A mulher, agora visivelmente assustada, tentou se afastar, mas Teresa a segurou firmemente pelo cabelo, forçando-a a encarar seu olhar penetrante e implacável. “Você não faz ideia do que despertou,” continuou Teresa, apertando ainda mais sua mão.
“Eu sou muito mais do que você jamais poderia imaginar, e se alguém ousar tocar na minha filha, eu destruirei tudo e todos que estiverem no meu caminho.”
Teresa soltou o cabelo de Fiona, que desabou no chão, atordoada e frágil. Por um momento, a vampira permaneceu ali, imóvel, observando a mulher caída, seus olhos estreitos enquanto ponderava sobre sua próxima decisão. O silêncio na sala era quase opressivo, quebrado apenas pela respiração irregular de Fiona.
Depois de alguns segundos, Teresa deu um passo à frente, abaixando-se levemente, sua sombra cobrindo a mulher. “Você ainda tem uma chance de me dizer o que realmente querem com Leonor,” disse ela, sua voz tão fria quanto gelo. “Acredite, se houver mais mentiras, a próxima vez que você levantar não será uma opção.”
Fiona, tremendo, tentou recuperar a compostura, mas a dor e o medo estavam escritos em cada linha de seu rosto. “Você não entende, Teresa... não é algo que eu possa controlar. Há forças... muito maiores do que nós dois em jogo aqui.”
A resposta não agradou Teresa. Seus olhos brilharam com uma fúria contida, e ela se abaixou ainda mais, aproximando seu rosto do de Fiona. “Então me diga quem está controlando isso,” sussurrou Teresa, sua voz carregada de ameaça. “Ou eu prometo que não haverá forças no mundo que possam te salvar de mim.”
Fiona encarou os olhos escarlates de Teresa, sentindo a fúria contida sob a máscara de autocontrole. Sua visão turva captava a expressão fria e calculada da vampira, e ela sabia que qualquer palavra errada poderia selar seu destino.
“Não há nada que você possa fazer, Teresa,” disse Fiona com um tremor na voz. “Você, seu marido e Leonor... já estão na mira da organização.”
As palavras mal haviam saído dos lábios de Fiona quando Teresa fechou os olhos por um breve momento, um sorriso sutil surgindo em seus lábios finos.
“Ótimo,” foi tudo o que Teresa disse antes de, em um movimento rápido, agarrar o pescoço de Fiona e levanta-la como se fosse uma simples folha de papel. A mulher sentiu seus pés deixarem o chão, o ar rarefeito escapando de seus pulmões.
“Estava doida para você falar merda,” murmurou Teresa, segurando Fiona no alto pelo pescoço. “Não gosto de deixar baratas vivas por aí.”
Enquanto observava a mulher debater-se, desesperada para escapar do aperto implacável em seu pescoço, Teresa notou um detalhe: uma pequena tatuagem abaixo da linha do pescoço de Fiona. O símbolo, algo como uma serpente, parecia aludir a segredos sombrios, e a vampira percebeu que essa marca poderia ser uma pista.
A falta de ar começava a tirar as forças de Fiona, e Teresa via a vida lentamente se esvaindo de seus olhos. Ela estava saboreando o controle absoluto daquele momento, mas, de repente, um pensamento relâmpago atravessou sua mente, interrompendo sua satisfação. Algo mais importante do que a vingança começou a emergir em sua consciência, fazendo-a hesitar por uma fração de segundo.
Teresa soltou a mulher, que caiu no chão com um gemido de dor, segurando o pescoço enquanto tentava recuperar o ar. A expressão de Teresa mudou brevemente, oscilando entre surpresa e raiva, como se estivesse resolvendo um quebra-cabeça complexo em sua mente.
Ela permaneceu parada, a mente agitada, enquanto Fiona, ainda atordoada, lutava para se recompor e se levantar, mas a tarefa se mostrava impossível devido à fraqueza e à dor. O ambiente parecia quase suspenso no tempo, o peso da situação pairando no ar.
Então, como se um estalo a tirasse do transe, Teresa voltou à realidade e voltou seu olhar para Fiona, que se debatia no chão, tentando mover-se sem sucesso. Com uma respiração controlada e uma calma inquietante, Teresa se aproximou, seus olhos agora intensamente focados na mulher debilitada. A pausa de reflexão havia sido breve, mas suficiente para que Teresa organizasse seus pensamentos e estivesse pronta para lidar com as consequências, descobrindo o que realmente estava por trás das ameaças feitas à sua filha.
“Vocês têm alguma ligação com a vadia da Lecia, não é?” perguntou Teresa, abaixando-se para ficar na altura de Fiona, sua voz carregada de desdém e desafio.
Fiona, já pálida, ficou ainda mais descolorida, confirmando a suspeita de Teresa. A resposta involuntária de Fiona apenas reforçava as dúvidas da vampira.
Teresa soltou uma breve gargalhada, seus olhos fixos na mulher aterrorizada. Com um gesto que misturava leveza e ameaça, ela tocou o maxilar de Fiona, mas rapidamente apertou com firmeza, puxando-a mais de perto.
“Pobre Fiona,” disse Teresa, seus olhos penetrantes se fixando nos de Fiona. “Você vai desejar a morte, mas ela não virá para você. Sabe por quê?” Teresa inclinou-se ainda mais, seu rosto a poucos centímetros do de Fiona. “Porque eu não vou deixá-la ir. Você acaba de entrar no inferno agora,” continuou Teresa, seus lábios se curvando em um sorriso tão ameaçador que fez Fiona sentir calafrios.
Com o restante da força que tinha, Fiona perguntou Teresa: “Como você chegou a essa conclusão?” A sua expressão era de curiosidade, tentando entender o raciocínio da outra mulher.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 51
Comments