Capítulo 18

Júlia

Três meses depois…

Encarei meu reflexo no espelho, suspirando. Meus seios estavam muito maiores, minha barriga crescia mais a cada dia, e o número na balança já marcava treze quilos a mais. Mas, ao mesmo tempo, eu continuava com braços e pernas finos, o que só me fazia parecer esquisita aos meus próprios olhos.

Minha autoestima oscilava como um pêndulo, e hoje… bem, hoje ela decidiu me arrastar para baixo.

— Eu tô enorme… — murmurei para mim mesma, puxando a blusa e observando meu reflexo de vários ângulos.

— Enorme de linda? — a voz de Anderson soou atrás de mim, me fazendo revirar os olhos antes mesmo de me virar para encará-lo.

Ele encostou no batente da porta, os braços cruzados e um sorrisinho convencido nos lábios.

— Anderson… — suspirei, cruzando os braços. — Eu tô feia.

Ele arqueou as sobrancelhas e balançou a cabeça, caminhando até mim.

— Jura? Eu devo estar com problemas na visão, então… porque o que eu vejo é a mulher mais linda do mundo.

Bufei, mas ele ignorou minha reação, deslizando as mãos pela minha cintura e me puxando para perto.

— Júlia, você tem noção de como tá deslumbrante? — Sua voz saiu grave, carregada de admiração. — Sua pele tá mais radiante, seu cabelo tá mais brilhante, e essa barriguinha aqui… — Ele deslizou as mãos até minha barriga, acariciando-a com carinho. — É a coisa mais linda que eu já vi.

Mordi o lábio, ainda tentando lutar contra a avalanche de hormônios que me fazia querer chorar por tudo.

— Eu engordei muito…

— Você tá gerando dois bebês, amor. Quer que eles nasçam como, pesando um pacote de bolacha?

Soltei uma risada nasalada, e ele sorriu vitorioso.

— E outra coisa… — Ele inclinou o rosto para perto do meu ouvido, sua voz baixa e cheia de segundas intenções. — Você nunca esteve tão sexy.

Corei no mesmo instante, mas ele continuou:

— Eu fico louco toda vez que olho pra você. Seu corpo tá perfeito, sua barriga tá linda, e o fato de saber que são os meus bebês crescendo aí dentro… — Ele gemeu baixinho. — Isso me deixa completamente maluco.

Meus joelhos fraquejaram, e Anderson percebeu, porque segurou minha cintura com mais firmeza.

— Você é minha mulher, Júlia. A mais linda, a mais gostosa, a mais incrível. Eu nunca me canso de te olhar… e tenho certeza de que nunca vou me cansar.

Meus olhos se encheram de lágrimas, e ele riu baixinho, sabendo que os hormônios estavam me pegando de jeito.

— Eu te amo, tá? E se você não consegue ver o quanto é maravilhosa, não tem problema. Eu te lembro quantas vezes forem necessárias.

Abracei seu pescoço, escondendo o rosto ali, e ele me envolveu com força, me embalando como se pudesse proteger até mesmo os meus pensamentos ruins.

— Obrigada… — murmurei contra sua pele.

— Sempre. — Ele beijou o topo da minha cabeça. — Agora vem cá, que eu quero te mostrar como minha mulher é linda de outras formas…

Anderson me pegou no colo com facilidade, me levando até a cama como se eu não pesasse nada. Meu coração acelerou, e um arrepio percorreu minha pele quando seus lábios roçaram os meus em um beijo lento e intenso.

Deslizou as mãos pelo meu corpo com um carinho quase reverente, os dedos traçando cada curva como se quisesse memorizar cada detalhe. Seus olhos me admiravam com tanta devoção que, por um instante, todos os pensamentos inseguros sumiram da minha mente.

— Você é a mulher mais linda que já existiu, Júlia. — A voz dele era um sussurro rouco, carregado de desejo e adoração.

Meus lábios se abriram para responder, mas tudo o que saiu foi um suspiro quando ele beijou minha barriga, como se estivesse saudando nossos filhos. Cada toque dele era um lembrete silencioso de que, para ele, eu era perfeita — exatamente como sou.

Anderson continuou distribuindo beijos pela minha barriga, seus lábios quentes marcando cada pedaço de pele.

— Você não tem ideia do quanto é maravilhosa, meu amor. — Sua voz era carregada de emoção. — Eu te amo tanto... amo cada mudança no seu corpo, porque tudo isso significa que nossos filhos estão crescendo dentro de você.

Minhas mãos encontraram seus cabelos, afaguei-os suavemente enquanto ele subia os beijos até meus seios, fazendo meu corpo reagir instantaneamente.

Ele ergueu o rosto, me fitando com intensidade.

— Você está ainda mais linda, Júlia. Mais poderosa. Mais mulher. — Seus dedos deslizaram pelo meu quadril, traçando minhas curvas com adoração. — Cada centímetro de você me enlouquece.

Ele se inclinou, seus lábios roçando os meus em um beijo lento, profundo, enquanto suas mãos exploravam meu corpo com um carinho possessivo.

— Deixa eu te mostrar o quanto te desejo? O quanto eu sou louco por você? — Ele murmurou contra minha boca.

Assenti, perdida nele, no amor que transbordava em cada toque.

Naquele momento, qualquer insegurança desapareceu. Eu era dele. Sempre fui. E, naquele instante, ele fazia questão de me lembrar disso da melhor maneira possível.

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