Dominic Salvatore
É engraçado, eu não tenho pena de passar por cima de ninguém. Teria matado qualquer pessoa que se atrevesse a entrar na minha suíte da merda do meu hotel sem minha permissão. Sumir com as provas e com o corpo não seria um problema para mim, tenho pessoas especializadas para esse tipo de trabalho, no entanto, tive pena daquela garota e isso com certeza foi inédito para mim. Aqueles cabelos descuidados, aquele óculos fundo de garrafa e o jeito acanhado me fizeram sentir que era apenas uma coitada tentando ganhar a vida e não fazia ideia de onde havia se metido, só por isso deixei que fosse embora.
Ouço batidas na porta. Olho em direção a ela com grande tédio.
-Entre Fabrízio.
-Chefe, já descobri quem estava fazendo o turno de hoje, ele foi sequestrado e esta preso em um dos esconderijos. Os soldados estão apenas aguardando ordens.
-Torture o imbecil e depois mate.
-E quanto a família dele?
Ergo a minha cabeça, desviando o foco das grandes pilhas de papéis importantes que acabei deixando de lado por causa dele. Familia? porque eu me preocuparia com isso?
Reviro os olhos, tentando ser paciente a essa merda de moleza dele.
-Deixe em paz por enquanto. Se começarem a criar problemas, serão eliminados junto com ele.
-Perfeitamente, senhor. E quanto a senhorita que fazia a limpeza, o detetive já entregou os dados sobre ela.
-E?
-É Ane Smith, senhor. Irmã da sua futura esposa.
-Isso não é hora para piadas... Sei que coincidências como essas acontecem o tempo todo, mas é incompreensível como uma menina feia como aquela pode ser irmã de uma deusa do olimpo.
-É verdade, senhor. Parece que a Jovem Ane é uma boa menina. Não faz nada além de trabalhar, não sai de casa e nem frequenta festas.
-E não namora, suponho... Considerando a aparência da criatura.
Fabrízio ri descaradamente. -Bom, não irei discordar, não creio que alguém queira aquilo...
Também dou risada ao imaginar que alguém tenha coragem o suficiente para ficar com uma mulher com aquela aparência.
Volto a ficar sério subitamente, o deixando completamente confuso. Porque ele me olha como se eu fosse maluco? Eu deveria jogar uma faca e acertar a jugular dele. Talvez brincar de tiro ao alvo fosse divertido.
Me levanto da poltrona de madeira maciça e ando em direção ao bar particular do meu falecido velho. Analiso as velharias. Mas é como dizem os especialistas: Quanto mais antigo, melhor. Eu não gosto dessa merda. Qualquer bebida é o suficiente se tiver alcool na composição. Me sirvo de uma dose de whisky, apontando para que o Fabrízio também se sirva da bebida. Somos amigos desde a infância apesar de toda formalidade. Quando tive a maldita doença, ele foi o único que ficou ao meu lado. Também foi o único que permiti que soubesse. Talvez ele ache que seja especial por isso, mas a verdade é que eu apenas o estou testando a todo momento.
-Ok, cuide das coisas. Tenho um encontro hoje a noite.
-Boa sorte, chefe.
-Não preciso de sorte. Eu pego tudo que quero.
\*\*\* **Algumas horas depois**\*\*\*
Chego dez minutos adiantados ao restaurante porque eu odeio malditos atrasos. A Isabela ainda não chegou como era previsto. Sento-me na mesa de um dos salões privativos. Não preciso de reservas no que me pertence. Os funcionários rapidamente vão ao meu encontro oferecendo seus serviços. Ordeno que tragam-me apenas uma dose de conhaque. O espantando com um sinal de mão, onde meus dedos estão cravados de aneis caros.
O garçom corre de forma apressada. Talvez por medo, ou talvez esteja tentando ser rápido para me agradar. Não vai funcionar. Não importa o quanto ele se esforce, eu ainda o acho patético.
Abro um jornal colocado sobre a bandeja de prata como fazem de costume. Leio as notícias do dia, e não há nenhuma informação sobre o segurança sequestrado, como era esperado. Eu não quero ter que lidar com especulações. Fala-se apenas sobre uma carga de drogas interceptada pela polícia. E eu sei que é minha, deixei que fosse pega pela polícia para despeita-los de uma carga ainda maior e mais valiosa entrando por outra fronteira. Posso recuperar a droga perdida facilmente depois de algum tempo da apreensão.
Olho no relógio, já são oito e trinta e cinco. Meia hora a mais que o combinado.
Deixo o jornal de lado, fazendo com que acabe caindo no chão. Um garçom corre para pega-lo.
Isso me distraiu e eu odeio essa merda. Só a vejo quando já está muito próxima a mim.
-Olá, desculpe-me. O transito estava uma loucura.
-É por isso que saímos com antecedência, senhorita. - Digo ainda olhando o jornal.
-Sinto muito. - Ela se sentando na cadeira a minha frente, cruzando as longas pernas brilhantes por causa de algum tipo de creme.
-É sempre atrevida assim?
-Como? - Ela franze a testa, evidenciando uma leve ruga. Isso me lembra que ela não é tão nova quanto as mulheres da máfia costumam se casar.
-Não dei permissão para que sentasse ai. - Indico com a cabeça.
-Entendo. O que exatamente você quer comigo e...como é seu nome? - Ela me questiona, ainda sentada no mesmo lugar com sua forma atrevida e desleixada.
-Não importa meu nome, vim apenas lhe informar que irá se casar comigo.
-Casar com você? Eu nem o conheço.
-Dominic Salvatore...
-Salvatore? O dono deste restaurante? Trabalho em um dos seus hotéis. - E eu posso ver a forma como seu rosto se iluminou naquele momento.
Isso me faz ter certeza do quanto ela é gananciosa. Isso é uma vantagem. Mulheres que amam não são para mim.
-Sei, sei...
-O senhor quer casar comigo porque?
-Preciso de um motivo? Eu a quero, então é minha.
-Claro... - Ela se insinua, evidenciando as lindas escapulas e o colar no meio dos seios perfeitos.
-Vamos deixar algumas coisas claras depois do casamento. Mas o que precisa saber é que não poderá mais sair com esses amigos e esta proibida de trabalhar. Proverei seu sustento e de sua irmã ate que se case comigo.
-E quando será?
-Em breve ligarei informando. Agora, com licença, preciso resolver algumas pendências.
-Não vamos jantar?
-Não tenho tempo para romantismo, senhorita. Se quiser, fique e peça o que quiser, será tudo por minha conta.
-Obrigada.
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Atualizado até capítulo 79
Comments
Rafaela Duarte
ela pensa que ganhou na loteria eu conto ou vcs contam🤩🤩🤩🤩
2022-05-19
326
Dora Silva
agora vc vai pagar por tudo todas as maldades que você cometeu com a coitada da irmã sua miserável
2024-09-18
0
Babi
interessante
2024-02-18
1