A manhã havia nascido silenciosa, mas Raven sabia que aquele dia não seria pacífico. Do alto da muralha improvisada da base, ela observava o horizonte com olhos atentos e frios. Os soldados do Império se aproximavam como uma tempestade inevitável, marchando em formação impecável, suas máquinas de guerra deixando rastros de destruição no terreno seco.
— Está tudo pronto? — perguntou Raven, virando-se para seus comandantes.
— Sim, senhora — respondeu um deles, um jovem chamado Marco, que segurava a arma com as mãos trêmulas. — Vamos lutar até o fim.
Raven assentiu, sem demonstrar medo.
— Lembrem-se, eles não podem levar a doutora. E eles não podem levar nossa liberdade. Vamos mostrar a eles o que significa resistir.
Os soldados gritaram em resposta, preparando suas armas e posições. O som das botas do Império ecoava cada vez mais alto, como o prenúncio de um trovão mortal.
Quando o primeiro tiro foi disparado, o caos irrompeu. As balas cortavam o ar, as explosões rasgavam o solo, e os gritos de guerra ecoavam pelos corredores da base. Raven estava na linha de frente, disparando sua arma com precisão letal, liderando seus soldados com uma coragem feroz.
— Não recuem! — ela gritava, desviando-se de uma explosão que derrubou parte da muralha. — Lutem!
Os soldados do Império avançavam como uma onda, implacáveis e disciplinados. Eles tinham o número e o armamento superior, mas a resistência lutava com desespero e determinação. Cada corredor da base se tornava um campo de batalha sangrento, cada sala um espaço de morte e sacrifício.
— Raven! — Marco gritou, apontando para um grupo de soldados inimigos que tentava flanquear sua posição.
Ela correu para interceptá-los, derrubando dois com tiros certeiros antes de ser forçada a um combate corpo a corpo com o terceiro. A luta era brutal, seus golpes rápidos e precisos, mas o cansaço começava a pesar.
Apesar dos esforços heróicos, a resistência estava em desvantagem. Os soldados caíam um por um, e as defesas da base eram destruídas. As máquinas do Império avançavam sem piedade, esmagando tudo em seu caminho.
Raven viu Marco ser atingido por uma explosão, seu corpo sendo jogado contra uma parede. Ela correu até ele, mas era tarde demais. Ele estava morto.
— Não! — ela gritou, o som sendo abafado pelo rugido da batalha.
Ela voltou ao combate, seu coração cheio de dor e raiva, mas a situação era desesperadora.
— Raven! — um soldado gritou. — Estão nos massacrando!
Ela sabia que estavam perdendo, mas não podia recuar. Cada segundo que seguravam o Império era um segundo a mais para Lina e a doutora fugirem.
— Aguentem firme! — ela gritou, mesmo quando a base começou a desmoronar ao seu redor.
Finalmente, após horas de luta, a resistência foi esmagada. O som das armas cessou, substituído pelo silêncio pesado da derrota.
Raven estava caída no chão, ferida e coberta de sangue, cercada pelos corpos de seus amigos e aliados. A base estava em ruínas, fumaça subindo das paredes destruídas.
Os soldados do Império vasculhavam os destroços, procurando pela doutora. Um dos comandantes se aproximou de Raven, seus olhos frios e calculistas.
— Onde ela está? — perguntou ele, sua voz tão cortante quanto uma lâmina.
Raven não respondeu, seu olhar fixo em algum ponto distante, cheio de dor e fúria silenciosa.
— Nada aqui — gritou um dos soldados do Império, surgindo dos escombros. — A doutora não está aqui.
O comandante apertou os lábios, claramente irritado. Ele deu um último olhar para Raven antes de se virar.
— Recuem. Vamos procurá-la no deserto.
Os soldados começaram a se retirar, suas botas ecoando pelos destroços. Raven permaneceu caída, o som de sua respiração pesada sendo a única coisa que ela podia ouvir.
Quando o último soldado do Império desapareceu no horizonte, ela tentou se levantar, mas suas forças falharam.
— Eu… não vou desistir — murmurou, mesmo enquanto tudo ao seu redor parecia perdido.
O silêncio voltou a dominar o campo de batalha. Raven, cercada por destruição e morte, sabia que o verdadeiro peso da resistência agora recaía sobre Lina e Ferreira. Ela apenas podia esperar que eles estivessem preparados para o que viria a seguir.
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Atualizado até capítulo 49
Comments
Joelma Oliveira
poxa! 😦 nao tava preparada pra isso! raven nao pode morrer, nao deixa ela morrer 😢
2025-01-02
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