capítulo 3

Teresa apoiou as mãos sobre a mesa com calma e se levantou, adotando uma postura perfeitamente ereta.

“Você sabe,” começou ela, sua voz serena como uma brisa suave, “você não estava lá. Na verdade, mais de 90% do mundo não estava.”

Ela começou a caminhar lentamente em direção à imensa janela panorâmica, sua silhueta se destacando contra o horizonte de arranha-céus que dominavam a cidade.

 A vastidão da paisagem urbana parecia refletir o poder que ela exercia.

“Você é da Agência do Pacto entre Seres?” perguntou Teresa, seu tom inexpressivo, mas carregado de subtexto, enquanto ela continuava a encarar a vista com uma expressão que misturava desprezo e reflexão.

“Não, somos maiores que isso,” disse Fiona, mantendo o olhar fixo na silhueta de Teresa.

Teresa virou-se lentamente para Fiona e começou a caminhar na sua direção, seus passos ecoando suavemente no escritório silencioso.

“Você não faz ideia de quantas vezes já escutei isso ao longo dos meus anos,” Teresa disse, sua voz carregada de uma melancolia silenciosa. “E posso te garantir que foram muitos.”

Ela parou diante de Fiona, seus olhos fixos nela com uma intensidade que misturava curiosidade e um leve desdém.

“Você realmente acha que pode entender o peso das responsabilidades que carrego?” Teresa continuou, seu tom desafiador, o que fez um frio percorrer os ossos de Fiona.

“vamos por um fim nisso, diga de uma vez o que vocês procuram com isso?”  disse Teresa olhando para mulher em sua frente.

A sala foi preenchida por uma gargalhada fria, quase cruel, que ecoou nas paredes.

A mulher sentada à frente de Teresa parecia saborear cada segundo daquele momento, como se a iminência do que estava por vir fosse apenas uma diversão para ela.

“Teresa,” a mulher começou, o tom carregado de desdém, “você pode ter enfrentado muitas coisas ao longo dos séculos, mas posso te garantir que não somos nada comparado ao que você já viu.”

Com um movimento lento e calculado, a mulher se levantou pela primeira vez, assumindo uma postura que exalava uma confiança perigosa.

Seu olhar encontrou o de Teresa, e, por um breve instante, o rosto inabalável da vampira mostrou algo raro: surpresa.

“Nós sabemos o que Leonor é,” continuou a mulher, com uma voz que soava quase triunfante. “E posso garantir que, depois de mim, virão outros. Muitos outros.”

Aquelas palavras carregavam uma ameaça velada, e o efeito delas foi imediato.

Teresa perdeu, pela primeira vez em séculos, o controle que sempre a definira. Em um movimento tão rápido que mal pôde ser percebido, sua mão se fechou em torno da cabeça da mulher. Antes que ela pudesse reagir, sua cabeça foi arremessada com força brutal contra a madeira fria da mesa. O som seco da colisão ecoou pela sala, reverberando nas paredes como um trovão sufocado.

O impacto deixou a mulher atordoada, e um filete de sangue começou a escorrer pela testa dela, manchando o tampo da mesa. Teresa, com os olhos brilhando em vermelho vívido, aproximou-se lentamente sua respiração controlada, mas o ódio visivel em cada fibra só seu ser.

“você ousa ameaçar a minha filha?” a voz de Teresa saiu baixa, quase um sussurro, mas carregada de uma fúria fria parecia gelar o próprio ar ao redor.

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