Capítulo 14

P.o.v -João

Horas mais tarde, eu estava na minha sala, revisando alguns papéis importantes. Minha mente, porém, estava longe, divagando sobre o que tinha acontecido mais cedo. "Ele quis ficar do meu lado hoje... será que estou me iludindo por isso?... Mas aquele beijo que demos... nossa, foi realmente bom." Suspirei, tentando me concentrar, quando Luriel entrou na sala, segurando dois cafés.

— Oi, João. Desculpa te atrapalhar, mas trouxe um café pra gente — ele disse, sorrindo.

Olhei para ele, surpreso e agradecido.

— Ah... obrigado...

Ele me entregou o café e se sentou no sofá da sala.

— Percebi que o Júlio é afim de você, mas você não dá bola pra ele.

Franzi a testa, confuso.

— Ele é?

— Sim, mas acho que ele não faz seu tipo, né?

Tomei um gole do café, refletindo.

— Não sei, depende.

Ele me olhou de maneira provocativa.

— E alguém como eu faz seu tipo?

Levantei-me, ainda segurando o café, e me sentei ao lado dele no sofá.

— Por que essas perguntas agora?

— Uma dúvida, ué.

Dei de ombros.

— Talvez... — Tomei mais um gole de café. — E qual é o seu tipo?

— Não posso falar, senão acaba a graça — ele riu. — O que você estava fazendo?

— Estava revisando uns papéis importantes... sobre a nossa economia. — Coloquei a caneca de café em uma mesinha ao lado do sofá e o encarei. — Comprei um perfume novo, chegou ontem. Por que não sente um pouco e me diz se gosta?

Ele arqueou a sobrancelha, curioso.

— Esse perfume é importado?

— Sim... pode sentir e me dizer. — Aproximei-me dele, meu coração acelerando. "Será que essa é uma boa desculpa pra me aproximar dele?"

Luriel inclinou-se para sentir o perfume, percebendo minha proximidade.

— Esse perfume é bom. Gostei bastante.

Sorri, satisfeito.

— Hum... que bom que gostou...

De repente, ele me puxou pela blusa, deixando nossos lábios perigosamente próximos. Seus olhos encontraram os meus, e perguntei, surpreso:

— O que foi?

— Nada, só estou querendo sentir mais de perto — ele sorriu.

Reagi com um selinho rápido, mas ele logo transformou isso em um beijo mais profundo. Retribuí o beijo, e logo ele estava por cima de mim, me deitando no sofá. O beijo se intensificou, e suas mãos deslizavam pelo meu corpo, me fazendo arrepiar.

Sem resistir, tirei seu paletó e desci os beijos para o seu pescoço. Ele ofegou, segurando meu cabelo. Empurrei-o levemente para que se deitasse ao meu lado, e continuamos a nos beijar, enquanto minhas mãos exploravam seu peitoral por cima da camisa de botões.

Luriel, impetuoso, tirou a camisa, e eu o encarei, admirado, tocando seu peitoral.

— Nossa...

— Sou mais gostoso do que pensava, né? — ele brincou, arrancando um sorriso envergonhado de mim.

— Para de falar essas coisas... ainda sou seu chefe.

Ele riu.

— Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

Sorrindo, tirei meus óculos e os coloquei na mesinha ao lado do sofá, junto com a caneca de café.

— Como está seu pai?

Deitei-me no peito dele, buscando conforto. Ele começou a fazer carinho na minha cabeça, mas percebi uma certa hesitação.

— Os médicos disseram que estão começando a aplicar os medicamentos agora, e para fazer efeito, tem que esperar uns dias — ele explicou.

— Espero que ele fique bem logo — murmurei.

— Você nunca falou do seu pai — ele comentou, sua voz cheia de curiosidade.

Ajustei-me em seus braços, fechando os olhos.

— O que você quer saber do meu pai?

— Quem é o seu pai? E por que você nunca falou dele?

Respirei fundo, pronto para compartilhar.

— Meu pai é o Gustavo... E eu não falo muito dele porque algumas pessoas já sabem, e você nunca me perguntou.

— Eu sei quem é o Gustavo, mas não sabia que ele era seu pai — ele disse, surpreso.

— Enfim, ele que é meu pai... Tem um lençol aí no canto do sofá. Pode pegar e nos cobrir, por favor.

Luriel se esticou, pegou o lençol e nos cobriu. Aconcheguei-me mais nele, sentindo-me seguro e aquecido.

— Cuidado, vai dormir aí, porque eu sou bem confortável — ele brincou.

— Tudo bem... — murmurei, adormecendo aos poucos.

Ele também começou a adormecer, ainda fazendo carinho na minha cabeça.

***

Uma hora mais tarde

A porta da sala se abriu abruptamente, e a voz de Ana ecoou pelo ambiente.

— João, cheguei!!!

Ela entrou na sala e nos viu dormindo juntos, Luriel e eu, sob o lençol.

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Mika_Scorpious

Mika_Scorpious

EU SABIA QUE IA ENTRAR ALGUÉM /Curse//Curse//Curse//Curse/

2025-03-09

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