Desde a noite da festa, onde Helena fora humilhada pelas famílias Xavier e Albuquerque Lorenzo Moretti, com sua influência silenciosa, iniciou uma série de ações destinadas a acabar com os privilégios que essas famílias desfrutavam no submundo corporativo e criminoso.
As empresas das famílias Xavier e Vasconcelos, embora apresentassem uma fachada legítima, de uma empresa de mineração, estavam profundamente enredadas em atividades ilícitas, como narcotráfico, prostituição, jogo ilegal e contrabando .
Sem o apoio logístico e financeiro que Lorenzo providenciava, as operações clandestinas das duas famílias começaram a enfrentar obstáculos significativos. As rotas de contrabando, antes seguras graças aos contatos de Lorenzo, tornaram-se arriscadas e frequentemente interceptadas pelas autoridades. Os acordos com forças policiais e foram abruptamente encerrados, resultando em apreensões frequentes de mercadorias ilegais.
Além disso, as linhas de crédito e os investimentos que fluíam através das conexões de Lorenzo foram cortados. Os bancos, antes complacentes, agora exigiam garantias impossíveis, e os investidores, cientes da retirada do apoio de Lorenzo, rapidamente se distanciaram.
As reuniões nas mansões dos Xavier e Vasconcelos tornaram-se tensas. Os patriarcas, agora estavam preocupados, tentando entender a origem de sua queda. Rumores começaram a circular de que Lorenzo Moretti estava por trás de suas desgraças, uma suposição silenciosa pela humilhação infligida a Helena.
Desesperados, membros das famílias tentaram contatar Lorenzo para remediar a situação, mas foram recebidos com silêncio ou respostas evasivas. A influência que antes possuíam estava desmoronando, e seus aliados no submundo começaram a questionar a viabilidade de manter associações com eles.
A queda das famílias Xavier e Vasconcelos não passou despercebida. Empresas que dependiam de seus negócios começaram a enfrentar dificuldades financeiras. Empregados foram demitidos, contratos foram cancelados e a confiança no mercado local diminuiu. A sociedade, embora alheia às atividades ilícitas, sentiu os efeitos colaterais da guerra silenciosa travada nos bastidores.
Agora no Brasil, as famílias Albuquerque e Xavier se reuniam para acharem uma solução para o que estava acontecendo.
A atmosfera é tensa, marcada por preocupações financeiras e sociais decorrentes dos recentes acontecimentos.
Hugo: Toda essa situação começou após aquela festa em que vocês tentaram humilhar Helena.
Ivan: Não resta dúvidas de que Lorenzo está por trás de toda essa nossa decadência.
Cibele: Mas esse homem tem todo esse poder mesmo?
Ivan: O poder de Don Moretti no submundo é incalculável. Ele manda e desmanda. Ainda não estamos morrendo de fome porque ele quer ver nosso desespero, caindo lentamente.
Eunice: Estou começando a sentir medo. Até nossas amigas da sociedade têm se afastado. Margareth, você percebeu?
Margareth: Sim, Eunice. Também pudera. Não estamos tendo dinheiro para doar nos chás beneficentes, já não temos mais dinheiro para comprar roupas novas, tendo que repetir vestidos constantemente.
Hugo: A culpa disso tudo é de vocês, minha mãe e minha sogra, querendo humilhar Helena que estava quieta no lugar dela. Tivemos sorte aquele dia de não sermos expulsos da festa. Mas, quando descobri que Don Moretti era noivo de Helena, já esperava por uma reação drástica dele, só não imaginava que seria tão impiedoso. E agora, o que faremos? Não estamos conseguindo contato com ele para pedir por misericórdia.
Margareth: Eu sugiro uma viagem à Itália. Apesar de ser muito perigoso, podemos tentar contatar Helena e pedir o apoio dela perante ao marido. O que vocês acham?
Ivan: A ideia é muito perigosa, Margareth, mas é uma sugestão boa. Com cuidado, Hugo poderia viajar e tentar contatar Helena.
Cibele: Eu não vou deixar meu marido ir sozinho e ficar à mercê daquela mulher. Eu vou com ele.
Ivan: Teremos que nos unir, juntar o dinheiro que ainda temos, para bancar a passagem de Hugo. Nem sonhe em ir com meu filho, Cibele.
Cibele: Mas sogro , eu não posso deixar Hugo ir sozinho. E se algo acontecer?
Ivan: Cibele, entenda que sua presença pode complicar ainda mais as coisas. Precisamos ser estratégicos.
Margareth: Concordo com Ivan. Hugo deve ir sozinho. Helena pode se sentir mais inclinada a ajudar se ele for pessoalmente.
Hugo: Está bem. Eu irei. Mas precisamos planejar isso com cuidado. Não podemos nos dar ao luxo de cometer mais erros.
Eunice: Então está decidido. Vamos reunir os recursos necessários e preparar Hugo para essa viagem. É nossa única esperança.
Hugo então se prepara para viajar no dia seguinte.
Com a passagem em mãos e uma quantia modesta de dinheiro, Hugo embarcou no voo noturno com destino à Itália. A aeronave decolou suavemente, deixando para trás as luzes cintilantes de São Paulo. Enquanto o avião ganhava altitude, Hugo olhou pela janela, observando a vastidão do oceano que o separava de seu destino e dos desafios que o aguardavam.
A cabine estava em silêncio, com apenas o som constante dos motores preenchendo o ambiente. Os comissários de bordo moviam-se discretamente, atendendo às necessidades dos passageiros. Hugo tentou se distrair com o sistema de entretenimento a bordo, mas sua mente estava inquieta, dominada por pensamentos sobre o que enfrentaria ao chegar.
Ele sabia que se aproximar de Helena e, consequentemente, de Lorenzo Moretti, não seria uma tarefa simples. O poder e a influência de Lorenzo no submundo eram bem conhecidos, e Hugo temia as possíveis repercussões de sua ousadia. No entanto, a situação de sua família exigia uma ação desesperada, e ele estava disposto a arriscar tudo para buscar uma solução.
Após aproximadamente 11 horas de voo, o comandante anunciou o início dos procedimentos de descida. Hugo sentiu um misto de ansiedade enquanto o avião se aproximava do Aeroporto Internacional Leonardo da Vinci, em Fiumicino, Roma.
Ao desembarcar, foi recebido por uma brisa fria típica do inverno europeu. O aeroporto estava movimentado, com viajantes de todas as partes do mundo. Hugo passou pelos procedimentos de imigração e, com sua bagagem em mãos, dirigiu-se ao saguão principal.
Ele havia reservado um pequeno hotel no centro de Roma, utilizando parte do dinheiro que sua família conseguiu reunir. Após um trajeto de aproximadamente uma hora de trem, chegou ao seu destino. O quarto era modesto, mas limpo e confortável. Hugo deixou sua mala ao lado da cama e sentou-se, sentindo o peso das decisões que precisaria tomar nos próximos dias.
Enquanto olhava pela janela, observando a movimentação das ruas romanas, ele refletiu sobre sua missão. Precisava encontrar uma maneira de contatar Helena sem atrair a atenção indesejada de Lorenzo ou de seus associados. Sabia que qualquer passo em falso poderia ser fatal.
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Atualizado até capítulo 61
Comments
Júlia Caires
isso não vai prestar
2025-04-04
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