ISABELA SMITH
Trabalhar nesse hotel é uma droga. Gostaria de uma vida muito melhor que isso. Mas eu não pude estudar, e por isso tenho apenas o segundo grau que consegui com muito sacrifício.
Quando meus pais morreram, assumi a criação da minha irmã mais nova. Passar pelos abrigos de menores foi um pesadelo, mas nada se comparava aos lares temporários.
Morar com alguns casais me fez ver que realmente não existem limites para a maldade humana. Ser abusada das piores formas que poderiam acontecer com uma adolescente foi apenas o começo do meu pesadelo. Mas isso me fez mais forte. Isso me tornou a pessoa sádica que sou hoje.
– Preciso dar um jeito na minha vida, Anne. Não quero passar a vida limpando a sujeira desses ricos de merda. E você precisa arranjar mais dinheiro, o que você trouxe já acabou. – Digo, enquanto lixo as minhas unhas perfeitas.
-Como acabou? Te dei todo meu salário, eu nem tenho como ir para a escola de metrô. – A insolente diz. Ela nunca sabe quando ficar calada.
Reviro os meus lindos olhos verdes. – Não importa, vá andando se for preciso. As contas dessa casa não vão se pagar sozinhas, você tem que contribuir.
–Talvez se você parasse de sair toda noite, teríamos mais dinheiro. – A minha irmã diz, abaixando a cabeça para mim após um dos meus maravilhosos olhares mortais direcionados a ela.
Ane sabe que não sou uma irmã boazinha que a criou com todo amor e carinho. Ela precisa trabalhar desde que nossos pais morreram, e por isso ainda esta estudando. A imbecil não conseguiu conciliar trabalho e educação, e foi reprovada algumas vezes devido as inúmeras faltas que tinha. Realmente é uma estúpida. Para que perder tempo estudando se ela pode colocar saltos altos, uma saia de couro e conseguir dinheiro para mim parando carros na esquina?
– Não fale comigo nesse tom. Passei a vida cuidando de você. Na ausência dos nossos pais, é a mim que você deve obediência. Se falar comigo assim novamente, esquecerei que prometi não te bater mais.
-Desculpe, Isa.– Diz baixando a cabeça. Ela sabe bem quando eu estou falando sério e quando estou perto de estourar.
Na ultima surra, havia sido largada por um namorado rico a qual pretendia fazer com que se casasse comigo a qualquer custo. O desgraçado estava apenas se divertindo comigo. Mas ele tinha outra namorada. Uma da mesma classe social que ele, se assim posso dizer. Cheguei em casa tão brava e a Ane estava ali com sua cara de sonsa, aqueles óculos ridículos e aquela franja horrorosa perguntando como foi meu dia. Eu não aguentei, é muito pressão para uma mulher tão nova como eu. Eu a soquei ate que apagasse, e não, não senti nenhum remorso ao fazer aquilo, eu não tenho sentimentos por ninguém, sou um verdadeiro monstro.
Meus pais morreram por um assassinato, alguém ateou fogo na cama deles, apenas eu e a Ane conseguimos nos salvar. Nem isso despertou algum sentimento em mim, nem medo. Eles não eram boas pessoas, a minha mãe era uma drogada e meu pai, bom... Papai como ele gostava de ser chamado quando sentava-me em seu colo se é que compreendem. Ele também não era um homem bom para ninguém. Eu ainda me lembro das coisas que ele falava quando me trancava com ele em seu quarto, quando a mamãe estava debilitada demais para me ajudar. para me soltar daquela prisão. Os meus gritos histéricos ainda assombram os meus sonhos todas as noites. " Eu não sou louca. Me tire daqui" dentre muitas outras coisas, eram frases que eu costumava dizer, coisas que eu costumo recordar e que ainda me doem tanto.
De certa forma tenho ódio da Ane por ela não ter tido as mesmas experiências que eu, ao menos não da mesma maneira, e mesmo assim a fedelha é retraída. As roupas largas escondem totalmente seu corpo. Ela realmente tem aparência de menininha com a franjinha e tira de flores na cabeça. A pirralha realmente se acha melhor que todos, se recusa a namorar como se sua virgindade fosse algo especial. Juro que um dia acabo com essa merda. Tenho vontade de comprar um objeto e dar um fim nisso por mim mesma, mas nesse caso, eu não conseguiria controla-la, e eu ainda quero ter a minha escrava comigo.
– Va fazer o nosso jantar, estou cansada demais. – Digo, enquanto me recosto no sofá, deixando a lixa em minhas mãos de lado.
– Sim, Isa. Só vou terminar meu dever de casa, já estou muito atrasada. –
– Não me importa. Você é muito burra, não entendo porque continua tentando se formar. Se acha melhor que eu? – Inclino meu corpo em sua direção.
– Não, Isa. Eu nunca disse isso.– Fala assustada pondo-se de pé.
– Se acha melhor que todos, fica andando por ai com essa cara se sonsa como se fosse a dona da merda do planeta inteiro.
– Eu nunca fiz isso. – Ela diz dessa forma inocente que me irrita.
-Shh, cale a boca. Ainda não aprendeu a não discutir comigo? Agora vá antes que eu perca a paciência com você. Posso não te bater hoje, mas com certeza te mandarei para o poço.
-Não, por favor não faz mais isso comigo. Você prometeu. E além disso, você precisa de mim para conseguir dinheiro.
-Você sabe o que eu quero agora. Vá antes que eu mude de ideia. Não preciso de você para nada, você é uma inútil.
Ela corre para a cozinha imediatamente, seu medo estampado é visível e me faz rir. Eu adoro quando ela está apavorada. Demorei tantos anos para conseguir induzir esse tipo de comportamento a ela. A forma como eu mordi e assoprei suas feridas fez toda a diferença. Muitos maus tratos com um pouco de gentileza e uma memoria perdida desde criança foi tudo o que eu precisei. A Amnésia veio no momento ideal, já que eu consegui induzir tudo que eu queria naquela cabecinha oca.
-Sabe o que gosto de comer. Se estiver ruim farei você comer a panela inteira, esta ouvindo?
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Atualizado até capítulo 79
Comments
Tainara Pereira Antunes Santos
essa aí é a esposa prefeita para ele. e ele é marido prefeito ela quer um rico assim ele é mais ela vai prender o que é maldade quando leva uns tapas como ela gosta de bater vamos ver se vai gostar de baterem nela
2022-05-25
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jeovana❤
tomara que essa bruxa da isa sofra muito nas mãos dos Dominique
2024-11-28
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Conceição Freire
uma vadia que merece a forca
2025-02-05
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