O inimigo que agora se erguia contra ele não era um desconhecido. Era alguém que sabia demais — conhecia seus segredos, seus medos, e exatamente como atingi-lo. Aquele sarcófago representava mais do que uma ameaça: era um lembrete de que o passado nunca estava verdadeiramente enterrado.
Respirando fundo, ele deixou a foto sobre o prato e foi até o celular. Discou rapidamente o número de seu assistente, que atendeu no segundo toque.
“Sim, senhor Dimitri?” A voz do outro lado era profissional e atenta.
“Compre uma passagem de volta. O mais rápido possível, disse Dimitri, dirigindo-se até sua mala ainda aberta sobre a cama.
“Mas senhor, ainda temos negócios a concluir na Alemanha,” respondeu o assistente, confuso.
“Eu perguntei?” Dimitri respondeu, a paciência se esgotando. “Apenas compre. Estou indo para o aeroporto agora,” finalizou, pegando uma camisa azul simples e fechando a mala com firmeza.
“Certo, enviarei o código por e-mail,” disse o assistente rapidamente.
“Ótimo,” respondeu Dimitri, desligando o telefone e indo até a beira da cama para calçar seus tênis brancos. A urgência em seus movimentos revelava a gravidade da situação.
Pegou sua mala e se dirigiu até a porta. Ao sair do quarto, Dimitri atravessou o limiar, deparando-se com o corredor vazio e silencioso. Caminhou rapidamente, o som suave de seus passos ecoando pelo piso. Chegou ao elevador e apertou o botão. O elevador não demorou a chegar, suas portas se abriram com um leve som metálico.
Entrando, ele observou seu reflexo no espelho. Seus cabelos pretos ainda estavam um pouco úmidos, mas isso era o de menos agora. Seus olhos, que antes revelavam calma, agora refletiam a inquietude crescente. A mente de Dimitri estava a quilômetros dali, enquanto o elevador descia em direção ao saguão. Ele já começava a traçar os próximos passos, consciente de que, ao voltar para casa, o passado o aguardava.
O elevador chegou rapidamente ao saguão, e as portas se abriram com um leve som metálico. Dimitri saiu sem hesitar, sua mala deslizando atrás dele enquanto seus passos ecoavam no piso. Dirigiu-se diretamente à recepção, onde uma jovem mulher estava atrás do balcão, ocupada com papéis. Ao perceber sua aproximação, ela ergueu os olhos com um sorriso profissional.
“Senhor Ferreira, posso ajudá-lo?” perguntou a recepcionista.
“Feche minha conta, por favor. Estou partindo mais cedo do que o previsto”, respondeu ele, com a voz firme, mas sem perder a educação.
A mulher acenou e começou a digitar no computador. Dimitri olhou ao redor e notou o imenso hall de entrada. Algumas pessoas o observavam, outras cochichavam entre si, parecia que algo estava errado. Ele voltou a atenção para a atendente, mas logo seus olhos foram atraídos pelo espelho atrás dela, pendurado acima do balcão. Aquele espelho refletia todo o hall, nele, Dimitri viu dois homens se aproximando seus olhos demostrava todas as suas intenções e elas não eram boas, Dimitri deu um breve sorriso de sarcasmo ele sabia o que estava por vir e pensou “ótimo” ele iria atrasar um pouco.
Sem se virar, ele falou, sua voz ecoando com frieza.
“vocês sabem que estão cruzando uma linha sem volta, não é?”
Os homens trocaram olhares rápidos e, sem hesitar, sacaram facas e avançaram em sua direção.
Dimitri deu um leve sorriso. O primeiro agressor se aproximou rapidamente desferindo um golpe circular com a faca. Dimitri abaixou-se com facilidade, desviando do ataque, e em um movimento rápido, acertou um chute firme na perna do homem que imediatamente perdeu o equilíbrio e caiu no chão.
Antes que o segundo agressor pudesse atacar, Dimitri virou-se para ele e bloqueou a tentativa de facada com o antebraço, empurrando o homem contra a parede. Ele o desarmou com um único movimento brusco, fazendo a faca voar de sua mão. Um soco direto no rosto do homem o fez cambalear, e um chute rápido no peito o derrubou no chão.
Enquanto os dois homens tentavam se recompor, Dimitri sentiu algo em sua espinha como se tivesse o avisando, ele olhou para a recepcionista, os olhos da mulher antes neutra agora brilhavam com malícia. Ela puxou uma faca debaixo do balcão e saltou sobre ele com uma rapidez impressiona-te mas Dimitri bloqueou o ataque com facilidade segurando o braço dela com firmeza, e com um movimento calculado, torceu o pulso da mulher , fazendo-a soltar a faca com um grito abafado. Ele a empurrou com força no balcão, e a cabeça dela bateu com um som seco. E caiu desacordada, os outros homens já estavam de pé pronto para lutar. Só que algo aconteceu.
Uma risada fria ecoou pelo saguão. Dimitri virou-se e observou a mulher de mais cedo parada perto da porta principal. Os seus cabelos agora curtos, de um loiro quase platinado, indicavam que antes ela usava peruca. Ele também notou as duas marcas de presa no seu pescoço, um claro sinal de que ela era uma transformada.
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Atualizado até capítulo 51
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