Capítulo 18

P.o.v -Luriel

Me levantei, a arma ainda firme na mão, e a pressionei contra o queixo de Mirela. Meu dedo quase apertava o gatilho, mas então algo desviou minha atenção. Olhei de relance e vi João parado, me observando. Seus olhos eram inquisitivos, mas não pareciam surpresos.

"Agora lascou de vez... Vou ter que matar essa vadia pra manter a boca dela fechada," pensei, o coração acelerando. Não queria me envolver em problemas com ele, mais do que já estava.

— Luriel... vamos a um lugar agora... — sua voz era calma, quase gentil, mas carregava uma firmeza inabalável.

Engoli em seco, guardando a arma. Sem questionar, segui João, deixando Mirela para trás, satisfeita com o caos que semeou. Ela me lançou um sorriso vitorioso enquanto se afastava.

João entrou no carro, e eu me acomodei ao seu lado. Pelo retrovisor, observei seu rosto sereno, um pequeno sorriso brincando nos lábios.

— Para o hospital onde seu pai está... — ele disse, com um tom que sugeria que já tinha tomado sua decisão.

Saímos do clube e peguei a estrada em direção ao hospital onde meu pai estava internado. O silêncio se instalou entre nós, pesado e denso. João olhava a paisagem que passava, absorto em seus pensamentos. A certa altura, não resisti e coloquei a mão em sua coxa, sentindo a tensão em seu corpo.

— Por que o senhor quer ir ao hospital? — perguntei, tentando compreender o que passava em sua mente.

— Quero vê-lo... — foi sua resposta simples, sem desviar o olhar da estrada.

— Por que quer vê-lo do nada?

Finalmente, ele virou o rosto para mim, seus olhos encontrando os meus.

— Vou vê-lo, ué... não posso?

Estacionei o carro no acostamento, minha paciência se esgotando.

— Lógico que não!!

Ele me encarou, desafiador.

— Por que não?

— Porque ele é o meu pai.

— E daí?

— E daí o quê? Você escutou aquela vadia falando merda, não foi?

João suspirou, como se exasperado pela minha insistência.

— Sim... Por que está tão preocupado com isso?

— Porque você acredita em tudo que falam para você.

— Acha que eu quero machucar seu pai?

— Então o que você quer fazer?

— Ia vê-lo... Por que está tão nervoso?

— Não estou nervoso...

Relutante, liguei o carro novamente e continuei dirigindo.

— Sei... Você está com medo porque eu ouvi demais.

— O que você ouviu? E eu não tenho medo das suas decisões.

— O bastante para me livrar de você...

— Como pode ter certeza de algo sabendo que a Mirela só faz esse tipo de coisa para nos afastar porque ela tem ciúmes?

— Encosta o carro... — sua ordem foi firme, inquestionável.

Obedeci, parando no acostamento. Olhei para ele, confuso.

— O que foi?

João se inclinou para frente, pegando minha gravata e puxando-me para perto. Seus olhos perfuravam os meus, intensos.

— Te dou um ano para concluir o seu plano, por isso não vou me livrar de você...

Minhas palavras ficaram presas na garganta enquanto meu olhar caía para seus lábios. Antes que eu pudesse me controlar, inclinei-me e o beijei. Ele não hesitou em retribuir, e o calor do beijo foi suficiente para que tudo ao nosso redor desaparecesse.

Mordi seus lábios levemente e nos afastamos, ambos ofegantes.

— Chega... — ele murmurou, tentando recuperar o fôlego, mas o desejo em seus olhos dizia outra coisa.

Eu o olhei, a tensão em meu corpo evidente. Não conseguia mais disfarçar.

— Está se fazendo de difícil?

Ele desviou o olhar, mas antes que pudesse responder, deitou o banco e me puxou para cima dele, iniciando outro beijo, mais intenso. Minhas mãos encontraram seu cabelo, descendo para seu pescoço, enquanto o desejo nos consumia.

Quando finalmente paramos, ambos estávamos ofegantes, nossos corpos entrelaçados no espaço apertado do carro.

— Temos que ir... — ele disse, a voz hesitante.

— Agora não dá... Só se você chupar ele — provoquei, sorrindo de forma maliciosa.

Ele me olhou, surpreso, e depois riu nervosamente.

— Acho que não estamos em um local apropriado para isso.

— Mas não existe lugar apropriado para isso.

Ele hesitou, mas sua mão tocou meu membro, ainda tímido, provocando um arrepio que percorreu todo o meu corpo.

Ofegante, observei enquanto ele se abaixava, a língua deslizando lentamente antes de finalmente me envolver. Meus sentidos se perderam, e meu corpo inteiro se entregou à sensação, os últimos vestígios de controle se dissipando.

Meu corpo começou a tremer, e um arrepio percorreu minha espinha, esquentando-me por completo. João intensificou seus movimentos, e cada segundo se tornava insuportavelmente delicioso. A cada toque, a cada movimento, ele me levava mais perto do limite.

Ofegante, minha mão encontrou seu cabelo, enrolando os dedos nas mechas macias enquanto o impulsionava para baixo, guiando-o na intensidade que meu corpo desesperadamente pedia.

Ele não parou, continuou com uma dedicação que me fez perder o controle. Alguns minutos a mais foram suficientes para que a excitação se tornasse insuportável. Gemi, o som rouco e carregado de desejo, e não consegui mais segurar. Meu corpo se entregou ao prazer, e tudo se derramou em sua boca, deixando-me sem fôlego, os olhos fechados, enquanto a onda de êxtase me dominava por completo.

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Comments

Ana Costa

Ana Costa

/Drool//Drool//Drool//Drool/

2025-02-27

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