O amanhecer trouxe com ele o frescor do deserto, mas dentro da base da resistência o clima era pesado. Raven havia acordado cedo, seus pensamentos ainda assombrados pelas cenas de destruição da antiga base. Ferreira, Lina e a doutora Elisa estavam reunidos na pequena sala de estratégia, discutindo os próximos passos.
— Precisamos reforçar a segurança da base — disse Raven, olhando para o mapa em cima da mesa. — Se o Império nos encontrar aqui, teremos um confronto inevitável.
Ferreira assentiu, cruzando os braços.
— Concordo, mas não podemos nos esquecer de que estamos em desvantagem numérica e tecnológica. Nossa melhor chance é a estratégia.
Lina, que estava encostada na parede, observava atentamente.
— Raven, como você está? — ela perguntou, quebrando o foco da discussão.
Raven levantou os olhos e deu um pequeno sorriso.
— Estou bem, Lina. Só tentando me preparar para o pior.
— Você tem mais força do que acredita — disse Lina.
Ferreira olhou para as duas e sorriu.
— Raven sempre foi a mais durona. Desde que nos conhecemos. Não sei como consegue carregar o peso do mundo nas costas.
Raven deu um leve soco no ombro dele.
— E você, Ferreira, continua o mesmo otimista irritante de sempre.
O clima ficou mais leve por um momento, mas foi interrompido por Elisa, que parecia apreensiva.
— E se eles nos encontrarem? — perguntou a doutora, sua voz carregada de preocupação.
Raven virou-se para ela e segurou seus ombros.
— Se eles nos encontrarem, lutaremos. E não deixaremos que levem você.
Elisa engoliu em seco, mas parecia reconfortada pela determinação de Raven.
Antes que pudessem continuar, um dos guardas da base entrou correndo na sala.
— Temos movimento no deserto! — anunciou, ofegante.
Todos na sala ficaram tensos.
— Quantos? — perguntou Ferreira, já se levantando.
— Vários. E estão de motos. Devem ser do Império.
Raven olhou para Ferreira e depois para Lina.
— É agora. Todos para suas posições.
A base entrou em alerta máximo. Os soldados da resistência correram para suas posições, preparando armas e barricadas. O som das motos se aproximava rapidamente, o ronco dos motores ecoando pelo deserto como uma tempestade iminente.
Os soldados do Império surgiram no horizonte, suas motos levantando uma nuvem de poeira enquanto avançavam em alta velocidade. Eles estavam fortemente armados, com rifles de alta precisão e granadas acopladas às motos.
— Aí vem eles! — gritou um dos soldados da resistência.
Ferreira e Raven estavam na linha de frente, enquanto Lina liderava um grupo de atiradores na parte superior da base. Elisa havia sido colocada em segurança em um bunker improvisado.
— Não deixem que eles se aproximem! — ordenou Raven, levantando o rifle.
Os primeiros tiros foram disparados. As balas cortavam o ar em todas as direções, e o som dos motores misturado ao tiroteio criava uma cacofonia ensurdecedora.
Raven mirou e acertou um dos soldados do Império que se aproximava rapidamente. Sua moto perdeu o controle e capotou, explodindo ao atingir o chão.
— Boa, Raven! — gritou Ferreira, que disparava contra outro grupo.
Os soldados da resistência usavam o terreno ao seu favor, escondendo-se atrás de barricadas e torres de observação. Mas o Império estava determinado. As motos avançavam em círculos, tentando quebrar as defesas da base.
Lina, posicionada em uma das torres, identificou o líder do grupo inimigo, que estava no centro da formação de motos.
— Raven, o líder deles está no meio. Vou tentar derrubá-lo! — gritou ela pelo comunicador.
— Faça isso! — respondeu Raven.
Lina respirou fundo, ajustou sua mira e disparou. A bala acertou o tanque de combustível da moto do líder, que explodiu em uma bola de fogo, lançando o soldado pelos ares.
Com a morte do líder, o caos tomou conta das tropas do Império. Sem direção, os soldados começaram a agir de forma desorganizada, facilitando o trabalho da resistência.
Ferreira aproveitou a oportunidade para liderar um contra-ataque. Ele e um grupo de soldados saíram das barricadas e avançaram pelo deserto, eliminando os inimigos restantes.
— Não deixem nenhum escapar! — Ferreira gritou, sua voz firme ecoando pelo campo de batalha.
Raven, ainda na linha de frente, enfrentava dois soldados do Império ao mesmo tempo. Com movimentos rápidos e precisos, ela conseguiu desarmá-los e derrubá-los antes que pudessem reagir.
Após quase uma hora de confronto intenso, o silêncio finalmente tomou conta do deserto. Os soldados do Império estavam mortos, e as motos destruídas formavam um cemitério metálico ao redor da base.
Raven estava coberta de poeira e suor, mas seus olhos brilhavam com determinação. Ferreira aproximou-se dela, sorrindo.
— Conseguimos, Raven. Eles subestimaram a gente.
Ela assentiu, olhando para os corpos espalhados pelo chão.
— Mas isso é só o começo. Eles vão voltar. E da próxima vez, estarão mais preparados.
Lina desceu da torre, caminhando até elas.
— Mas estaremos prontos também. Não vamos desistir.
Raven olhou para Lina e Ferreira, e por um momento sentiu que, apesar de tudo, ainda havia esperança.
Enquanto o grupo começava a recolher os corpos e organizar a base, um dos soldados da resistência encontrou algo no bolso de um dos soldados do Império: um dispositivo de comunicação.
Raven olhou para o aparelho, seus olhos estreitando.
— Isso pode nos dizer onde está a próxima base deles…
O clima ficou tenso novamente, mas a determinação no rosto de Raven mostrava que ela estava pronta para o próximo passo.
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Atualizado até capítulo 49
Comments
Joelma Oliveira
até que enfim alguma ajuda pra eles. tomaraq consigam descobrir algo q os ajude
2025-01-02
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