Minha nova realidade.

O sol já invadia o quarto, e eu continuei ali, aconchegada nos braços de Luigi, a conchinha é a minha posição preferida, sentindo seu corpo quente e firme contra o meu. Ri sozinha ao lembrar da noite que tivemos, de cada toque, cada suspiro e de como nos movíamos juntos, como se tivéssemos sido feitos um para o outro. Uma dança perfeita, sincronizada, onde o desejo e o amor se misturavam de forma viciante.

Tentei me levantar, mas uma leve ardência me fez recordar que tudo aquilo não havia sido um sonho. Um arrepio percorreu minha pele quando senti Luigi se mover atrás de mim, seus lábios tocando meu ombro antes que sua voz rouca e sonolenta me desejasse um bom dia.

— Já fugindo de mim, esposa? — ele murmurou, me puxando de volta para seus braços.

Sorri, me virando para encará-lo. Ele estava irresistível, o cabelo um pouco bagunçado e os olhos preguiçosos me analisando com um brilho satisfeito.

— Quero tomar um banho e conhecer a propriedade — expliquei, acariciando seu rosto e sentindo sua ereção aumentar drasticamente.

Ele assentiu, se espreguiçando antes de se sentar na cama.

— O lugar é grande, depois te levo para conhecer — começou, sua voz carregada de orgulho. — Muito grande. A casa tem mais de vinte cômodos, uma área externa enorme e tudo o que você precisar para não sentir falta de nada.

— Isso é quase um castelo — brinquei, impressionada.

— E agora é o seu castelo — ele corrigiu, um sorriso torto surgindo em seus lábios. — Se precisar sair sem mim, terá um soldado para sua proteção. Mas não pense que pode fazer o que quiser por aí, Fernanda. Tudo que você fizer fora daqui terá que passar por mim.

Revirei os olhos, pegando um vestido leve e colocando-o.

— Você fala como se eu fosse me meter em confusão.

— Atirar em mim não foi o suficiente para me dar essa certeza, você é um perigo sob pressão — falou rindo, mas ainda olhava para minha roupa, ele levantou e me olhou dos pés à cabeça, cruzando os braços, em um impulso me jogou na cama separando minhas pernas com o joelho antes de sua mão alcançar meu sexo me causando arrepios.

— As roupas vão ser um problema.

Arqueei uma sobrancelha, me divertindo com o tom possessivo em sua voz.

— O que tem minhas roupas?

— São curtas demais. Não que eu não goste, mas só para mim... mas se for usar realmente, nenhum homem pode ousar olhar para você, muito menos desrespeitá-la, nunca me esconda nada, cada atitude que tiverem que não te agradar me passe imediatamente.

Mordi o lábio, tentando não rir da sua expressão fechada.

— O que pretende fazer quanto a isso?

— Te castigar sempre que necessário, saiba que o quarto secreto tem algemas e tudo que preciso, será minha escrava sexual, — falou rindo e o chamei de louco beijando sua boca e mordendo seu lábio.

Ele deu de ombros, como se a resposta fosse óbvia.

— Todos os presentes que ganhamos e os que comprei estão em um quarto separado. Pode abrir se quiser.

Minhas sobrancelhas se ergueram, e um sorriso largo tomou conta do meu rosto.

— Eu adoro presentes.

Ele sorriu, se aproximando para segurar meu rosto entre suas mãos.

— Eu sei.

Nos beijamos, e quando nos afastamos, Luigi passou os dedos pela minha cintura, os olhos escurecendo por um instante antes de se controlar.

— Vou trabalhar em casa essa semana até que tudo esteja no lugar — ele informou. — Mas depois disso, voltarei à empresa.

— Então terei uma semana de observação e depois dias só meus? — murmurei, brincando com o cós da cueca dele que lutava para se afastar.

— Vai ter todas as semanas, Fernanda. Mas não se engane... eu sempre estarei de olho.

O aviso veio acompanhado de um beijo intenso, e mesmo sabendo que ele falava sério, não consegui evitar a excitação que suas palavras despertaram em mim.

No fim demorei mais que ele para se arrumar e ele me avisou que aguardaria lá na sala de jantar.

Quando desci para o café da manhã, a mesa estava impecavelmente montada, digna de um verdadeiro banquete. Em porcelana fina, os talheres brilhando sob a luz do brilho e uma variedade de pães, frutas frescas, queijos, frios e geleias davam um ar sofisticado e acolhedor ao ambiente. Havia uma jarra de suco de laranja ao lado de uma cafeteira prateada, e um aroma delicioso de café fresco preenchia o ar.

Luigi estava sentado na cabeceira, me esperando com um meio sorriso. Assim que me aproximei, ele puxou a cadeira para mim, um gesto pequeno, mas cheio de significado.

— Quero que conheça os funcionários que trabalham diretamente para nós — ele anunciou, virando-se para a equipe que já se posicionava respeitosamente na entrada da sala.

Hum a hum, eles me cumprimentavam.

— Este é Fabrizio, o chefe da segurança da casa. Ninguém entra ou sai sem passar por ele — Luigi disse, apontando para um homem alto e robusto, de olhar atento e postura amigável.

— Pietro, motorista e auxiliar de segurança — indicou um rapaz de cabelos escuros e olhos atentos, que inclinou a cabeça em um gesto de respeito.

— Rosa, governanta. É quem garante que tudo aqui funcione perfeitamente — disse, e uma mulher de cabelos grisalhos, expressão firme e roupas impecáveis se adiantou, sorrindo com gentileza.

— Camila e Larissa são responsáveis pela limpeza dos andares superiores. Carla e Mariana, pelos andares inferiores e cozinha — ele completou, e todas as quatro mulheres se curvaram levemente, murmurando um "bom dia, senhora".

Quando meus olhos cruzaram os de Camila e Larissa, senti algo diferente. Ambas trocaram um olhar rápido e sorriram um pouco demais. Não foi apenas simpatia, mas sim algo que me deixou em alerta. Talvez curiosidade... ou algo mais.

Decidi ignorar por hora e me concentrei na refeição.

Comemos juntos e era tudo delicioso, assm que terminamos falei que ia para o quarto ver os presentes e depois pegaria uma piscina, ele assentiu e me deu um beijo antes de seguir para o escritório.

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