Teresa deu de ombros, como se a resposta fosse trivial. “Eu nunca revelo meus segredos,” ela disse, sua voz carregada de desdém. “Mas tudo ficou um pouco óbvio quando você vê as coisas de outro ângulo.”
A resposta deixou Fiona confusa, sem entender claramente.
“Bom, sabe que horas são?” perguntou Teresa, com um leve sorriso que misturava diversão e frieza. Ela estudava a expressão confusa de Fiona com um olhar de crueldade velada.
“É hora de dormir.” Sem dar tempo para uma resposta, Teresa se moveu com agilidade, desferindo um soco preciso no rosto de Fiona. O impacto fez a mulher desabar no chão, desfalecida e incapaz de reagir.
“Ah, pobre Fiona” Teresa murmurou, inclinando-se levemente para observar a mulher caída com um olhar de desdém.
Ela ajustou os cabelos da mulher de forma quase carinhosa, mas seu sorriso era tudo menos gentil. “Acho que você acabou de entrar no meu inferno particular. Não é um lugar divertido, eu garanto.”
Teresa se levantou e olhou para o relógio com diamantes em seu pulso, sua expressão oscilando entre preocupação e frustração.
“droga, parece que estou quase atrasada para o compromisso com minha filha,” murmurou, com uma leveza que mascarava a intensidade da situação.
Sua mente vagou brevemente, lembrando-se do brilho nos olhos da filha quando falava sobre os estudos. “E eu estava tão ansiosa para ver como ela sairia hoje...”O pensamento trouxe uma pontada de culpa, uma emoção rara em Teresa, mas rapidamente abafada por sua determinação. Havia coisas que precisavam ser feitas, e Fiona era uma peça nesse jogo.
Com um suspiro curto, Teresa notou que o tempo estava se esgotando. Ela se dirigiu à mesa com passos decididos, pegando o celular desligado. Odiava interrupções, especialmente em momentos como esse.
Na verdade, poucos tinham o privilégio de interrompê-la — um ser pequeno que a chamava de “mamãe” e outro bem mais alto, cujo abraço caloroso a fazia se sentir no ceu impossível para ela alcançar.
Ela ligou o celular e aguardou enquanto ele reiniciava, observando Fiona desacordada no chão. Sua mente ainda estava presa entre o mundo brutal em que vivia e a delicadeza de sua vida familiar. “Ser mãe e esposa... quem diria que isso seria mais difícil que qualquer batalha?”
pensou com um sorriso irônico.
Quando as notificações começaram a aparecer, Teresa soube que em breve teria que mudar seu foco — de torturadora implacável a mãe atenciosa. Era um jogo perigoso que ela dominava com perfeição.
Mas, por agora, Fiona ainda precisava ser cuidada, e Teresa se permitiu mais um momento para voltar ao papel que desempenhava tão bem.
Logo, Teresa apertou o botão que se encontrava sobre sua mesa, quebrando o silêncio do escritório. Em poucos segundos, a voz familiar de sua assistente ecoou pelo ambiente.
“Sim, senhorita,” disse a voz calma e profissional.
“Venha até aqui,” ordenou Teresa, desligando o comunicador com um clique seco.
Enquanto esperava a chegada da assistente, Teresa observou que seu celular já estava totalmente operacional. Com um deslizar de dedos habilidoso, ela navegou até a agenda de contatos e pressionou o número um para discagem rápida. O visor do celular imediatamente mostrou o nome — Amor.
Caminhando até sua janela panorâmica, ela observou o dia se desvanecer, dando lugar à noite. As luzes da cidade começaram a brilhar, mas seus pensamentos estavam distantes, suspensos entre o mundo sombrio de seus negócios e a vida que ela tentava preservar. O som da chamada tocando ao fundo misturava-se com o crepúsculo, criando uma sensação momentânea de calma.
A porta então se abriu, revelando sua assistente, que rapidamente avaliou a situação ao ver a mulher desacordada no chão. Antes que ela pudesse perguntar algo, a voz grave e familiar do outro lado da linha finalmente quebrou o silêncio.
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Atualizado até capítulo 51
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