CAPÍTULO 14-Surpresa no escuro

Dominic Salvatore

-É dever da esposa cuidar do marido, certo? - Me inclino na poltrona, enquanto fumo meu charuto.

-Que susto, Dominic! Pelo amor de Deus, o que fazia sentado ai no escuro? - Ela coloca a mão nos seios fartos.

Meus olhos buscam pelas malas que ela deveria ter levado para o maldito lugar, mas não há nada com ela. Arqueio uma sobrancelha.

-Eu? Pensando porque não fui informado que minha mulher iria para um Spa. - Me levanto, colocando uma das mãos no bolso. -Me contive muito para não buscar você e traze-la arrastada pelos cabelos de lá. Não o fiz por eu ser uma figura pública, Isabela. Mas não passará numa próxima.

-Me desculpe. Ficaria fora uma semana, imaginei que gostaria de me encontrar bem cuidada. Você disse que uma mulher da máfia deve estar sempre impecável. - Ela anda até a cama, colocando algumas roupas aparentemente novas. - Por favor me perdoe, não irá se repetir.

Mas a forma como ela diz aquela droga, parece tão descontraída que eu posso notar a falta de qualquer arrependimento da parte dela. Seu rosto está bem feliz...

A puxo pelo braço, fazendo com que se vire em minha direção, mas ela me surpreende ao se jogar de joelhos a minha frente. E a mulher sexy segura o meu quadril com força, enquanto me encara com seus olhos verdes e vazios de emoções.

-Talvez possa perdoa-la dessa vez. - Encaro seus olhos de um verde vibrante me olhando como se pedisse por sexo.

Entrelaço minha mão em seu cabelo, preenchendo com uma mexa alaranjada. Puxo para traz com força, expondo a frente do seu pescoço.

Ela abre a boca. - Ai, vai com calma. Você sabe que isso doi.

-Chupe!

Ela se vira com um sorriso sútil de satisfação. E com maestria, ela abre a minha calça. Não há nada de sutil ou calmo em seus gestos. Ela realiza cada um deles como uma verdadeira prostituta com experiência vasta. Sinto raiva ao lembrar que ela provavelmente já fez tudo isso em outros homens e bato em seu rosto. Ela parece já não se importar mais com as surras. Talvez até goste da brutalidade.

Ainda com a mão em seus cabelos, puxo a sua cabeça em direção ao meu membro musculoso, que entrou em sua boca como uma pedra. Empurrei até o final fazendo com que ela se engasgasse e tentasse sair. Precisa de ar, querida? Sorrio, esperando que ela pare de se debater. Alguns segundos depois Isabela se acalma e permito que saia, ao soltar sua cabeça. Ela espalmou uma das mãos em minha coxa enquanto a outra segurava meu membro com movimentos ritmados de vai e vem ao mesmo tempo em que me

- Isso, assim, continue...

Ela continua seus movimentos, com meu membro em sua garganta. E a forma como sua lingua se movimenta, apenas me dá a certeza de que ela já fez isso muitas vezes. Ela parece estar cansada daquilo, mas eu não me importo com essa droga. Depois de algum tempo, chego ao êxtase, gemendo alto, enquanto meu sêmen desce por sua garganta macia. Abro meus olhos, saindo dela de forma brusca.

Isabela cai no chão, sentada. Ela me encara com certa raiva. Talvez pelo modo como eu fiz. E isso não é uma preocupação. Não me importo com seu bem estar. Ela limpa sua boca, e parece ter nojo da forma como fiz isso em sua boca sem aviso. Pego em seu queixo levantando seu lindo rosto para que me olhe.

-Ficarei aqui essa noite, mas você não vai dormir. Digo e ela abre um sorriso. Vamos ver se o Spa valeu a pena...

\*\*\* **pela manhã**\*\*\*

Saio na manhã seguinte para ir ao escritório. Preciso resolver as merdas. Saber de onde estão vazando informações sobre a Famíglia. Caminho pelo jardim externo da mansão quando vejo a Ane sentada na borda da piscina. Seu vestido florido é folgado demais para que se note alguma forma em seu corpo. Ela bate os pés na agua de forma animada, parece se esforçar para não entrar na água. Seu jeito inocente de sorrir me faz querer sorrir de volta, mas não faço isso.

Ando em direção aos carros, escolhendo um deles para entrar. Um soldado bate a porta para fechar-la, enquanto eu abro meu laptop. Não tenho tempo a desperdiçar. Um soldado entra no banco de motorista e dirige até o meu prédio comercial. Vejo uma quantidade alarmante de jornalistas quando chego na entrada. Meus seguranças me guiam para que eu passe sem ser importunado por ninguém. Flashes ofuscam os meus olhos de forma irritante.

Entro no meu escritório furioso. Ligo para o Fabrízio imediatamente para que verifique que merda esta acontecendo aqui.

Espero alguns minutos ate que ele chegue ao prédio. Assuntos como este não são discutidos pelo celular oficial.

Ele entra em meu escritório sem ser anunciado. Me levanto quando o vejo. Meu coração está acelerado como raramente costuma ficar.

-Chefe, alguém chegou antes de nós. Houve uma queima de arquivo, um funcionário do escritório estava trabalhando com uma gangue rival. Imagino que tenha sido o motivo do ataque de ontem, esse funcionário tinha informações sobre entradas e saídas.

-Desgraçado. Verifique se vazou alguma informação a respeito do meu envolvimento ou atentado de ontem. E trate de inventar uma justificativa para a morte desse infeliz.

-Já providenciei tudo. Será noticiado como um assassinato por dividas de entorpecentes. Consegui que o médico legista falsificasse os laudos sobre a morte e exames toxicológicos. Esses urubus logo vão embora daqui.

-Você age muito rápido, Fabrízio... Por isso que além de meu Consigliere, é meu Fratello. -

Ele pega um copo de whisky e estende para mim, em brinde a nossa duradoura amizade que ele definitivamente acredita ser verdadeira.

Se qualquer merda como essa acabasse estourando em nossa cara, ele seria responsabilizado por tudo. Há papéis, testemunhas falsas e contas que indicam ele com o chefe de toda essa merda.

- Você é um mais importante! - Ele saboreia a bebida exclusiva que não costumo compartilhar com alguém.

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