Isabela Smith.
Nunca pensei que algo assim fosse acontecer comigo. Achei que precisaria dar o golpe da barriga para me casar com alguém tão rico quanto o Salvatore. Talvez alguem velho que pudesse morrer bem rápido, ou quem sabe um que eu pudesse sufocar com o travesseiro durante a noite e ninguém notaria isso. Mas não. Nada disso será necessário. Eu sou linda e isso é algo que sempre foi um tormento e uma grande vantagem. Eu chamei a atenção de um homem muito interessante. Ele é um bilionário de uma grande multinacional. Um homem perigoso e arrogante, pelo que eu soube. Mas isso não importa, farei o que for preciso para ser rica e poderosa como eu deveria ser desde o nascimento. Como eu sempre soube que deveria ser a minha vida.
-Daqui a um tempo se livrará de mim. - Digo deixando no ar para minha irmã que esta deitada lendo um maldito livro.
-Porque diz isso? Jamais me livraria de você. - Ela parece preocupada com a minha afirmação. Deixando de lado os eu livro, para me encarar com olhos de cachorro morto por trás dos óculos ridículos que eu mesma comprei.
Tento parecer o mais dissimulada possível. E por mais que eu use toda a minha arrogância e sarcasmo nas palavras, a inocência dela não permite que perceba. Eu adoro isso. É como um jogo.
-Você livrar- se de mim? Não me faça rir. Estou falando que eu me livrarei de você, e por consequência não terá que me aguentar mais.
-Mas não quero ficar sem você, eu não poderia. Sabe que não consigo ficar sozinha. - Ela abaixa a cabeça, e eu posso ver seus lábios tremendo. - Desde que os nossos pais morreram, eu só tenho você e mais nada.
-Terá que aprender, minha querida. E saiba que me casarei com um homem muito rico. Quero esquecer dessa miséria de vida e de que você existe. Eu nunca deveria ter criado uma fedelha como você. Deveria ter deixado que morresse no incêndio como aqueles malditos.
-Porque esta me atacando? Eu vivo para te agradar. Te dou todo dinheiro que ganho e até parei de ir a escola para cuidar das suas ressacas.
-E acha que com isso eu te devo algo? Quem te salvou de morrer queimada? Quem cuidou de você todos esses anos. Minha querida, todas as surras que te dei foi para que aprendesse a ter disciplina, a ser obediente. Eu te ensinei a ser uma pessoa. Não pense que eu te devo algo, por que é justamente o contrário e eu sempre sei cobrar minhas dividas.
Minha irmãzinha esta chorando agora. Isso sempre me dá alguma satisfação, sinto que renovo minhas forças em ver esse patinho feio sempre aos prantos, há se ela soubesse o quanto já tirei dela. O quanto ainda posso tirar... -O telefone esta tocando, esta surda? Atenda agora mesmo.
-Alô? Senh-Senhor Salvatore? Esta sim, vou passar a ligação.
Ela me entrega o telefone, seu olhar é de medo um medo extremo. Porque? Ela nem mesmo o conhece. Isso é ridículo. Sinto que fez algo de errado, algo que não me contou. Se essa fedelha tiver contado meus segredos para meu futuro marido, eu matarei de tanto apanhar.
-Olá. - Digo. Posso ouvir sua respiração ofegante do outro lado da linha. Sei que tipo de atividades podem deixar um homem cansado dessa forma. Franzo as sobrancelhas perfeitas -Esta com alguém ai? Acabou de me pedir em casamento.
-Abaixe seu tom! - Ele rosna do outro lado da linha. - Você nunca mais deve falar assim comigo novamente, ou eu mando cortar a sua lingua. Terá que se acostumar a não ser a única na minha vida. Sei que aceitou esse pedido muito fácil, senhorita Isabela, certamente é uma mulher ambiciosa. Me obedeça e terá tudo que desejar.
-Tudo bem. - É a unica coisa que posso responder a ele. Meu ódio fulmina todo o meu corpo, e tudo que eu posso fazer, é olhar de forma enviesada para a minha irmã inútil.
-O casamento será em uma semana. Já esta tudo arranjado. Você terá apenas que escolher o vestido de noiva. Mandarei os detalhes por e-mail. Boa noite. - O ouço respirar fundo pela última vez, e pareceu sem paciência.
-Bo... - Olho por alguns momentos o telefone. O desgraçado teve a audácia de desligar na minha cara? Maldito, eu ainda vou cobrar isso. Coloco o telefone de volta no gancho e respiro de forma longa, tentando recuperar minha calma. Eu preciso ser fria agora. Eu não posso perder esse homem.
-E você, o que aprontou? Não minta ou vai ser muito pior.
-Não fiz nada, por favor, não me bate. Olha. Eu fui limpar o prédio como você disse, só que era dele. Ele ficou com raiva porque eu entrei sem permissão, mas foi só isso, eu juro.
-Querida irmãzinha, nunca jure nada para mim. Sei quando esconde coisas de mim. Mas não tem problema, você sempre torna tudo mais divertido...
Apesar de todas as lamúrias chatas, joguei-a no poço para que aprenda que não deve mentir para mim. Vamos ver quanto tempo ela aguenta ficar lá dentro...
Não é a primeira vez que a coloco naquele lugar. Certamente é a unica coisa boa que aprendi com os merdas dos meus pais.
A Ane parecia ter se acostumado depois de tantos anos sendo trancada naquele lugar, certamente prefere ir para lá a apanhar novamente. Já mandei-a para o hospital. E foi preciso ir depor na delegacia alegando um assalto depois de quebrar seu maxilar e um dos braços, fazendo com que precisasse de uma cirurgia muito cara. E obviamente, como a saúde nesse país é algo caro, não é preciso ser um gênio para deduzir que não paguei por essa merda, seu braço fraturado cicatrizou sozinho. Ela sente muitas dores desde então, o que para mim se tornou divertido. E é por isso que eu o uso como uma arma sempre que preciso machuca-la...Torcer seu pulso é o meu favorito. E a parte mais divertida é que ela nem mesmo reage.
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Atualizado até capítulo 79
Comments
Tainara Ribeiro
Alguém tem que avisar ele que ela é um monstro retardado débil mental🥺💔
2022-05-16
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Conceição Freire
uma cobra dessa não vai mudar nunca, já li essa história ,ane vai continuar sofrendo ,agora com os dois, espero que a história tenha mudado alguma coisa, que nem vou falo o que
2025-02-05
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Silvia Moraes
Que irmã é essa??
2025-01-14
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