Olá, pessoas, hoje será somente 1 capítulo. Me desculpem mas ocorreu alguns problemas... Espero que gostem.
A Grande festa
Mel
Hoje foi um dia inesquecível. Como presente de aniversário antecipado, depois de uma tarde animada no salão de beleza com meus amigos, o Mario me levou para uma pista de corrida, onde finalmente pude sentir a adrenalina de pilotar. Quando cheguei em casa, já era noite. No silêncio do meu quarto, o céu estrelado lá fora, pensei em como fazer o convite para a festa. Lembrei da minha conta no Instagram, onde muitos colegas da faculdade me seguiam. Abri a câmera, ajeitei o cabelo e comecei a gravar um story.
— Oi, galera! Para os universitários da minha faculdade, estou aqui para avisar que neste sábado vai rolar uma festa incrível, cheia de surpresas. Vai ser apocalíptica, galera! Começa às 22h, e eu espero vocês lá!
Quando terminei de gravar, senti a expectativa e ansiedade tomando conta. Era só esperar as reações.
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Na manhã seguinte, a faculdade estava em alvoroço. Caminhando até a sala, percebi que todos só falavam da festa. De repente, senti uma mão firme segurando meu braço e me puxando para um canto. Era o Liam.
— Então quer dizer que vai fazer uma festa? E eu estou convidado? — sussurrou perto do meu ouvido, seu rosto tão próximo que o coração quase pulou do peito. Ele me prensou contra a parede, o olhar intenso e decidido.
— Por que você está me evitando, Mel? — ele perguntou, sério.
— Eu não estou te evitando, Liam. Só estive ocupada esses dias — respondi, tentando soar tranquila, mas sentindo o rosto quente.
— E essa festa… eu estou convidado? — ele perguntou, sorrindo.
Que pergunta! Claro que ele estava convidado, mas ver aquele brilho de provocação nos olhos dele mexeu comigo.
— Claro, Liam — respondi, com um sorriso meio forçado.
Ele se aproximou ainda mais, seus olhos penetrantes, e meu rosto queimou. Ele se inclinou para mim, respirou fundo e murmurou:
— Morango... você cheira a morango.
Minha respiração parou quando ele encostou o corpo no meu, mais perto ainda. Ele inclinou o rosto, aproximando-se da minha boca. Senti o calor do seu corpo e meu coração acelerou. Antes que ele pudesse me beijar, fugi daquela tensão, envergonhada.
— Já está na hora, vou perder a aula! — murmurei, empurrando-o de leve e saindo apressada.
Passei o resto da aula pensando naquilo que quase aconteceu. E, admito, durante todo o dia, evitei o Liam com mais afinco ainda, temendo o que poderia sentir.
Ao final do dia, enquanto caminhava para ir embora, uma voz me chamou.
— Mel!
Virei, surpresa.
— Robert? — perguntei, surpresa ao vê-lo.
— Mel, eu te procurei esses dias. O Mario me contou o que aconteceu com você...
— Esquece isso. O desgraçado já foi julgado e condenado.
Ele me olhou, um toque de preocupação em seu rosto.
— Você vai na minha festa amanhã? — perguntei, mudando o assunto.
— Claro! Como eu perderia? — respondeu ele, animado, dando um passo à frente. Quando percebi que ele estava se aproximando mais, me afastei rapidamente.
— Fico feliz em saber, Robert, mas agora tenho que ir — disse, dando um sorriso forçado, entrando no carro e acenando. Fui para casa com a cabeça em outro lugar... meus pensamentos voltaram ao Liam.
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No dia seguinte, enquanto resolvia os últimos detalhes para a festa, Afonso, nosso funcionário de longa data, apareceu do nada, estourando confetes no meu rosto.
— Parabéns, minha criança! — ele disse, com aquele sorriso acolhedor.
— Obrigada, Afonso — respondi, abraçando-o. Pedi que dispensasse os empregados, pois queria a casa livre para a festa.
— Sua mãe sabe disso, Mel? — ele perguntou, levantando as sobrancelhas.
— Não precisa saber, Afonso. Já sou adulta, estou completando 20 anos! — resmunguei, convencida. Ele riu, me deu sua bênção e sugeriu que ficássemos apenas na parte de trás da casa, onde tínhamos acesso à piscina.
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Mais tarde, quando a festa já tinha começado, o Mario apareceu no meu quarto, inquieto.
— Anda, Mel! A festa já está rolando lá embaixo!
— Calma, Mario! Preciso de uma entrada dramática, né? — brinquei, enquanto ele revirava os olhos.
— Eu só sei que vou me encher de maconha hoje e quem sabe mais — ele disse, rindo.
— Mel, qual quarto eu posso usar pra foder com um boy hoje? — perguntou com um sorriso maroto.
— Qualquer um, menos o meu — respondi, rindo junto com ele.
Me olhei no espelho. Estava linda, sexy, no meu melhor. Vestia um curto vestido vermelho que realçava minhas curvas, decote generoso, cabelos soltos e maquiagem mais intensa que o normal. Senti que era meu momento.
— Vamos? — perguntei, pegando o braço de Mario e descendo em direção à festa.
Ao pisar no salão, todos os olhares estavam em mim. As luzes piscavam, a música alta preenchia o ambiente, e eu me senti poderosa. Encontrei o Robert, que me fitava dos pés à cabeça.
— Você está incrível, Mel, feliz aniversário. — ele disse. — Quer uma bebida?
— Não se preocupe, eu mesma vou pegar whisky. Quer algo, Mario? — perguntei, mas ele já estava de olho em um garoto, cochichando no ouvido dele antes de o beijar.
Sorri e fui em direção ao bar, a festa cheia de gente, o cheiro de maconha no ar, bebidas nas mãos dos convidados, as strippers dançando despreocupadas. Peguei um baseado e acendi, precisando me soltar e esquecendo que minha mãe sequer havia me mandado uma mensagem de parabéns. Tudo estava leve, lento, e quando misturei com uma dose de cachaça, o efeito foi imediato.
Ao ver o Robert esperando por mim, caminhei até ele com um sorriso. Mas, ao atravessar a sala, meu coração parou. Ali, do outro lado, estava o Liam... com a Pietra, os lábios dela nos dele. Senti o peito doer, como se o ar me faltasse.
— Liam? — chamei, minha voz quase falhando.
Ele rapidamente afastou a Pietra, com raiva.
— Me larga, Pietra! Já disse pra me esquecer! — disse, mas eu já tinha saído, lágrimas se formando nos olhos.
Ele veio atrás de mim, segurou meu braço.
— Mel, me escuta! Ela me beijou, foi surpresa! Eu na...
Interrompi, a voz embargada.
— Já chega, Liam. Me deixe. Você só se importa consigo mesmo. Achei que um dia você fosse mudar.
— Mel, eu me importo só com você e mais ninguém! — ele disse, com os olhos desesperados. — Eu faria tudo por você. Mataria, roubaria, qualquer coisa!
Antes que eu pudesse reagir, Robert apareceu.
— Deixa ela, Liam. Vocês não têm nada, você só a faz chorar — disse, encarando-o.
Liam estava prestes a avançar, mas ao olhar em meus olhos, recuou. Empurrou todos em seu caminho e saiu, visivelmente abalado.
— Mel, você tá bem? Bebeu demais? — perguntou Robert, preocupado.
— Estou — respondi firme, mas o mundo começou a girar. Subi as escadas correndo até meu quarto, vomitando no banheiro. Robert veio atrás, segurou meu cabelo enquanto eu chorava. Pedi para ele sair enquanto eu tomava um banho e, ao sair de toalha, ele estava lá, me trazendo um copo d’água.
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Foi então que percebi algo estranho... minha pele quente demais, uma sensação que não era só do álcool. Eu sabia que tinha sido drogada. Peguei o celular e, no desespero, mandei uma mensagem para o Liam: "Me ajuda."
Robert se aproximou, os olhos intensos, e antes que eu pudesse reagir, segurou meu rosto.
— Mel, não consigo mais resistir a você... — Ele tentou me beijar à força, suas mãos tocando meu corpo sem minha permissão.
— Me larga, seu babaca! — gritei, tentando empurrá-lo.
Resisti ao máximo que consegui, mas meu corpo estava fraco. Foi então que a porta se abriu com força, e Liam entrou, socando o rosto de Robert com uma fúria que eu nunca havia visto. Ele o empurrou para fora do quarto, o olhar frio e letal.
— Cai fora, Robert — disse, com a voz gelada.
Robert saiu, resmungando algo, e Liam voltou ao meu lado, me abraçando com firmeza. Eu já estava fraca, o efeito da droga me vencendo, e apaguei.
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Acordei horas depois com Liam ao meu lado, sua mão machucada e cheia de sangue.
— Liam? Quanto tempo eu dormi?
— Duas horas. Se quiser, pode dormir mais.
— A festa ainda está rolando? — perguntei, e antes que ele respondesse, notei suas mãos feridas.
Uma notificação no meu celular. Era uma mensagem do Robert. Ao abrir, deparei-me com uma foto que ele havia enviado. Na imagem, seu rosto estava marcado por um corte recente. Aparentemente, o Liam bateu ainda mais nele enquanto eu dormia. Os machucados profundo e ainda avermelhado, uma cicatriz crua deixada pela briga com o Liam.
Abaixo da foto, ele havia escrito uma mensagem cheia de rancor:
— Sua vadia estúpida, olha o que o seu “namoradinho” fez comigo. Muito obrigada, Mel.
Engoli em seco, sentindo uma mistura de choque e satisfação. Eu sabia que Liam tinha perdido o controle, mas ver a extensão do estrago que ele havia feito era uma realidade que eu não esperava. Eu o olhei, ainda tentando absorver tudo aquilo. Ele pareceu perceber minha reação.
— Obrigada, Liam. Ele mereceu — disse, tentando conter um sorriso. Ele me olhou, seus olhos brilhando com algo que misturava orgulho e uma intensidade quase feroz.
Peguei a caixinha de primeiros socorros e me sentei ao lado dele na cama, sentindo o peso do momento. Abri o kit com cuidado e retirei o antisséptico, alguns algodões e uma faixa para cobrir os machucados. As mãos dele estavam bem feridas, as juntas inchadas e vermelhas, e era evidente que ele tinha descontado toda sua raiva em golpes intensos. Olhei para ele com um misto de admiração e preocupação, e ele apenas me observava em silêncio, os olhos escuros e profundos.
Comecei a limpar as feridas com o algodão embebido em antisséptico, deslizando-o suavemente sobre a pele machucada. A cada toque, sentia os músculos dele se contraírem, mas ele permanecia quieto, permitindo que eu cuidasse dele. A atmosfera ao nosso redor parecia mais densa, e cada segundo parecia carregar uma emoção contida, algo que ele queria dizer, mas ainda hesitava.
Então, enquanto eu enfaixava uma das mãos dele, ele finalmente quebrou o silêncio.
— Mel… — murmurou, com a voz baixa e cheia de hesitação. — Eu preciso te pedir desculpas. Eu sei que cometi muitos erros, que te magoei, e me arrependo de cada um deles.
Minhas mãos pararam por um instante. Levantei os olhos, encontrando o olhar dele, que estava sério e carregado de arrependimento. Liam parecia vulnerável, um lado dele que eu raramente via, e isso me deixou sem reação.
— Hoje, depois de tudo… depois de ver você naquela situação… eu queria te dizer que você é a única pessoa que realmente importa para mim. — A voz dele vacilou um pouco. — Eu fui um idiota por tanto tempo. Sei que provavelmente não mereço, mas eu queria que você soubesse que eu realmente sinto muito.
As palavras dele ecoaram dentro de mim, e cada uma parecia tocar uma ferida que eu mantinha escondida. Lentamente, terminei de enfaixar a mão dele e, então, levei meus dedos até o rosto dele, acariciando sua bochecha de leve.
— Eu acredito em você, Liam. — minha voz saiu suave, mas firme. — Só… quero que você me mostre que isso é real. Não quero mais sofrer, entende?
Ele me olhou nos olhos, e eu pude ver um brilho diferente, como se ele estivesse determinado a me provar isso.
— Eu prometo, Mel. Eu não quero mais te machucar. Porque eu… eu te amo. — A voz dele saiu num sussurro, mas carregada de uma emoção tão verdadeira que eu senti meu coração se aquecer. — Eu sei que talvez seja tarde para dizer isso, mas é a verdade.
Por um instante, fiquei sem palavras, absorvendo tudo o que ele havia dito. Senti um calor tomar conta de mim, e antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, me inclinei e o beijei, deixando que esse beijo transmitisse tudo o que eu também sentia, tudo o que tinha guardado em silêncio.
Enquanto nos beijávamos, senti o calor do corpo de Liam se intensificar, e cada toque seu parecia me incendiar por dentro. Ele desceu os lábios lentamente, deixando beijos suaves ao longo do meu pescoço, explorando cada pedaço de pele com uma delicadeza quase torturante. Eu sentia meu corpo reagir a cada toque, a cada movimento, seu membro intimo rígido. Seu perfume e o calor de sua respiração próximos ao meu ouvido me deixavam ainda mais arrepiada, enquanto ele continuava, devagar, como se quisesse prolongar aquele momento ao máximo.
Liam se apoiou nos braços, seu rosto pairando sobre o meu, e por um segundo ele parou, olhando profundamente nos meus olhos, tentando decifrar cada pequena expressão do meu rosto. Senti suas mãos deslizarem pelas minhas, entrelaçando nossos dedos por um breve momento antes de voltar a explorar meu corpo, descendo pelos meus braços e repousando na minha cintura, onde ele apertou levemente, me puxando ainda mais para ele.
Meus lábios se abriram num suspiro involuntário quando ele deixou suas mãos descerem pela lateral do meu corpo, traçando o contorno das minhas curvas com uma firmeza e suavidade que me faziam perder o ar. Senti meu rosto corar, e a intensidade daquele contato direto me deixava cada vez mais vulnerável, completamente rendida ao que estávamos vivendo ali.
— Mel? Ele murmurou meu nome com uma voz baixa e rouca, e algo naquela forma de me chamar fazia meu coração acelerar ainda mais. Ele inclinou-se mais uma vez, deixando nossos lábios a um milímetro de distância, sem encostar, deixando a tensão entre nós aumentar. — Você tem certeza que é isso que quer? Perguntou, a voz carregada de um cuidado que mostrava o quanto ele se importava comigo. Seus olhos brilhavam com uma mistura de desejo e preocupação, esperando apenas a minha resposta para saber se poderia continuar.
O peso daquela pergunta e o carinho nos olhos dele me encheram de uma confiança ainda maior. Eu queria aquilo, queria ele, queria que aquele momento fosse nosso. Respirei fundo, sentindo uma última onda de nervosismo misturada à excitação, e, olhando para ele, murmurei suavemente, mas com convicção:
— Sim.
continua...
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Atualizado até capítulo 22
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