Capítulo 18 – A Decisão do Duque

Capítulo 18 – A Decisão do Duque

O silêncio entre eles era espesso, carregado de uma tensão que parecia eletrizar o ar ao redor. O abraço de Alexander ainda estava ali, apertado, possessivo, como se quisesse protegê-la e, ao mesmo tempo, se proteger dela. Evelyn podia ouvir a respiração pesada dele, sentir a força com que seu coração batia sob a palma de sua mão.

Por um longo momento, nenhum dos dois se moveu.

Evelyn fechou os olhos, absorvendo aquele instante. Nunca estivera tão próxima dele, nunca sentira seu calor daquela forma tão intensa. Sua mente registrava tudo: o cheiro amadeirado que parecia envolvê-lo, o som de sua respiração entrecortada, o leve tremor em seus dedos quando apertavam sua cintura.

Ela queria que ele a segurasse para sempre.

Mas sabia que Alexander ainda lutava consigo mesmo.

Ele queria resistir.

Mas dessa vez, ele não a afastara.

Evelyn abriu os olhos devagar, levantando o rosto para fitá-lo. Os olhos de Alexander estavam fixos nela, um azul tempestuoso, repleto de emoções conflitantes. Ela viu desejo ali. Viu necessidade. Mas também viu medo.

— Alexander… — sua voz saiu baixa, hesitante.

O duque afastou-se um pouco, criando uma distância mínima entre os corpos. Sua expressão estava carregada de um tormento que Evelyn já esperava, mas que ainda assim fazia seu peito apertar.

Ele umedeceu os lábios, como se quisesse dizer algo, mas hesitasse.

— Evelyn, isso… — começou, mas parou.

Ela inclinou ligeiramente a cabeça, esperando que ele completasse a frase.

— Isso o quê?

Alexander cerrou a mandíbula, desviando o olhar, como se reunir as palavras certas fosse uma tarefa árdua.

— Isso que está acontecendo entre nós… — ele tentou novamente.

Evelyn manteve seu olhar firme, sem permitir que ele fugisse.

— É real. — sua voz era carregada de certeza.

Os olhos de Alexander voltaram para os dela, e por um instante, ela viu a hesitação em seu semblante.

Então ele suspirou profundamente e passou uma das mãos pelos cabelos, um gesto claro de frustração.

— Eu não deveria…

Evelyn arqueou uma sobrancelha.

— Não deveria querer sua esposa?

Ele apertou os punhos, a tensão visível em seus ombros largos.

— Você sabe que não é disso que estou falando.

— Então me diga do que se trata.

Alexander a encarou por um longo momento antes de soltar um riso amargo.

— Você realmente quer saber? Eu não posso me entregar a você porque sei o que acontece quando se ama alguém. Sei o que significa perder essa pessoa. E eu não posso passar por isso novamente, Evelyn. Eu não posso…

Evelyn sentiu seu peito apertar ao ouvir aquelas palavras.

Ele não estava fugindo dela.

Estava fugindo da dor que poderia sentir caso a perdesse.

Evelyn deu um passo à frente, encurtando novamente a distância entre eles. Lentamente, ergueu a mão e tocou o rosto dele, seus dedos deslizando suavemente sobre a linha de sua mandíbula.

Alexander fechou os olhos ao sentir o toque, seu corpo inteiro enrijecendo.

— Você não pode viver sua vida temendo o que pode acontecer. Isso não é viver, Alexander.

Ele manteve os olhos fechados, respirando profundamente.

— Eu não sei se sou capaz de fazer isso, Evelyn.

Ela sorriu suavemente, seu olhar firme e decidido.

— Então me deixe te mostrar como.

E sem esperar por sua resposta, ergueu-se na ponta dos pés e o beijou.

O Duque em Chamas

Dessa vez, Alexander não resistiu.

O momento em que os lábios de Evelyn tocaram os seus foi o instante em que todo o controle que ele lutara tanto para manter desmoronou.

Ele a segurou com força, uma das mãos deslizando para a base de suas costas, a outra envolvendo a nuca dela. A maneira como aprofundou o beijo foi urgente, possessiva, como se qu

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