CAPÍTULO 4-O jantar

Dominic Salvatore

É engraçado, eu não tenho pena de passar por cima de ninguém. Teria matado qualquer pessoa que se atrevesse a entrar na minha suíte da merda do meu hotel sem minha permissão. Sumir com as provas e com o corpo não seria um problema para mim, tenho pessoas especializadas para esse tipo de trabalho, no entanto, tive pena daquela garota e isso com certeza foi inédito para mim. Aqueles cabelos descuidados, aquele óculos fundo de garrafa e o jeito acanhado me fizeram sentir que era apenas uma coitada tentando ganhar a vida e não fazia ideia de onde havia se metido, só por isso deixei que fosse embora.

Ouço batidas na porta. Olho em direção a ela com grande tédio.

-Entre Fabrízio.

-Chefe, já descobri quem estava fazendo o turno de hoje, ele foi sequestrado e esta preso em um dos esconderijos. Os soldados estão apenas aguardando ordens.

-Torture o imbecil e depois mate.

-E quanto a família dele?

Ergo a minha cabeça, desviando o foco das grandes pilhas de papéis importantes que acabei deixando de lado por causa dele. Familia? porque eu me preocuparia com isso?

Reviro os olhos, tentando ser paciente a essa merda de moleza dele.

-Deixe em paz por enquanto. Se começarem a criar problemas, serão eliminados junto com ele.

-Perfeitamente, senhor. E quanto a senhorita que fazia a limpeza, o detetive já entregou os dados sobre ela.

-E?

-É Ane Smith, senhor. Irmã da sua futura esposa.

-Isso não é hora para piadas... Sei que coincidências como essas acontecem o tempo todo, mas é incompreensível como uma menina feia como aquela pode ser irmã de uma deusa do olimpo.

-É verdade, senhor. Parece que a Jovem Ane é uma boa menina. Não faz nada além de trabalhar, não sai de casa e nem frequenta festas.

-E não namora, suponho... Considerando a aparência da criatura.

Fabrízio ri descaradamente. -Bom, não irei discordar, não creio que alguém queira aquilo...

Também dou risada ao imaginar que alguém tenha coragem o suficiente para ficar com uma mulher com aquela aparência.

Volto a ficar sério subitamente, o deixando completamente confuso. Porque ele me olha como se eu fosse maluco? Eu deveria jogar uma faca e acertar a jugular dele. Talvez brincar de tiro ao alvo fosse divertido.

Me levanto da poltrona de madeira maciça e ando em direção ao bar particular do meu falecido velho. Analiso as velharias. Mas é como dizem os especialistas: Quanto mais antigo, melhor. Eu não gosto dessa merda. Qualquer bebida é o suficiente se tiver alcool na composição. Me sirvo de uma dose de whisky, apontando para que o Fabrízio também se sirva da bebida. Somos amigos desde a infância apesar de toda formalidade. Quando tive a maldita doença, ele foi o único que ficou ao meu lado. Também foi o único que permiti que soubesse. Talvez ele ache que seja especial por isso, mas a verdade é que eu apenas o estou testando a todo momento.

-Ok, cuide das coisas. Tenho um encontro hoje a noite.

-Boa sorte, chefe.

-Não preciso de sorte. Eu pego tudo que quero.

\*\*\* **Algumas horas depois**\*\*\*

Chego dez minutos adiantados ao restaurante porque eu odeio malditos atrasos. A Isabela ainda não chegou como era previsto. Sento-me na mesa de um dos salões privativos. Não preciso de reservas no que me pertence. Os funcionários rapidamente vão ao meu encontro oferecendo seus serviços. Ordeno que tragam-me apenas uma dose de conhaque. O espantando com um sinal de mão, onde meus dedos estão cravados de aneis caros.

O garçom corre de forma apressada. Talvez por medo, ou talvez esteja tentando ser rápido para me agradar. Não vai funcionar. Não importa o quanto ele se esforce, eu ainda o acho patético.

Abro um jornal colocado sobre a bandeja de prata como fazem de costume. Leio as notícias do dia, e não há nenhuma informação sobre o segurança sequestrado, como era esperado. Eu não quero ter que lidar com especulações. Fala-se apenas sobre uma carga de drogas interceptada pela polícia. E eu sei que é minha, deixei que fosse pega pela polícia para despeita-los de uma carga ainda maior e mais valiosa entrando por outra fronteira. Posso recuperar a droga perdida facilmente depois de algum tempo da apreensão.

Olho no relógio, já são oito e trinta e cinco. Meia hora a mais que o combinado.

Deixo o jornal de lado, fazendo com que acabe caindo no chão. Um garçom corre para pega-lo.

Isso me distraiu e eu odeio essa merda. Só a vejo quando já está muito próxima a mim.

-Olá, desculpe-me. O transito estava uma loucura.

-É por isso que saímos com antecedência, senhorita. - Digo ainda olhando o jornal.

-Sinto muito. - Ela se sentando na cadeira a minha frente, cruzando as longas pernas brilhantes por causa de algum tipo de creme.

-É sempre atrevida assim?

-Como? - Ela franze a testa, evidenciando uma leve ruga. Isso me lembra que ela não é tão nova quanto as mulheres da máfia costumam se casar.

-Não dei permissão para que sentasse ai. - Indico com a cabeça.

-Entendo. O que exatamente você quer comigo e...como é seu nome? - Ela me questiona, ainda sentada no mesmo lugar com sua forma atrevida e desleixada.

-Não importa meu nome, vim apenas lhe informar que irá se casar comigo.

-Casar com você? Eu nem o conheço.

-Dominic Salvatore...

-Salvatore? O dono deste restaurante? Trabalho em um dos seus hotéis. - E eu posso ver a forma como seu rosto se iluminou naquele momento.

Isso me faz ter certeza do quanto ela é gananciosa. Isso é uma vantagem. Mulheres que amam não são para mim.

-Sei, sei...

-O senhor quer casar comigo porque?

-Preciso de um motivo? Eu a quero, então é minha.

-Claro... - Ela se insinua, evidenciando as lindas escapulas e o colar no meio dos seios perfeitos.

-Vamos deixar algumas coisas claras depois do casamento. Mas o que precisa saber é que não poderá mais sair com esses amigos e esta proibida de trabalhar. Proverei seu sustento e de sua irmã ate que se case comigo.

-E quando será?

-Em breve ligarei informando. Agora, com licença, preciso resolver algumas pendências.

-Não vamos jantar?

-Não tenho tempo para romantismo, senhorita. Se quiser, fique e peça o que quiser, será tudo por minha conta.

-Obrigada.

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Comments

Babi

Babi

interessante

2024-02-18

0

Geovana

Geovana

Ele é o mafioso mais sem coração que vi

2023-10-19

2

Luna preta

Luna preta

pode deixar que e conto adoro dar um banho de água fria nos vilões /Sly/

2023-09-29

0

Ver todos
Capítulos
1 CAPITULO 1-Dominic Salvatore
2 CAPITULO 2- Isabela Smith
3 CAPITULO 3-Ane Smith
4 CAPÍTULO 4-O jantar
5 CAPÍTULO 5- Maus tratos
6 CAPÍTULO 6-Conversa esclarecedora
7 CAPITULO 7-Livre
8 CAPITULO 8-Um papo estranho no hospital
9 CAPITULO 9-Casamento de revelações.
10 CAPITULO 10- Humilhação.
11 CAPÍTULO 11-Dissimulação
12 CAPITULO 12-Descobertas
13 CAPÍTULO 13-Passado e aproximação
14 CAPÍTULO 14-Surpresa no escuro
15 CAPÍTULO 15-O pedido de Ane
16 CAPÍTULO 16-O medo da Isabela
17 CAPÍTULO 17-Comparação
18 CAPITULO 18
19 CAPITULO 19
20 CAPITULO 20
21 CAPITULO 21
22 CAPITULO 22
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Atualizado até capítulo 79

1
CAPITULO 1-Dominic Salvatore
2
CAPITULO 2- Isabela Smith
3
CAPITULO 3-Ane Smith
4
CAPÍTULO 4-O jantar
5
CAPÍTULO 5- Maus tratos
6
CAPÍTULO 6-Conversa esclarecedora
7
CAPITULO 7-Livre
8
CAPITULO 8-Um papo estranho no hospital
9
CAPITULO 9-Casamento de revelações.
10
CAPITULO 10- Humilhação.
11
CAPÍTULO 11-Dissimulação
12
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CAPÍTULO 13-Passado e aproximação
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CAPÍTULO 14-Surpresa no escuro
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