Frederick
O dia finalmente chegou ao fim, e o motor do meu carro ronca pelas ruas pouco movimentadas de Sombra Vale. A paisagem se desenrola diante de mim, mas minha mente está distante.
Estou a caminho de casa, uma mansão isolada no alto das montanhas, com uma vista privilegiada de toda a cidade, mas o que realmente ocupa meus pensamentos não é a tranquilidade do lugar onde moro.
É ela. Anastácia Miller.
A forma como me desafiou hoje, sem hesitar, sem se intimidar com minha posição ou autoridade, continua a ecoar na minha mente. É irritante, mas ao mesmo tempo fascinante. A maioria dos alunos evita até mesmo cruzar o meu caminho. Ela, por outro lado, parece determinada a me enfrentar.
Um som estridente me tira dos pensamentos. Olho pelo retrovisor e vejo Pablo, vindo logo atrás em sua moto. Ele acelera, se aproxima do meu carro, e consigo ver o sorriso travesso em seu rosto.
— Vamos bater um racha, Fred? Até em casa. Ou será que você já perdeu o gosto por diversão? — ele grita por cima do rugido da moto.
Antes que eu possa responder, ele acelera ainda mais, fazendo o motor rugir alto, como se fosse um desafio. Dou um sorriso torto, aquele tipo de sorriso que ele sabe que significa "aceito o desafio".
— Quer saber, que se dane as regras.
Meu pé pisa fundo no acelerador, e o carro responde instantaneamente, ganhando velocidade. A música no rádio muda para algo enérgico e pulsante, acompanhando a adrenalina que agora percorre meu corpo.
Os pneus cantam no asfalto enquanto cortamos as ruas em alta velocidade. Por um momento, um raro sorriso surge no meu rosto. O sol está se pondo no horizonte, tingindo o céu com tons de laranja e dourado. Por um instante, sinto algo próximo à liberdade, um alívio fugaz do peso que carrego como líder, como diretor, como o alfa.
Mas essa sensação desaparece tão rápido quanto surgiu.
Meu olhar capta algo na calçada de uma sorveteria à frente.
Ela.
Anastácia está sentada do lado de fora, junto com aquele garoto magricela. O que eles estão fazendo ali? Já não bastou estarem juntos no colégio? Meu maxilar trava, e minhas mãos apertam o volante com força.
— Mas o que ela está fazendo com ele de novo? Já estão se tornando inseparáveis? — murmuro para mim mesmo, a irritação crescendo.
Sem perceber, meus pés já estão pressionando o freio. O carro diminui bruscamente, e Pablo quase colide na traseira do veículo. Ele buzina, irritado, mas estaciona ao meu lado quando paro o carro na calçada, bem em frente à sorveteria.
Pablo tira o capacete, balançando a cabeça em frustração.
— O que houve, Fred? — pergunta ele, arqueando uma sobrancelha.
Aponto para a sorveteria, minha voz mais firme do que eu gostaria.
— Me deu vontade de tomar um sorvete.
Pablo segue o movimento da minha mão, seus olhos se fixando em Anastácia e seu mais novo “amiguinho”. A diversão logo volta ao rosto dele.
— Ah, entendi. O sorvete tem nome e sobrenome, não é? — ele diz, com um sorriso irônico.
Reviro os olhos e saio do carro, tentando manter a compostura.
— Não começa, Pablo.
— Relaxa, irmão. Só toma cuidado. Essa garota está realmente mexendo com você. Não esqueça quem somos e a responsabilidade que temos. — Diz ele, em um tom baixo.
Ignoro suas palavras e começo a andar na direção da sorveteria. Anastácia finalmente percebe minha presença. Seus olhos encontram os meus, e por um segundo, vejo algo parecido com surpresa. Mas, como sempre, ela rapidamente veste aquela máscara desafiadora.
"Vamos ver até onde vai a sua ousadia, senhorita Miller", penso enquanto me aproximo.
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Atualizado até capítulo 63
Comments
Pamella Pampam
gente estou amando . louca pelos próximos capítulos.
2025-03-20
2
Andreza Cristina Cunha
coitado tá caidinho por ela só não percebeu ainda 😁😁😁
2025-02-01
1
Hilma Franco Sanch
coitado está de quatro por ela arrastando o rabinho no chão, kkkkkkk
2025-02-16
0