Zoe

ZOE NARRANDO

Ao me aproximar da entrada do meu Condomínio. Até me assustei com a quantidade de repórteres e fotógrafos, todos correram para frente do meu carro, uma sensação simplesmente esmagadora. Já era um pesadelo estar cercada por eles na frente do hospital, e agora, não poder sequer chegar em casa sem enfrentar esse caos é demais para mim. Soltei um suspiro profundo e olhei para a frente, minha expressão refletindo o cansaço absoluto que me dominava.

— Não, não é possível — murmurei para mim mesma, tentando não deixar a frustração tomar conta. Os flashes das câmeras piscavam como se fossem sinais de alerta em uma noite escura. Tentei manobrar o carro para encontrar uma abertura, mas a multidão parecia aumentar a cada segundo. As vozes eram uma mistura de gritos e perguntas, e eu não podia deixar de me perguntar se alguma vez minha vida voltaria a ter um mínimo de tranquilidade.

Finalmente, os seguranças do condomínio se posicionaram para afastar os jornalistas, e eu sabia que eles estavam fazendo o possível para que eu pudesse finalmente entrar na garagem. Olhei para um dos seguranças e agradeci com um aceno de cabeça. Quando o carro finalmente consegui entrar na garagem, um sentimento de alívio momentâneo se instalou. Mas sei que a batalha estava longe de acabar.

Quando finalmente cheguei ao meu apartamento, mal consegui conter o desejo de me jogar no sofá. A sensação de estar finalmente em casa, longe daquela confusão, é indescritível. Jogando minha bolsa no sofá, fechei os olhos e respirei fundo. Era como se eu estivesse tentando exalar todo o caos que havia se tornado parte de mim nos últimos dias.

Ouvi a porta se abrir e senti o perfume da minha mãe. Ela entrou na sala, e eu a vi se aproximar com um sorriso de apoio. A sensação de ser envolvida por seus braços foi um bálsamo para minha alma cansada.

Toda vida eu morei com os meus pais, já tive namorados, Já fui noiva, mas nunca saí de casa. Meu pai faleceu e ficamos apenas nós duas, Eu tenho um irmão por parte de pai, ele mora no Equador. Nos vemos uma vez por ano, sempre nas férias dele, ele vem nos visitar com sua família.

— Ah, minha filha, você estava linda na TV! — Ela disse, com a voz carregada de um carinho que me fez sentir um pouco melhor. Seus olhos brilhavam com um orgulho genuíno, mas eu sabia que não conseguia mais lidar com elogios naquele momento.

— Obrigada, mãe — respondi com um sorriso fraco, o tipo de sorriso que só vem da exaustão. — Mas, por favor, não me faça falar mais sobre isso. Estou simplesmente esgotada.

Minha mãe parecia entender e mudou de assunto rapidamente. Meus olhos foram atraídos pelos vários buquês de flores espalhados pela sala. A visão dos arranjos coloridos não fez mais do que acrescentar um toque de surrealismo ao meu estado mental já frágil.

— E esses buquês? — perguntei, apontando para as flores.

— Todos foram enviados para você — minha mãe falou sorrindo.

Revirei os olhos e suspirei, sabendo que os buquês eram um símbolo da atenção que eu não havia solicitado, e que agora se tornavam apenas um lembrete da minha falta de privacidade.

— Eu realmente não sei o que fazer com isso — murmurei, minha voz carregada de frustração. — Preciso de um banho. Um longo e relaxante banho.

Nada me parece mais necessário do que estar sozinha e longe de tudo isso por alguns momentos.

Minha mãe, vendo meu estado de cansaço, deu um passo para trás e acenou com a cabeça em concordância.

— Vá em frente, querida. Eu vou cuidar disso aqui — disse ela, com um tom suave e compreensivo.

Agradeci com um gesto de cabeça e me dirigi rapidamente para o meu quarto. A água quente foi um alívio imediato, envolvendo meu corpo em um abraço reconfortante. Fechei os olhos enquanto a água caía sobre mim, tentando deixar para trás o tumulto do dia e me permitir um momento de paz. O som da água e o vapor criavam uma barreira entre mim e o mundo exterior, e eu aproveitei ao máximo cada segundo.

Enquanto me banhava, meus pensamentos se voltaram para tudo o que havia acontecido. A constante invasão de privacidade, a pressão constante para estar perfeita diante das câmeras, e a sensação esmagadora de estar constantemente no centro das atenções. Meu trabalho, a fama que ele trouxe, e a incessante atenção dos repórteres haviam se tornado um fardo pesado. Eu não pedi nada disso, Só espero que essa fama repentina não interfira no meu trabalho.

Quando finalmente saí do banho, me envolvi em uma toalha e me vesti com roupas confortáveis. Caminhei até a sala, onde encontrei minha mãe ainda organizando os buquês de flores. Ela me olhou com um sorriso encorajador, e eu soube que, apesar do caos, eu ainda tenho uma base sólida de apoio em minha casa.

— Obrigada por tudo, mãe — disse eu, com um tom de sinceridade.

Depois que ela arrumou tudo em vasos, ficou um montante de flores espalhadas pela casa. Jantamos o cansaço já está me batendo pesado, estou há mais de 24 horas dobrando plantão, me deitei e apaguei.

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Comments

Keila Mar

Keila Mar

pelo jeito temos uma linda história

2025-03-06

1

Sonia Falcão

Sonia Falcão

começando a ler a história parece boa e esse ator maravilhoso

2025-02-15

1

Livia Pereira

Livia Pereira

a💞😍🥰❣️esse gato então

2025-02-08

0

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