O sol começava a se pôr, pintando o céu com tons de laranja e roxo, quando um soldado de Raven, rosto pálido e olhos arregalados, irrompeu na sala de planejamento.
— Comandante! Uma criatura... está se aproximando da base! Vinda do deserto!
Raven, ainda em choque pela notícia, se levantou de um salto, os olhos fixos no soldado. Lina, sempre alerta, já estava com a mão na arma. Elise, ainda um pouco atordoada pela missão anterior, se encolheu na cadeira, o medo se espalhando por seu corpo.
— O que você viu? — Raven perguntou, sua voz firme, mas com um tremor perceptível.
— Uma sombra enorme... se movendo rápido. Não consigo descrever... é algo que nunca vi antes.
Raven, sem hesitar, agarrou o braço de Lina e correu para fora da sala, Elise logo atrás.
— Todos para o Pátio Central! — Raven gritou, sua voz ecoando pelos corredores.
No Pátio Central, a base da Resistência se preparava para o pior. Soldados, homens e mulheres, se posicionavam em formação, armas em punho. Sobreviventes, muitos com os rostos marcados pela dor, se aglomeravam em volta, a apreensão estampada em seus olhos.
E então, no horizonte, surgiu uma sombra colossal, avançando em direção à base com uma velocidade assustadora.
A criatura, uma aberração grotesca, se erguia sobre as ruínas do deserto, sua silhueta escura contrastando com o céu alaranjado. Era um amontoado de carne e ossos, com membros desproporcionais e espinhos grotescos que se projetavam de seu corpo. Seus olhos, dois pontos brilhantes de ódio, pareciam queimar na escuridão. Um rugido ensurdecedor, que parecia rasgar o céu, ecoou pelo deserto, fazendo tremer o chão sob os pés dos que estavam na base.
— Protejam a doutora Elise! — Raven gritou, sua voz firme, apesar do medo. — Levem-na para o abrigo.
Elise, em choque, foi conduzida para um abrigo subterrâneo, onde se juntou a outros sobreviventes. Ela se encolheu em um canto, os olhos fixos na entrada do abrigo, esperando o pior.
No Pátio Central, Raven e Lina, lado a lado, lideravam a resistência. Os soldados disparavam tiros incessantes contra a criatura, mas suas balas pareciam apenas arranhá-la. A besta avançava implacável, esmagando tudo em seu caminho, seus golpes poderosos derrubando torres de vigia e destruindo os barracos improvisados.
— Não podemos vencer assim! — Lina gritou, desviando de um ataque da criatura. — Precisamos de algo mais potente!
Raven, com o rosto sujo de poeira e suor, se preparava para um ataque final.
— Canhão! — ela gritou, apontando para uma peça de artilharia enferrujada, um relicário de tempos mais prósperos. — Preparem-se!
Os soldados, seguindo as ordens de Raven, posicionaram o canhão, mirando na criatura. Elise, no abrigo, podia ouvir o barulho ensurdecedor do canhão sendo carregado.
— Raven! — Elise gritou, a voz tremendo. — Cuidado!
Raven, com um olhar determinado, assentiu, seus olhos fixos na criatura.
— Fogo! — ela gritou, e o canhão disparou, um estrondo que fez tremer a terra.
O projétil, um objeto de metal incandescente, atingiu a criatura em cheio, explodindo em uma bola de fogo. A besta, tomada por um rugido de dor, cambaleou, seus membros se contorcendo. Mas, mesmo ferida, ela continuava a avançar, seus olhos brilhando de fúria.
— Não podemos deixar que ela se levante! — Raven gritou, se lançando em direção à criatura, sua arma em punho.
Lina, ao lado dela, disparava tiros incessantes, tentando distrair a besta.
— Raven! — Lina gritou, desviando de um ataque da criatura. — Cuidado!
Raven, com um movimento ágil, se esquivou de um golpe da criatura e disparou um tiro certeiro em seu olho. A besta rugiu de dor, cambaleando para trás.
— Agora! — Raven gritou, apontando para o canhão. — Fogo!
O canhão disparou novamente, atingindo a criatura em seu ponto fraco. A besta, tomada por um rugido final, se desfez em um amontoado de carne e ossos, sua sombra se dissipando no ar.
A base da Resistência, em silêncio, observava a cena. O ar estava denso, carregado de poeira e pólvora.
— Vencemos! — Raven gritou, sua voz rouca, mas cheia de emoção. — Vencemos!
Os soldados, exaustos, mas vitoriosos, comemoraram, seus gritos de alegria ecoando pelo deserto. Elise, no abrigo, sentiu uma onda de alívio invadir seu corpo.
— Raven! — Elise gritou, correndo em direção à saída do abrigo. — Você está bem?
Raven, com um sorriso cansado, se aproximou de Elise.
— Estou bem, doutora. — Raven disse, colocando a mão no ombro de Elise. — Estamos bem.
— Mas... o que era aquela criatura? — Elise perguntou, ainda em choque.
— Uma criação do Império. — Raven respondeu, seus olhos frios e penetrantes. — Eles estão criando essas aberrações para destruir tudo em seu caminho.
— Mas... por que? — Elise perguntou, confusa.
— O Império quer o controle total. — Raven respondeu, seu olhar fixo no horizonte. — Eles querem destruir tudo que se opõe a eles.
— E o que vamos fazer? — Elise perguntou, seu coração batendo forte.
— Vamos lutar. — Raven respondeu, sua voz firme e cheia de determinação. — Vamos lutar por nossa liberdade. Vamos lutar por um futuro melhor.
O sol se punha, tingindo o céu com tons de vermelho e laranja. A base da Resistência, ainda em choque, se preparava para os desafios que viriam. Mas, apesar do medo e da incerteza, uma chama de esperança ardia em seus corações. Eles tinham sobrevivido, e estavam prontos para lutar por um futuro melhor.
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Atualizado até capítulo 49
Comments
Joelma Oliveira
nossa! desistir não é uma opção.
2025-01-02
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