O caminho do errante 2

A manhã nasceu calma sobre o vilarejo, a luz dourada banhando as casas de madeira e as ruas ainda molhadas pelo orvalho. O som distante de galos anunciava o início de um novo dia, enquanto os habitantes começavam a sair de suas casas, retomando suas rotinas após a noite tumultuada.

Rhaedrin estava ao lado de Noctis, ajustando a sela com movimentos metódicos. Lyana, por sua vez, estava próxima de Ardyn, acariciando o pescoço do cavalo enquanto observava Sanshoukuin de longe. Ele estava sentado em um tronco perto do riacho que atravessava o vilarejo, sua espada repousando ao lado enquanto ele limpava o rosto com um pano úmido.

— Você deveria falar com ele, — disse Lyana, quebrando o silêncio entre ela e Rhaedrin.

— Já fiz muito ao não expulsá-lo daqui, — respondeu ele, sem desviar os olhos do que fazia.

Lyana suspirou, cruzando os braços.

— Ele merece uma chance. Você viu o que ele fez ontem.

Rhaedrin parou, sua expressão impassível por um momento antes de soltar um suspiro baixo.

— Tudo bem. Vou falar com ele. Mas isso não significa que confio nele.

Rhaedrin aproximou-se de Sanshoukuin, que ergueu os olhos ao perceber sua presença. A expressão do espadachim era neutra, mas havia um leve brilho de curiosidade em seu olhar.

— Precisamos conversar, — disse Rhaedrin, cruzando os braços.

Sanshoukuin assentiu, pegando sua espada e repousando-a no colo como se fosse uma velha amiga.

— Fale.

Rhaedrin sentou-se em um tronco próximo, mantendo uma distância segura.

— Você é um guerreiro. Isso ficou claro ontem. Mas quero saber o que o trouxe aqui... nesse estado.

Sanshoukuin ficou em silêncio por um momento, olhando para a água corrente do riacho. Finalmente, começou a falar, sua voz rouca, mas carregada de peso.

— Eu era parte de uma pequena ordem no norte. Fomos treinados para proteger caravanas e aldeias nas rotas comerciais. Era uma vida difícil, mas honrada. — Ele parou, o olhar distante. — Até que não foi mais.

Rhaedrin permaneceu em silêncio, permitindo que o homem continuasse.

— Um dia, nos ofereceram ouro para proteger uma caravana que carregava... algo importante. Não sabíamos o que era, mas era muito mais dinheiro do que havíamos visto em anos. Aceitamos. — Ele apertou a bainha da espada com força. — Foi um erro.

— O que aconteceu? — perguntou Rhaedrin, sua voz calma, mas firme.

— Fomos traídos, — respondeu Sanshoukuin, amargamente. — O trabalho era uma armadilha. Meu grupo foi dizimado, e eu... sobrevivi. Mas perdi tudo. Desde então, ando de vilarejo em vilarejo, sem propósito.

Rhaedrin o observou por um longo momento antes de falar.

— E agora? O que você quer?

Sanshoukuin olhou diretamente para ele, seus olhos carregados de determinação.

— Quero uma chance de lutar novamente. De fazer algo que importe.

Lyana observava de longe, tentando decifrar o que estava acontecendo. Quando Rhaedrin finalmente se levantou e voltou em sua direção, ela não conseguiu conter a ansiedade.

— E então? — perguntou ela, com os olhos arregalados.

Rhaedrin suspirou, passando a mão pelo rosto.

— Ele vai conosco.

Lyana sorriu, mas antes que pudesse falar, ele levantou a mão.

— Mas com condições. Ele obedece minhas ordens. E qualquer problema... é responsabilidade sua.

— Fechado, — respondeu ela rapidamente, sem esconder a satisfação.

Sanshoukuin aproximou-se, agora de pé, com a espada pendurada no ombro.

— Não se preocupe. Não vou decepcioná-lo.

Rhaedrin olhou para ele por um momento antes de assentir.

— Vamos ver.

Antes de partirem, Lyana insistiu que Sanshoukuin precisava se limpar e trocar de roupas. Ele não discutiu, seguindo calmamente para o riacho enquanto ela e Rhaedrin esperavam.

O som da água corrente preenchia o ar enquanto Sanshoukuin lavava o rosto e os braços. Ele retirou a camisa velha, revelando um corpo marcado por cicatrizes — histórias silenciosas de batalhas passadas. Quando voltou, estava vestido com roupas que Lyana havia conseguido com os aldeões: uma túnica simples, mas limpa, e botas resistentes.

— Melhor assim, — disse Lyana, avaliando-o com um sorriso.

— Não estou acostumado com isso, mas... obrigado, — respondeu ele, ajustando a espada em suas costas.

Quando finalmente partiram, Sanshoukuin caminhava ao lado de Noctis e Ardyn, sem demonstrar qualquer cansaço ou insatisfação. Ele parecia confortável em sua posição, como se o peso da espada e a caminhada fossem parte de quem ele era.

— Não prefere um cavalo? — perguntou Lyana, olhando para ele com curiosidade.

Ele balançou a cabeça, um leve sorriso surgindo em seus lábios.

— Não. Estou bem assim.

Rhaedrin observava tudo em silêncio, mas Lyana sabia que ele ainda estava avaliando o novo membro do grupo. E, enquanto o som dos cascos e passos preenchia o ar, ela sentiu que estavam começando uma nova jornada — uma que seria marcada não apenas por batalhas, mas também por novos laços que moldariam o caminho à frente.

O sol mal despontava no horizonte quando o mensageiro chegou à pequena estalagem onde o grupo havia se acomodado. O som das rodas da carroça na rua de terra chamou a atenção de Rhaedrin, que estava sentado perto da janela, afiando sua espada enquanto a luz suave da manhã iluminava o cômodo. Ele levantou-se sem pressa, pegando o pergaminho que o mensageiro entregou.

— Nova missão? — perguntou Lyana, descendo as escadas com um bocejo e amarrando o cabelo.

Rhaedrin abriu o pergaminho, seus olhos rapidamente percorrendo o texto. Ele não respondeu imediatamente, mas a tensão em sua expressão era suficiente para que Lyana percebesse que não seria algo simples.

Sanshoukuin apareceu logo depois, com a mesma calma de sempre. Ele carregava sua espada no ombro e parecia perfeitamente à vontade, apesar do ambiente modesto.

— Parece que temos trabalho, — comentou ele, observando Rhaedrin com curiosidade.

Rhaedrin finalmente fechou o pergaminho e olhou para os dois.

— É uma missão de longo prazo. Precisamos caçar um grupo que tem causado problemas nas rotas comerciais ao leste. Um misto de bandidos e criaturas.

Lyana inclinou a cabeça.

— E quanto tempo isso deve levar?

— Semanas, talvez um mês. — Ele começou a guardar suas coisas. — Precisaremos nos preparar.

Enquanto Lyana e Sanshoukuin estavam ocupados organizando mantimentos e verificando as armas, Rhaedrin encontrou uma oportunidade para falar com o mensageiro a sós. Ele o chamou para um canto discreto da estalagem, sua voz baixa e direta.

— Precisarei de um cavalo extra, — disse Rhaedrin, entregando um pequeno saco de moedas ao homem. — Um que seja forte e capaz de carregar equipamento pesado.

O mensageiro assentiu, guardando as moedas.

— Posso providenciar isso. Quando precisar?

— Envie-o para a próxima cidade em nossa rota. Não quero que ela saiba.

O mensageiro ergueu as sobrancelhas, mas não fez perguntas. Ele apenas deu um leve aceno antes de sair pela porta da frente.

Rhaedrin voltou para junto do grupo, sua expressão inalterada. Lyana olhou para ele com um leve sorriso.

— Tudo certo?

— Tudo, — respondeu ele, pegando sua capa. — Temos o necessário para partir.

A estrada parecia mais longa e isolada à medida que avançavam. O calor do sol era amenizado por uma leve brisa que balançava as folhas das árvores ao longo do caminho. Lyana estava montada em Ardyn, ajustando-se na sela, enquanto Sanshoukuin caminhava ao lado do grupo, seus passos firmes e inabaláveis.

— Você não parece cansado, — comentou Lyana, olhando para ele com curiosidade.

Sanshoukuin deu de ombros, um leve sorriso surgindo em seu rosto.

— Estou acostumado. Além disso, prefiro caminhar. Me ajuda a manter o foco.

Ela riu, balançando a cabeça.

— Você é realmente diferente.

Rhaedrin, que estava à frente no grupo, olhou para trás com um leve arquejo de reprovação.

— Menos conversa. Precisamos manter o ritmo.

Lyana revirou os olhos, mas manteve o silêncio, voltando a observar o caminho à frente.

Quando o sol começou a se pôr, eles encontraram uma clareira ideal para acampar. A luz dourada pintava o céu com tons de laranja e rosa, enquanto o som distante de um riacho trazia uma sensação de calma após um dia de viagem.

Rhaedrin desmontou de Noctis, começando a preparar a fogueira com movimentos experientes. Sanshoukuin ofereceu ajuda, pegando algumas pedras para cercar o fogo. Lyana, por sua vez, retirou seu violão das costas, sentando-se em um tronco enquanto observava os dois trabalharem.

— Uma música para terminar o dia? — perguntou Sanshoukuin, com um leve tom de curiosidade.

Lyana sorriu, ajustando as cordas.

— Por que não?

Ela começou a tocar uma melodia suave, suas mãos movendo-se com familiaridade pelas cordas. A música era reconfortante, preenchendo o espaço entre eles enquanto a noite se aproximava.

Rhaedrin, embora não demonstrasse, parecia menos tenso, sua atenção voltada para o som que enchia o ar. Sanshoukuin, sentado perto da fogueira agora acesa, fechou os olhos por um momento, como se permitisse a si mesmo relaxar.

— Isso é bom, — murmurou ele.

Lyana sorriu, mas continuou tocando, deixando a música falar por si.

No dia seguinte, ao chegarem à cidade indicada, o mensageiro já os aguardava com o cavalo prometido. Rhaedrin verificou o animal com atenção, notando a força e resistência evidentes em sua postura.

— Perfeito, — disse ele, enquanto acariciava o pescoço do cavalo.

Sanshoukuin observou a interação com um olhar curioso, mas não disse nada. Rhaedrin, por sua vez, voltou ao grupo como se nada tivesse acontecido, esperando o momento certo para apresentar a nova adição à equipe.

Enquanto partiam novamente, Lyana lançou um olhar desconfiado para Rhaedrin, mas decidiu não pressioná-lo — pelo menos por enquanto. Ela sabia que ele sempre tinha um plano, mesmo que não revelasse de imediato.

A missão estava apenas começando, e todos sabiam que os desafios à frente seriam maiores do que qualquer coisa que já haviam enfrentado.

O som dos cascos ecoava pela estrada enquanto o grupo avançava, o novo cavalo marchando silenciosamente ao lado de Noctis e Ardyn. Lyana olhava para o animal com curiosidade, mas manteve seus pensamentos para si, mesmo suspeitando que Rhaedrin estivesse por trás da chegada inesperada do cavalo.

Sanshoukuin, como de costume, caminhava a pé, suas mãos descansando sobre a bainha da espada. Ele parecia alheio à possibilidade de cavalgar, mesmo com o novo animal agora disponível.

— Por que não monta? — perguntou Lyana, finalmente quebrando o silêncio. — Seria mais fácil para você.

Sanshoukuin olhou para ela com um sorriso leve.

— Estou bem assim. O movimento me mantém focado. Além disso, os cavalos são para vocês.

Rhaedrin, ouvindo a conversa, lançou um olhar para Sanshoukuin.

— O cavalo não está aqui para ser ignorado. Quando precisarmos de velocidade ou carregarmos algo pesado, ele será útil.

Sanshoukuin assentiu, mas não demonstrou qualquer intenção de usá-lo.

— Quando for necessário, eu o montarei.

Lyana sorriu, ainda mais intrigada pelo jeito reservado de Sanshoukuin.

Ao longo dos dias seguintes, o grupo encontrou pequenos desafios que serviram como prelúdio para a missão principal. Trilhas bloqueadas por árvores caídas, encontros com lobos famintos e até mesmo batedores de bandidos que os observavam à distância. Cada situação era resolvida com a mesma eficiência: Rhaedrin liderava, Lyana o seguia com agilidade, e Sanshoukuin provava ser um suporte formidável.

Em uma dessas noites, enquanto montavam acampamento em uma clareira à beira de um lago, Rhaedrin finalmente decidiu que era hora de testar a integração completa de Sanshoukuin no grupo. Depois de garantir que o fogo estava aceso e que os cavalos estavam seguros, ele se aproximou de Sanshoukuin, que estava afiando sua espada à luz das chamas.

— Amanhã, enfrentaremos algo maior, — disse Rhaedrin, sua voz neutra.

Sanshoukuin ergueu os olhos, curioso.

— Algo maior?

— Um grupo organizado de bandidos que usa criaturas para proteger suas operações, — explicou ele. — Não será apenas uma luta física. Eles são estrategistas e conhecem o terreno.

Sanshoukuin assentiu, parecendo absorver as informações com calma.

— E qual será meu papel nisso?

Rhaedrin cruzou os braços, avaliando-o.

— Quero ver como você se sai em combate coordenado. Estaremos em campo aberto, e precisaremos de alguém para bloquear a retaguarda enquanto avançamos.

Sanshoukuin sorriu levemente, como se esperasse por essa oportunidade.

— Deixe comigo.

Lyana, que ouvia a conversa enquanto mexia em sua bolsa, olhou para Rhaedrin com um brilho de aprovação nos olhos.

— Finalmente reconhecendo o valor dele?

Rhaedrin não respondeu, mas o leve erguer de suas sobrancelhas foi suficiente para que Lyana entendesse que, mesmo relutante, ele estava começando a confiar em Sanshoukuin.

No dia seguinte, a missão levou o grupo a um pequeno desfiladeiro, onde o eco de seus passos parecia amplificado pelo terreno rochoso. O ar estava denso, e o cheiro de terra úmida se misturava ao som de corvos que sobrevoavam a área.

Rhaedrin parou ao alcançar uma elevação, observando o terreno abaixo.

— Ali estão eles.

Do outro lado do desfiladeiro, era possível ver um acampamento improvisado, protegido por estacas de madeira e criaturas que patrulhavam o perímetro. Os bandidos estavam armados, suas silhuetas movendo-se com disciplina entre as barracas e as fogueiras.

— São mais do que esperávamos, — comentou Lyana, ajustando suas adagas.

Rhaedrin assentiu.

— Isso não muda nada. Temos que lidar com eles antes que saiam do desfiladeiro.

Ele olhou para Sanshoukuin, que já estava se preparando.

— Você cuida da retaguarda. Certifique-se de que ninguém nos flanqueie.

Sanshoukuin sorriu de canto, empunhando sua espada com confiança.

— Entendido.

A batalha foi iniciada com a precisão característica de Rhaedrin. Ele avançou primeiro, sua espada cortando as primeiras defesas com eficiência letal. Lyana seguiu logo atrás, usando sua agilidade para se infiltrar entre os inimigos, suas adagas encontrando alvos vitais com facilidade.

Na retaguarda, Sanshoukuin provava seu valor. Ele enfrentava os bandidos que tentavam cercar o grupo, sua espada girando com força e precisão. Cada golpe era pesado e calculado, derrubando inimigos antes que eles pudessem reagir.

— Ele é incrível, — murmurou Lyana, enquanto desviava de um ataque e via Sanshoukuin abater dois bandidos ao mesmo tempo.

— Sim, — admitiu Rhaedrin, embora seu tom não demonstrasse surpresa. — Ele é bom.

Quando o último bandido caiu, o acampamento estava em silêncio. Rhaedrin inspecionou o local, garantindo que todos os perigos haviam sido eliminados. Lyana estava sentada ao lado de uma fogueira apagada, limpando as adagas, enquanto Sanshoukuin recolhia armas e itens úteis dos bandidos derrotados.

— Bom trabalho, — disse Rhaedrin, aproximando-se de Sanshoukuin.

Sanshoukuin ergueu os olhos, surpreso, mas agradeceu com um leve aceno.

— Apenas fiz minha parte.

Enquanto o grupo se preparava para partir, Lyana sentiu que algo havia mudado. Pela primeira vez, parecia que Sanshoukuin era mais do que apenas um novo membro — ele era parte essencial do grupo, e isso era apenas o começo de algo maior.

A floresta ao norte do desfiladeiro era densa, o tipo de lugar onde até a luz do sol parecia hesitar em entrar. Árvores altas e antigas formavam um labirinto de troncos retorcidos, e o silêncio era quase absoluto, quebrado apenas pelo som de passos firmes sobre o solo coberto de folhas secas.

No centro dessa penumbra, um homem movia-se com a precisão de um predador. Sua figura era imponente, envolta em uma capa negra que escondia parcialmente a armadura pesada marcada pelo tempo. A espada que carregava nas costas era maior do que a maioria poderia manusear, mas em suas mãos parecia leve como uma pena.

Ele parou em uma clareira onde um grupo de figuras encapuzadas esperava. Seus rostos eram parcialmente cobertos, mas a tensão em seus corpos era evidente. Um deles deu um passo à frente, uma voz rouca e hesitante ecoando pela clareira.

— Alastair, tudo foi preparado como você ordenou.

O Highlander caído, agora chamado apenas de Alastair, ergueu o olhar, seus olhos brilhando com uma intensidade gélida. Ele tirou a capa, revelando uma armadura negra e ornamentada, com marcas de batalhas passadas e símbolos que antes pertenciam à organização dos Highlanders, mas que agora estavam riscados, como um desafio silencioso ao seu antigo juramento.

— E os homens? Estão prontos? — perguntou ele, sua voz baixa, mas carregada de autoridade.

O capuz do homem balançou enquanto ele assentia.

— Sim, mas eles estão... preocupados. Os rumores sobre Rhaedrin chegaram até nós. Ele está mais próximo do que imaginávamos.

Alastair estreitou os olhos, um sorriso frio surgindo em seus lábios.

— Rhaedrin... ainda seguindo os velhos mandamentos, suponho.

Outro homem no grupo hesitou antes de falar.

— E se ele vier até nós?

Alastair virou-se lentamente, sua presença sufocante silenciando qualquer outro murmúrio.

— Então ele verá o que acontece quando se nega a liberdade para um Highlander.

Ele deu um passo à frente, sua espada ressoando levemente enquanto se movia.

— Eu não temo Rhaedrin. Ele é forte, mas carrega o peso da organização. Esse fardo o torna previsível. Eu, por outro lado... — Ele ergueu a espada, apontando-a para os homens à sua frente. — Não carrego nada além da minha vontade. E é por isso que venceremos.

Os homens trocaram olhares inquietos, mas não ousaram contestá-lo.

Alastair caminhou até o centro da clareira, erguendo a espada para o céu.

— O mundo precisa de caos para se libertar de suas correntes. E nós seremos os portadores dessa mudança.

Enquanto ele falava, a luz do luar refletia na lâmina, destacando os símbolos Highlander riscados. Ele virou-se para o grupo, sua voz baixa, mas cheia de convicção.

— Preparem-se. Quando chegar a hora, Rhaedrin e seus aliados descobrirão que o verdadeiro poder está na escuridão que eles tentam evitar.

Do alto de uma colina próxima, um espião observava a movimentação na clareira. Suas roupas estavam cobertas de poeira e seu rosto era marcado por cicatrizes antigas. Ele permaneceu escondido nas sombras, mas seus olhos não perdiam nenhum detalhe.

Quando os homens de Alastair começaram a dispersar, ele recuou silenciosamente, determinado a levar a notícia para onde ela precisava ir.

O nome Alastair não era apenas uma ameaça. Era um prenúncio de algo maior — algo que, mais cedo ou mais tarde, cruzaria o caminho de Rhaedrin, Lyana e Sanshoukuin.

A floresta ficou em silêncio novamente, mas o ar parecia carregado de uma tensão que não seria dissipada tão cedo. Alastair havia se movido, e com ele, as sombras de um passado que prometia retornar para desafiar tudo o que os Highlanders representavam.

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