A família se reúne e velhos amigos se encontram parte 2

AVISO⚠️: em um determinado tempo haverá uma leve insinuação de sexo, se você se sentir desconfortável pode pular, pois não é realmente algo que vai interferir muito na história.

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E lá fora estava uma carruagem pronta me esperando. Era branca e dourada com janelas bem ventiladas e cortinas para fechar e abrir a minha vontade.

Me apressei em subir, Jorge que veio me acompanhando todo o caminho não tardou em me ajudar. Não que eu precisasse de ajuda para subir, mas realmente facilitou o processo. Não era fácil andar de salto alto, vestido longo e com os pés machucados.

— Obrigada, sir Jorge.

— Ao seu dispor senhorita Lara. — Ele sorriu e se afastou com um pequeno gesto de despedida.

Voltei meu olhar para dentro da carruagem. Parecia confortável, então me acomodei e a viagem começou.

A capital do império, Jocit, ficava no centro. Enquanto o território do marquês Vont Devier ficava na fronteira Oeste. Embora fosse um pouco distante, só levaria três ou quatro dias de viagem e durante esse tempo acabaria passando por algumas cidades e vilarejos.

Tomei esse tempo para aprender um pouco sobre esse mundo.

Um dias depois, eu estava descansando no segundo andar de uma pousada. Iria passar a noite ali e voltaria a viajar na manhã seguinte. No quarto, pedi um lanche e esperei alguém subir para me entregar.

Olhando para janela a noite que caía como uma escuridão gelada e a floresta que chamava a minha atenção. Eu passaria por aquele lugar amanhã, a floresta era sombria a noite, mas seria diferente com a luz do dia, certo?

Alguém bateu na porta e entrou entregando um copo de chá marrom e um pão quente.

Sem pensar duas vezes bebi o chá só para cuspi-lo fora.

Aquele gosto era diferente do que imaginava e acabei me surpreendendo. Era o mesmo gosto de suco de tamarindo.

Azedo, mas doce. Ruim.

Com uma careta encarei aquele copo de suco/chá, Sofia este lugar tem um clima muito diferente do tropical... Como pode existir uma fruta como tamarindo aqui?!

Era importado? Era mesmo tamarindo ou só tinha o mesmo gosto? Tamarindo só cresce em lugares tropicais?

Eu não tinha certeza quais climas eram os adequados para cultivar tamarindo. Eu não podia realmente dizer se o senso de geografia e biologia de Sofia estavam com problemas.

Deixei para lá e comi apenas o pão.

No outro dia de manhã retomamos a viajem e entramos na floresta. Foi aí que as coisas começaram a ficar estranhas.

Na primeira noite, eu ouvi alguns barulhos finos de grunhidos como os de uma pequena raposa ou hiena. Eles estavam perto o suficiente para que eu acreditasse que estavam dentro da carruagem comigo.

Abri os olhos lentamente sem me mover e olhei na direção dos ruidos, não tinha nada lá. Então a minha atenção foi para a janela onde um vulto de uma cauda laranja desapareceu na noite.

Naturalmente fiquei assustada com aquilo. Um animal selvagem invadiu minha carruagem, isso não significa claramente um sinal de perigo? O que os guardas estão fazendo para deixar algo assim acontecer?

Meu coração afundou, nem mesmo fora das paredes do Palácio a milhas de distância do capital imperial essa vilã aqui tem paz.

Não dormi o resto da noite preocupada em ser comida, ou até picada por um inseto venenoso. Talvez eu fosse muito paranóica.

No outro dia de manhã uma empregada me disse que chegaríamos na mansão do marquês a tarde. Então, durante o meio da manhã paramos em um pequeno acampamento para que os cavalos e as pessoas pudessem descansar depois de andar a noite toda.

Estava andando perto da entrada da floresta quando vi um familiar rabo de raposa laranja. Sem pensar muito comecei a seguir aquela raposa floresta a dentro. Antes que a estrada desaparecesse, parei os passos rápidos e arranquei uma fita do meu vestido.

Escolhi uma árvore e amarrei a fita cor-de-rosa nela, depois voltei a andar e procurar a raposa que não está mais à vista.

Andando e parando a cada dez passos para amarrar uma fita em uma árvore, entrei cada vez mais dentro da floresta até que as fitas acabassem. Pelo menos 30 árvores foram decoradas com um laço de fita cor-de-rosa.

Não podendo ir mais para frente e continuar procurando a raposa, fiquei parada ao lado da trigésima árvore olhando ao redor. A floresta era densa, então era difícil ver direito até certa distância. Como uma humana normal, constatei que era impossível encontrar aquela raposa novamente.

Me virei para ir embora e deixar esse assunto de lado e paralisei quando ouvi um sussurro vindo de uma direção desconhecida. Era uma voz fina e anasalada, mas embora os murmúrios fossem claros, eu não consegui entender o que estava sendo dito.

Era como uma língua estrangeira. Muito semelhante ao espanhol.

Sem pegar os laços corri de volta para a estrada como o diabo foge da cruz.

Sério Lorrane, você tem merda na cabeça? Por que raios seguir uma raposa para dentro de uma floresta?

......................

Olhando para um teto desconhecido e branco, com a luz da manhã entrando pela janela, Sofia tentava lembrar se havia deixado o fogão ligado ou se havia trancado a porta.

Com esses pensamentos banais na cabeça, ela ouviu o barulho do seu celular vibrando na mesa de cabeceira.

Ela se virou para pegar o celular, mas sua mão foi parada pelo desconhecido encima dela.

— Você vai realmente fazer isso agora?! — Ele perguntou incrédulo.

— É uma mensagem, não uma ligação. — Ela olhou para o rosto relativamente atraente e sorriu. — Você pode continuar.

Depois de falar isso, ela pegou o celular e olhou a mensagem. O estranho ouvindo o que ela disse, realmente continuou.

"Onde você está? Já faz uma hora que estou te esperando."

Era de Lorrane.

No dia anterior, Sofia finalmente fechou um contrato com uma editora argentina para traduzir seu livro para o espanhol. As duas melhores amigas marcaram o dia de hoje para comemorar.

Claro, Sofia começou a comemorar assim que terminou de fechar o contrato. Duas horas depois para ser exata, e foi assim que ela foi parar na cama de um desconhecido cometendo o pecado da luxuria até o amanhecer com pequenos intervalos de sono.

Sofia respondeu Lorrane.

"Você tem a chave da minha casa, só entre e me espere. Já estou chegando."

Não demorou muito para outra mensagem chegar como resposta.

"Já entrei, se apresse."

Então, Sofia se apressou.

Mais duas horas depois ela chegou em sua casa e encontrou Lorrane assistindo TV no sofá.

— Onde você estava? Demorou um século.

— Em um bairro aí, esqueci o nome. — Sofia realmente não sabia o nome do bairro.

Ela apenas saiu da casa do homem desconhecido com quem passou a noite e pediu um taxe de volta.

— O que você estava fazendo nesse bairro? Esqueceu que hoje é um dia importante? — Lorrane levantou e desligou a TV.

Sofia não respondeu e com o silêncio como resposta, Lorrane entendeu o que Sofia fazia no bairro sem nome.

— Você... — Ela suspirou e continuou. — Sofia, tudo bem você dormir com várias pessoas quase todas as noites, mas pelo menos não pode ser com pessoas que você já conhece?

Sofia entendeu o que Lorrane queria dizer, estava tudo bem em levar essa vida contando que ela não se metesse em perigo seguindo uma pessoa desconhecida para a casa dela na mesma noite em que se conheceram.

Na verdade, Sofia nem perguntava o nome dessas pessoas e mesmo que elas lhe contassem, Sofia vai simplesmente se esquecer em poucos minutos.

Sofia pensou um pouco e então respondeu Lorrane.

— Tudo bem, você está certa! — Ela se animou e puxou Lorrane para fora. — A partir de hoje, vou dormir apenas com quem conheço! Não mais estranhos!

Afinal, ela estava entrando em uma nova fase da vida. Por que não fazer uma pequena mudança de hábito?

As duas passaram o resto do dia juntas brincando e comemorando. Até que no fim da tarde as duas foram para um café e acabaram ficando presas por causa da chuva forte.

Ela estava prestes a falar com Lorrane quando sentiu um forte empurrão a levando para o chão, sem ver o que a atingiu ou como, ela perdeu a consciência.

— ...Tor. — No meio de uma escuridão nebulosa, Sofia ouviu uma voz distante falando algo incompreensível.

Suas sobrancelhas se juntaram e seus olhos tremeram em uma luta entre se abrirem ou continuar fechados.

Quando sua mente estava perdendo novamente para a escuridão, a voz que antes estava distante, de repente estava muito próxima e alta.

— Lorde Nestor! — Com o grito ao lado de seu ouvido, Sofia se assustou gritando e pulando para o lado.

Ainda assustada ela percebeu horrorizada que uma voz desconhecida, muito diferente da dela, uma voz masculina saiu de sua garganta.

Levando as duas mãos para a garganta ela tentou ir para trás novamente apenas para encontrar um espaço vazio e cair no chão.

A mulher que antes gritava em seu ouvido e tinha se calado, gritou novamente.

— Lorde Nestor! — Assustada também, aquela mulher não era a única naquele lugar.

Uma outra mulher também se aproximou e as duas a ajudaram a levantar.

Sendo apoiada por ambos os lados, Sofia levantou e se deparou com um espelho de corpo inteiro a sua frente.

No espelho, era refletido a imagem de um lindo jovem loiro de olhos azuis sendo segurado por duas empregadas em uniformes branco com verde.

Por uma fração de segundo, Sofia acreditou que fosse uma porta até notar que era um espelho.

Em choque a cabeça de Sofia caiu para trás e seu corpo ficou mole. Ela desmaiou novamente.

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