#12 capítulo

Olá meu amores! Estou sumida mais uma vez né!? Sei disso. E vim aqui no começo do capítulo, primeiro para pedir desculpas, e segundo para explicar o motivo. Como já disse uma vez em, tenho um salão de cabelo, e nesse fim de ano a demanda foi grande graças a Deus. Por conta disso, não consegui conciliar os livros e o salão. Mas agora estou de volta e determinada. Por isso, peço a compreensão de todos, e mais uma vez desculpas pela minha falha!

Meu emprego na empresa de cosméticos do senhor Pedro. Tá indo de vento em polpas. Sério. Achei que para o meu primeiro emprego, iria encontrar mais resistência.

Acho que li muitos livros de romance. E as mocinhas dos livros, sempre eram atacadas nos empregos pelas loucas obcecadas pelo patrão. Mas aqui é diferente. Tanto com Simone, que é um amor de mulher. Como com todo o departamento. E quando falo todo o departamento falo todo o departamento mesmo.

Aqui são todos simpáticos. E quando entro na empresa, os primeiros a me cumprimentar são os seguranças, em seguida as meninas lindas da recepção. E é assim até chegar no elevador.

E nessa nova fase da minha vida, imploro para que nada disso mude. Para que o meu pai, e aquele homem asqueroso, nunca me encontrem.

Mas infelizmente todos os dias o medo me assombra.

Tenho medo de ser encontrada por eles. E pior. Eu sei da capacidade deles pra isso.

E durante esses quatro dias que já estou na empresa. Já virou rotina, sair olhando para tudo que é lado.

Uma vez fui almoçar com Simone, e fiquei olhando pra tudo que é lugar. E nesse momento, tendo ela ao meu lado, percebi que meu comportamento chama muito a atenção.

Simone me perguntou o motivo de agir assim. Na hora inventei algo, mas não sei se ela acreditou muito.

E sim. Ainda saio pra rua parecendo uma louca olhando pra tudo que é lugar. Já passou até pela minha cabeça, de sair da cidade, e ir para mais longe.

Só tem um probleminha. O senhor Pedro.

Eu não sei o que está acontecendo comigo. Mas sempre me pego pensando nele, naqueles olhos lindos, aquela boca carnuda.

Já cheguei até uma vez sonhar com ele me beijando. Levantei da cama no pulo.

Não. Eu não posso estar criando sentimentos pelo meu patrão, por vários motivos.

A primeira; Ética profissional e a segunda e mais importante. Minha vida é uma bomba relógio que pode estourar a qualquer momento. E não quero empurrar ninguém pro abismo comigo.

Hoje cheguei na empresa como sempre. Já entrei cumprimentando todos e sendo cumprimentada por eles. Segui para o elevador, e ao chegar no andar onde trabalho. Simone já estava ali, linda e perfeita com a sua enorme barriga.

A cumprimentei, e enquanto organizamos as coisas, ficamos batendo papo.

Até o momento que as portas do elevador se abriram, e de longe pude ver o senhor Pedro, junto de uma linda mulher. A mulher estava agarrada ao braço dele.

Senti um aperto na garganta. Uma vontade de correr dali. Nunca senti isso na vida. E quando ela beijou a bochecha dele. Ali o aperto foi maior.

Mas que coisa. Eu tinha mesmo que estar criando sentimentos por esse homem? E pior, além de ser meu patrão. Ele é comprometido.

Mas ao ouvir, o que ele disse pra ela. Me deixou a dúvida do relacionamento dos dois. Ou eles eram parentes, ou eu realmente estava maluca.

A senhorita Samanta, ria da situação. Olhei para Simone que estava do mesmo jeito. Já o senhor Pedro. Estava sério. Falou algumas coisas, a repreendendo, coisa que a senhorita Samanta não deu muita importância.

Acho que ele viu que ela não iria parar de rir, e me chamou pra ir na sala dele.

Me levantei ainda processando o que acabou de acontecer aqui, e o segui.

Entrei na sala, e o encontrei do outro lado da mesa ligando o computador. Estava tão lindo.

Balanço a cabeça jogando fora meus pensamentos. E escuto de longe ele chama pelo nome de Ana.

— Sim senhor! – Encaro os olhos que me deixam sem ar, ele sorri. E meu Deus. O sorriso dele é perfeito. Foco Lavínia! –

— Ana! Já não disse para não me chamar de senhor? Meu nome é Pedro.

— Desculpe! Eu...

Vejo ele saindo de trás da mesa com as mãos dentro do bolso da calça. Caminha na direção onde estou. E nesse momento, o ar aqui parece que ficou rarefeito. Tento buscar pelo ar, mas tá difícil. Ele encosta na mesa ainda com as mãos no bolso da calça, e fica me encarando. Tô parecendo uma pateta, tenho certeza.

— Qual o nosso compromisso de hoje, Ana?

— Han? – Pergunto, mas logo me toco do que se trata – Hoje o senhor está livre de reuniões senhor Pedro. Digo. Pedro! – Reparo o modo como o chamei, assim que recebi dele, aquele olhar de reprodução, para logo em seguida receber dele o sorriso mais lindo– Após o almoço, você tem apenas um vídeo conferência!

— Ótimo! Realmente estava desconfortável com tantas reuniões!

Ele fala me encarando de um jeito diferente, só que não entendo o motivo dele estar me olhando assim. Ele disse que não aguentava mais as reuniões? Só que ele não imagina o quão desconfortante era pra mim participar dessas reuniões, tendo muitos olhos em mim. Eu percebia cada olhar que eles me lançavam, e sempre me sentia mal.

Pedro ainda está me olhando. Acho que me analisando. Mas sabe o que não entendo?

Porque o olhar do Pedro, é o único que não me deixa mal? Porque quando ele me olha, sinto borboletas no estômago?

Vejo ele se levantar, e começar a se aproximar de mim. Não era hora de eu dar no pé? Porque meus pés não me obedecem nesse momento?

Ele se aproxima, já não está mais com as mãos dentro do bolso da calça. Mas seus olhos estão presos aos meus. Sinto a garganta seca, e um calafrio no corpo, ao sentir a mão dele tocar meu rosto. Sinto seus dedos atrás da minha orelha, e me toco que ele acabou de tirar uma mecha de cabelo do meu rosto, e o colocar atrás da minha orelha.

Ainda tendo os olhos dele presos aos meus, sinto seus dedos passear na minha bochecha, e fazer caminho até a minha boca.

Meus lábios se abrem sem meu consentimento, e sinto seus dedos grandes acariciar meu lábio inferior.

Já me vi nessa cena. Foi no meu sonho. E o que aconteceu a seguir foi os lábios dele tocarem os meus.

O encaro com espanto por imaginar o que está prestes a acontecer. E escuto um sussurro vindo dele.

— Tão linda!

Foi o bastante. Já que em seguida, a porta da sala foi aberta, e a senhorita Samanta estava ali na porta olhando pra nós atônita.

Ajude a autora, curtindo e dando a opinião de vocês a cada capítulo! 🥰

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