Quando cheguei em casa naquela noite, minha cabeça fervia com a quantidade de coisas que tinha para resolver. O trabalho extra que Adam Blake me havia pedido era praticamente uma missão impossível.
Ele queria me ver derrotada ou negando que dava conta, mas isso nunca aconteceria.
Respirei fundo e decidi me concentrar no plano que já tinha em mente: iria encontrar uma amiga da Gisa, que trabalhava na boate, para ver se a vaga no bar ainda estava disponível. Não fim daria um jeito de fazer as duas coisas, três, quatro ou o que mais vier.
O ambiente da boate, com suas luzes baixas e música calma, tinha algo de familiar, mas, ao mesmo tempo era um mundo completamente novo.
A amiga de minha Gisa era simpática, já me apresentou ao gerente, que, para sorte, parecia disposto a me dar uma chance. Não era nada glamoroso, claro, mas eu já tinha experiência suficiente com atendimento para saber que poderia lidar com o movimento e as pessoas.
__ O atendimento aqui no bar é tranquilo, Luke te ensinará sobre os drinks, nossos clientes são ricos, poderosos e influentes, não de muita amizade, geralmente vem com um único objetivo, sair com alguém sigiloso — ele falou e assenti, não queria amizade e sim dinheiro.
Enquanto conversava com eles, eu me sentia mais leve. A ideia de ter um plano era como um colapso depois do peso que senti na faculdade e a pressão de talvez não der conta de tudo, mas saindo ali vejo um homem sorrindo se aproximando, não tive tempo de responder e não acreditei quando ele apareceu, parecendo uma assombração disse que eu estava com ele, sua postura dominante e seu hálito mentolado misturado com bebida fez o cara dar um passo para trás e sair, foi impossível questionar aquela situação e ele sem ter argumentos se calou, mas quando ele disse que havia outros meias para ganhar dinheiro sugerindo que eu estava ali para entretenimento adulto fiquei furiosa, quem ele pensa que é, mas já sei como resolver, amanhã vou pedir transferência da turma dele, não sou obrigada a aguentar perseguição sobre a minha vida pessoal, mesmo que eu fosse me prostituir, o que nunca aconteceria, isso não é da conta dele, aliás, dele e nem de ninguém.
Quando já estava prestes a sair da boate, o gerente me chamou, me fazendo parar e virar de volta para ele. Ele me explicou com calma as condições: eu começaria na terça-feira e trabalharia das 20h às 3h.
__ Isso vai te deixar apenas algumas horas para descansar antes das aulas — ele observou, parecendo quase arrependido, como se estivesse me testando.
Apesar de tudo, me esforcei para sorrir e concordar, tentando passar uma confiança que nem eu tinha.
Era um alívio saber que tinha conseguido a vaga, mas, ao mesmo tempo, um peso novo caiu sobre mim. As aulas, o trabalho extra que o professor Blake tinha passado, e agora um trabalho nesse horário.
Combinado o primeiro dia, saí de lá tentando afastar qualquer pensamento negativo e focar no que me aguardava. Só o que eu precisava era de uma boa noite de sono para esquecer o dia caótico e a presença dele, tão insuportavelmente irritante, tentando se meter onde não se desviasse. Amanhã seria um novo dia, e eu ia provar a mim mesmo que daria conta.
Cheguei em casa e comecei a adiantar meu trabalho, já passava das 23 horas e precisava dormir, mas precisava mais ainda adiantar essa porcaria, a mesinha do meu quarto estava cheia de anotações, cadernos, meu celular que estava pronto para despertar por volta das 9 horas, minha aula era só as 11h30 e teria que organizar minha ida, preciso me colocar nos eixos para ontem.
Acordei com o rosto meio colado nas páginas amassadas de papel, e a primeira coisa que fiz foi me espantar com a quantidade de anotações que havia feito durante a noite. Meus olhos ainda estavam pesados, e um cansaço profundo se instalava em meu corpo, mas o que me despertou de verdade foi a visão daquelas doze páginas escritas, repletas de ideias e argumentos.
Olhei para as folhas ao meu redor, mal acreditando no que via. Doze páginas. Eu tinha escrito doze páginas e tudo em uma noite.
Tive que sorrir, talvez o tal trabalho que Adam Blake tinha passado para “me testar” não fosse tão impossível assim. Eu conseguia lidar com isso, e talvez até o impressionar.
Me espreguicei, tentando aliviar o cansaço nos ombros e nas costas, mas estava bem mais confiante do que na noite anterior. Tudo o que eu precisava agora era de uma xícara de café para me despertar de vez, então peguei uma caneca e voltei para as páginas, analisando meu progresso e me convencendo: eu era capaz de enfrentar qualquer desafio, incluindo o próprio Blake
Após algumas xícaras de café, percebi que não poderia me deixar abater por ele. Sim, Blake era intenso e autoritário, mas eu era audacioso e não tinha medo de me levantar contra ele. Ele poderia ser impossível se quisesse, mas apresentarei o trabalho e pedir a transferência para ter outro tutor.
Resolvi que aquele dia seria diferente. Eu iria para a aula com a cabeça erguida, disposta a enfrentar qualquer comentário sarcástico ou desdenhoso. Afinal, tinha um trabalho para apresentar e um propósito a cumprir. A jornada estava apenas começando, e eu estava pronta para provar a mim mesma que poderia vencer qualquer um.
Tomei um banho e me vesti, usei uma roupa menos básica e mais marcante, seria minha saída triunfal e eu com toda certeza seria lembrada.
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Atualizado até capítulo 72
Comments
Jacira Poliano
ela é linda e ele gato
2025-03-23
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Joce Camargo
isso vai e arrasa Isabela👏👏👏
2024-12-24
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Neuza Silva
mulher porreta
2025-03-25
0