O momento chegou, depois do susto que levei o momento finalmente chegou, para que negar, Luigi tem sido meu auxiliador por muitos dias desde que atirei nele, ele era o único que não precisava fazer isso, porém é o que mais faz.
Diante do espelho, observei minha própria imagem e, pela primeira vez em muito tempo, senti algo inesperado.
Felicidade.
Sim, eu estava feliz. Apesar de tudo, apesar do medo, do passado e das incertezas, havia um brilho nos meus olhos que eu não conseguia ignorar. Luigi havia entrado na minha vida como um furacão, me arrancando do que eu conhecia, mas, agora, eu via que, no meio do caos, ele era meu porto seguro.
O único sentimento que nublava essa felicidade era a dor de saber que meu próprio pai me odiava.
Respirei fundo e me levantei, alisando meu vestido. Pensei que atravessaria aquela igreja sozinha, sustentando meu nome e minhas escolhas sem apoio de ninguém. Mas, ao abrir a porta, fui surpreendida.
Ele estava lá.
Meu sogro.
Alto, imponente e com uma expressão que eu não conseguia decifrar por completo. Luigi já havia mencionado que não se davam bem, que suas diferenças eram profundas, mas, mesmo assim, ele estava ali, me esperando.
Quando notou minha hesitação, sorriu de leve, tentando me acalmar.
— Você não achou que entraria sozinha, achou? — sua voz era grave, mas não havia hostilidade.
Assenti, ainda sem saber o que pensar. Ele ofereceu seu braço e, hesitante, aceitei.
Enquanto caminhávamos até a entrada da igreja, notei algo curioso. O ódio nos olhares havia sumido. Não sentia mais aquelas faíscas de desprezo que antes me cercavam. Algo havia mudado.
Meu sogro percebeu minha inquietação e, como se adivinhasse meus pensamentos, disse em um tom casual:
— Luigi decretou que quem ousasse te fazer mal pagaria com a vida. Inclusive, já ordenou que busquem seu pai. Ele será punido pela afronta.
Engoli em seco.
Ele continuou:
— Sua tia Flora também recebeu sua dose de ameaça hoje. Parece que achou prudente se calar e aceitar.
Fechei os olhos por um segundo, deixando a sensação de alívio tomar conta de mim.
Era isso.
Uma confirmação silenciosa do que eu já suspeitava. Luigi faria tudo por mim.
E nós seríamos felizes.
Quando as portas da igreja se abriram e a marcha nupcial começou a tocar, soube que estava exatamente onde deveria estar.
A igreja estava impecável. O dourado dos candelabros refletia a luz suave, criando um brilho quase mágico. O caminho até o altar estava coberto de pétalas brancas, e um aroma delicado de lírios preenchia o ar.
Quando entrei, todos se viraram para me ver. Dessa vez, não havia desprezo, não havia escárnio. Era como se a presença de Luigi ao meu lado tivesse apagado qualquer resquício de dúvida sobre mim.
E lá estava ele.
Meu noivo.
Luigi estava parado no altar, vestindo um terno impecável. O preto ressaltava sua presença dominante, enquanto a gravata vinho trazia um toque de ousadia. Seus olhos encontraram os meus e, naquele instante, um sorriso singelo brincou em seus lábios.
Ele estava feliz.
Por mais contido que fosse, eu podia ver. Ele parecia satisfeito, seguro, como se soubesse que estava exatamente onde queria estar.
Quando me aproximei, meu sogro soltou meu braço e, antes de me entregar, sussurrou algo que fez meu coração acelerar:
— Quando for tentar matá-lo, faça bem feito, querida.
Luigi ignorou completamente, apenas mostrou o dedo ao pai antes de voltar seu olhar para mim. Seu toque era firme e quente quando segurou minhas mãos.
O padre começou a falar, mas, por um momento, tudo o que eu conseguia ouvir era o som do meu próprio coração.
As palavras vieram naturalmente.
Os votos foram trocados.
O anel deslizou pelo meu dedo.
E ninguém tentou impedir.
Ninguém ousou interromper.
Era real.
Quando o padre nos declarou marido e mulher, um arrepio percorreu minha pele. Luigi me puxou com firmeza, como se tivesse esperado por aquele momento com a mesma intensidade que eu.
O beijo veio.
Meu coração parecia que ia sair pela boca.
Foi deliciosamente instigante.
A forma como ele me segurou, a maneira como sua boca se encaixou na minha, nossas línguas duelando de forma intensa... Era perfeito.
Era o fim de uma fase.
E o começo de algo muito maior.
Ainda no altar, Luigi não perdeu tempo. Seu olhar travesso encontrou o meu enquanto suas mãos seguravam minha cintura.
— Gostou do beijo, esposa? — sua voz saiu baixa, rouca, falava só para mim ouvir.
Mordi o lábio, sentindo meu rosto corar levemente antes de responder sem hesitação:
— Amei. E estou ansiosa pelo que virá depois…
Ele sorriu de canto, aquele sorriso cheio de segundas intenções, e se inclinou apenas o suficiente para sussurrar:
— Teremos a noite toda para isso, amore mio.
Um arrepio percorreu minha pele.
O caminho até a saída da igreja foi marcado por sorrisos e elogios.
— Que casal lindo!
— Estão perfeitos juntos.
— Sua esposa é deslumbrante, Mancini!
Eu não ligava.
Dessa vez, eu não temia os olhares.
Eu estava segura.
Luigi estava ao meu lado, sua mão firme segurando a minha, sua presença imponente deixando claro que ninguém ousaria me desrespeitar.
Quando saímos da igreja, os flashes das câmeras brilharam, os convidados aplaudiram, e um carro luxuoso já nos esperava.
O próximo destino?
A festa.
E, depois dela… a nossa noite.
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Atualizado até capítulo 43
Comments
Maria Helena Macedo e Silva
a famulia além de a torturar a colocava contra o don a fazendo querer fugir dele e pra isso tinha que si manter longe das atrocidades que falavam que ele iria fazer com ela...
2025-04-05
1
Arlete Fernandes
Agora os dois estão felizes e casados que lindo e foi perfeito o casamento!
2025-04-08
0
Neide Lima
Eu tava ansiosa para Atualizar pra começar de novo e terminar de Ler ,👏👏👏👏👏
2025-03-01
0