ISABELA SMITH
Volto para casa algumas horas após deixar que minha irmã ficasse jogada no banheiro torcendo para ainda encontra-la no chão frio enquanto a água gelada cai sobre seu corpo. Entro no banheiro e ela não está lá porque certamente acordou e deu-se conta de que deveria sair para não ficar doente. Reviro os olhos. Giro meus pés em direção a saída.
Vou até seu quarto em passos lentos. Ela pode não estar desfalecida no banheiro, mas certamente esta no quarto. Um sorriso de alegria é o que exibo neste momento, e a satisfação percorre minhas veias como um maravilho nectar de vida. Fico satisfeita ao perceber que é exatamente como eu imaginei que seria. Chego perto do seu corpo caído sobre o tapete do quarto, e confiro sua pulsação, notando que esta muito fraca. Resolvo colocar meus planos em ação.
Me levanto devagar. Oh, eu preciso malhar mais. Gemo com a fadiga muscular que aconteceu tão rápido. Droga. Ando até a sala, onde as cortinas balançam com o vento forte da estação. Me sento no sofá, puxando o telefone do gancho ao mesmo tempo. Disco o número que já decorei a muito tempo.
-Alô? é a secretária do senhor Salvatore?
-Sim. Pois não?
-Sou a noiva dele, preciso conversar com ele, é um caso de vida ou morte.
-Tudo bem, verei se pode atende-la.
Vera se ele pode? Quem essa mulher pensa que é? Reviro os olhos. Deve estar com inveja de mim, e da minha sorte.
Espero alguns minutos com o telefone grudado no ouvido a espera de uma resposta. Eu realmente não estou com pressa para salva-la, mas saber que meu futuro marido não se interessa em conversar comigo, faz com que pense na dificuldade que será conquista-lo.
-Senhora, o senhor Salvatore encontra-se muito ocupado. É algo muito urgente?
-Sim. Diga a ele que é de extrema urgência e que ele prometeu cuidar de mim. Respondo a mulher arrogante do outro lado da linha, enquanto tento continuar fingindo um choro.
-Acalme-se senhora, esta sozinha? Verei o que posso fazer para ajuda-la. - A ligação fica muda quando ela sai da linha mais uma vez.
Porque essa idiota acha que esta me ajudando? É a obrigação dela. Eu serei a chefe.
Ela volta a conversar com seu chefe enquanto espero que retorne. Ainda me surpreendo com a capacidade das pessoas em se comoverem tão facilmente com alguém que sequer conhece.
Talvez tenha medo que por ser sua futura chefe, a trate mal, talvez a faça perder o emprego. Ela rem razão, deveria me temer, todos deveriam.
-Acho bom que seja importante, Isabela. Interrompeu uma reunião importante.
-Minha irmã esta desmaiada, não sei se esta morrendo. A encontrei nua desfalecida no quarto, sua pulsação esta muito fraca, não sei o que fazer.
-Sei que é sua única família, mas não precisa de todo esse drama. Pare de chorar. Mandarei que uma ambulância vá busca-la e leve para um hospital da minha confiança.
-Não tenho dinheiro para esses hospitais que você frequenta, sabe disso.
-Não seja absurda, é claro que pagarei por qualquer despesa. É tudo?
-Sim, é só isso.
-Vá e fique com ela o mínimo que puder, amanhã será nosso casamento, não a quero cansada. Tem muitas dividas que quero cobrar de você a noite.
-Claro. Farei tudo que quiser, não se preocupe.
-Não tem escolha, minha cara.
Novamente desliga o telefone sem se despedir. Terei que me acostumar a esses péssimos modos ou não durarei tempo suficiente neste casamento para conquistar meus objetivos.
Espero pacientemente pela ambulância, minha irmã encontra-se da mesma maneira que a encontrei, no chão e enrolada em uma toalha. Não sou tão má assim, fiz minhas unhas para o casamento, não posso estraga-las, certamente meu marido não se agradaria.
A ambulância chega apenas quinze minutos após a ligação para Dominic, rápida demais para mim. Abro a porta com muita calma, não estou com pressa. Mostro-lhes o caminho para o quarto, onde vejo minha irmã ser imobilizada e levada para a ambulância. Sigo-os com meu novo carro. Presente do meu futuro e generoso marido. Coloco uma música feliz e animada para mim, Labrinth-When i Rip, muito apropriado para a ocasião.
Chegamos ao hospital algum tempo depois. Causou-me certa estranheza ser em um local tão isolado. Porque um bilionário não frequentaria um hospital de celebridades? Com quem de fato estou me casando?
Espero no quarto em que minha irmã ficará enquanto é levada para fazer uma bateria de exames. Espero que não encontrem os hematomas em seu corpo, não havia pensado nisto.
-Senhora Smith?
-Sim...
-Sua irmã encontra-se em terapia intensiva, seu estado de desnutrição é grave, também chegou com um quadro se hipotermia.
-Entendo. Não sei o que...
-Não se preocupe, conheço a realidade das senhoras, sei que não é fácil, mas sua irmã ficará bem. Fique tranquila, cuidaremos bem dela, isto é de fato algo corriqueiro por aqui...
-Corriqueiro? Não entendi.
-Não casará com o senhor Salvatore?
-E o que tem a ver a desnutrição da minha irmã a isso?
-Ela também não é casada, senhora?
-Não. De que merda está falando? Pode me explicar?
-Ele não explicará nada. Pode se retirar. - Meu noivo diz, enquanto ainda esta chegando ao quarto..
O médico pareceu muito assustado ao vê-lo.
-Que diabos esta acontecendo aqui? Porque ele insinuou que tem algo a ver com isto?
-Saberá em breve, senhorita. Tudo que precisa agora é me agradar. Mas não se preocupe, se me obedecer como ordenando, terei o prazer de fazer com quem e fique sempre muito satisfeita.
Olho para ele como um enigma que precisa ser decifrado. Ele por outro lado, olha-me como um pedaço de carne a que gostaria de devorar. Certamente este é o motivo de querer que me case. Quer garantir que seja apenas dele. Apesar de misterioso, não é preciso muito para deduzir que não divide nada em sua vida, sequer tem sócios em suas empresas.
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Atualizado até capítulo 79
Comments
Rosimeire Cantanhede
Essa mulher teve a coragem de torturar sua irmã caçula, realmente vela merece o pior
2023-09-21
3
pmarcia_oliveira@hotmail.com
Nossa vai ser cobra comendo cobra
2023-07-23
0
Isabel De Jesus
o que é teu tá guardado🍿🍿
2023-07-12
1