra sem averiguar que droga houve aqui.
-Ok. – Ele se vira como um vira lata obediente.
Espero até que o Fabrízio ligue para mim. Seria uma demonstração de desespero que o próprio chefe ligue para averiguar. Aguardo pacientemente enquanto ele conversa em espanhol com os mexicanos. E sim, eu entendo cada palavra que é dita. Sei falar quatro línguas. Mas isso não é algo que compartilho com alguém. Gosto de saber exatamente o que cada pessoa pensa quando acha que não estou ouvindo, ou não posso entender o que dizem.
- Bueno, cuando sera? Hablaré con Dom y le haré saber la decisión. (Ok, quando será? Falarei com o Dom e informo da decisão.)
-O que disseram?
-Que alguns dos nossos homens descumpriram acordos, que o capo Bruno Rinaldi deixou de repassar o dinheiro dos materiais usados para fabricação de mesclado, heroína e crack e eles pegaram de volta.
-Merda! Esse desgraçado me paga. Poderia ter causado a porra de uma guerra.
- Tem mais. Ele quer um encontro daqui a alguns meses. Parece que ele pretende criar uma aliança mais forte, como um casamento com a Famiglia.
-Terei que resolver essa merda graças a aquele desgraçado. Pensarei bem em quem dar em casamento para aquele maldito.
-E quanto ao Bruno Rinaldi?
-Faremos uma visitinha de cortesia a ele hoje mesmo. – Sorrio de forma maléfica.
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Atualizado até capítulo 79
Comments
Rosimeire Cantanhede
caramba agora a coisa pega
2023-09-21
1
Anni Kanni
sei
2023-07-07
0
Beth elliskat
xícara de cabeça! kkkk desculpa e que foi engraçado. erro de digitação,a gente entende kkkk
2023-07-01
0