Teresa deu mais alguns passos pelo estacionamento até que avistou seu SUV imponente, um Rolls-Royce Cullinan totalmente preto. O veículo parecia refletir sua presença marcante e poderosa. Ela se aproximou, e com um gesto suave, abriu a porta de trás, do lado do passageiro.
Revelando um assento elevado, Teresa cuidadosamente acomodou Leonor, que já estava adormecida. Com movimentos suaves, ela passou o cinto de segurança ao redor da filha, prendendo-a no assento. Colocou sua bolsa ao lado de Leonor, garantindo que tudo estivesse ao alcance. Então, com um toque no botão ao lado da porta, ela observou enquanto a porta se fechava automaticamente, o mecanismo silencioso e eficiente característico de seu Rolls-Royce Cullinan.
Após a porta se fechar automaticamente, Teresa caminhou em direção ao lado do motorista. Ela entrou no carro e foi imediatamente envolvida pelo luxo do interior, com o painel em couro macio e detalhes em madeira polida. Colocando o cinto de segurança, ela apertou o botão de start, e o motor V12 despertou com uma potência sutil, quase silenciosa. Com um movimento fluido, Teresa ajustou o câmbio para a posição D, e o peso de mais de duas toneladas do SUV se moveu suavemente pelo estacionamento, como se deslizasse sobre o chão.
Teresa guiava com habilidade pelo estacionamento, passando entre os carros até encontrar a rampa de acesso para a rua. O carro com mais de duas toneladas, subiu a rampa com a facilidade de um simples desnível. Ao se aproximar da guarita, onde havia uma cancela e um guarda a aguardavam, Teresa diminuiu a velocidade. O guarda, ao reconhecer o veículo, levantou a cancela sem que ela precisasse parar.
Teresa entrou na avenida, onde a cidade fervilhava de vida, mas o trânsito, surpreendentemente, fluía bem. As buzinas ocasionais soavam distantes, abafadas pelo isolamento acústico do carro. No silêncio do interior do veículo, a cidade parecia estar a mundos de distância, permitindo que Teresa mergulhasse nos pensamentos do dia.
“Quem são vocês?”, murmurou para si mesma, as palavras de Fiona ecoando em sua mente.
Ela vasculhava sua memória, procurando alguma pista, algum indício de que já tivesse cruzado com algo semelhante em todos os seus anos de existência. Mas nada. Quanto mais ela pensava, mais vazia sua mente parecia. Era como se estivesse girando em círculos, presa em um labirinto de incertezas, sem encontrar uma saída.
Teresa continuou conduzindo o carro até parar em um sinal de trânsito. Aproveitando a pausa, ela olhou para trás e viu sua filha, Leonor, adormecida no banco traseiro.
Com um toque leve nas bochechas da menina, ela a despertou suavemente. Leonor abriu os olhos devagar, ainda sonolenta, e encontrou o olhar de sua mãe.
“Chegamos, mamãe?” perguntou ela, com a voz ainda embalada pelo sono, enquanto olhava pela janela do carro.
“Não, mas já estamos quase lá. Só te acordei para você não ficar tão sonolenta depois,” respondeu Teresa, tentando suavizar a transição entre o sono e a vigília.
Ela se voltou para a frente, verificando se o sinal já havia aberto. “Quando chegarmos, você vai direto para o banho, ouviu, mocinha?” disse Teresa, dessa vez pelo retrovisor, com um tom firme, mas carinhoso.
Leonor, ainda meio adormecida, apenas concordou com a cabeça. Nesse momento, o sinal ficou verde, e Teresa acelerou suavemente, continuando o caminho, enquanto seus pensamentos se dividiam entre o que estava por vir e o cuidado constante com sua filha. Ela dirigiu mais alguns quilômetros, até chegar no bairro Laurel Grove
Um bairro com charme discreto, repleto de residências elegantes e ruas tranquilas. Laurel Grove é valorizado por suas áreas verdes, exclusividade e atmosfera de comunidade fechada, atraindo famílias ricas e influentes.
O movimento da cidade foi gradualmente substituído pelo suave balanço das árvores ao som tranquilo do vento. Teresa abaixou o vidro do carro, permitindo que a brisa leve invadisse o interior, trazendo consigo uma sensação de calma. Ela continuou dirigindo por mais algumas ruas, até que finalmente virou em sua rua. Logo, sua residência surgiu à vista, imponente e acolhedora ao mesmo tempo.
A casa de Teresa era cercada por altos muros, reforçando a sensação de segurança e privacidade. Guardas faziam rondas constantes, garantindo que tudo estivesse sob controle. Na entrada, um imponente portão dominava a fachada, dando acesso ao interior da propriedade. Quando Teresa se aproximou, o portão se abriu automaticamente, permitindo sua passagem tranquila para o interior do terreno.
Ao cruzar o portão, revelou-se um extenso jardim meticulosamente bem cuidado. O caminho, antes de asfalto, agora era de pedras lisas, cuidadosamente dispostas, que conferiam ao percurso uma sensação de rusticidade sofisticada. Teresa dirigia lentamente, apreciando a serenidade do ambiente enquanto se aproximava da mansão. Ao final do caminho, uma imponente fonte central dominava a visão, localizada bem em frente à entrada principal da casa, adicionando um toque de elegância ao cenário.
Teresa avistou duas figuras aguardando sua chegada: sua governanta e o manobrista. Com uma leve curva ao redor da fonte, ela estacionou o carro diante da entrada principal da mansão. O manobrista rapidamente se aproximou, já se preparando para assumir o volante, enquanto a governanta, sempre atenta, abriu a porta do carro para Teresa.
“Boa noite, senhorita,” disse a governanta, com uma leve reverência.
“Boa noite,” respondeu Teresa enquanto descia do carro. O manobrista assumiu o volante de forma eficiente.
Teresa deu a volta no carro e abriu a porta traseira, revelando Leonor, que rapidamente saltou do veículo.
“Leve-a para o banho,” instruiu Teresa à governanta enquanto fechava a porta do carro. Com um leve toque no controle, o veículo se afastou suavemente, conduzido pelo manobrista.
A governanta segurou a mão de Leonor com um sorriso, guiando-a em direção à casa enquanto Teresa observava por um breve momento, antes de se dirigir à entrada da mansão.
Teresa seguiu a governanta até o hall de entrada, seus passos ecoando suavemente no piso de mármore. A governanta, ainda segurando a mão de Leonor, se virou brevemente para Teresa, como se quisesse dizer algo, mas hesitou. Teresa notou o olhar discreto de preocupação em seus olhos.
“Algo aconteceu enquanto eu estava fora?” Teresa perguntou, parando ao pé da grande escadaria.
A governanta soltou a mão de Leonor, que correu em direção ao corredor onde ficava seu quarto. Esperou até que a menina estivesse fora de alcance, então se aproximou de Teresa com uma expressão mais séria.
“Senhorita Teresa... houve algo estranho hoje à tarde. Um homem veio aqui enquanto a senhora estava fora. Disse que era um amigo da família, mas não deixou o nome.”
Teresa franziu o cenho, suas suspeitas imediatamente em alerta. “Ele disse alguma coisa? O que ele queria?”
“Ele não disse muito. Só entregou um envelope e pediu que fosse deixado no seu escritório. Disse que a senhora entenderia o significado.” A governanta hesitou novamente antes de continuar. “Mas havia algo nele... algo que me deixou desconfortável. Não consegui ver o rosto direito, ele estava usando um chapéu e óculos escuros, mesmo com o sol quase se pondo.”
Teresa sentiu um arrepio percorrer sua espinha. “Você colocou o envelope no meu escritório?”
“Sim, senhorita. Está lá, sobre sua mesa.”
Teresa assentiu, tentando controlar a inquietação crescente em seu peito.
“Obrigada, Olga. Pode cuidar de Leonor, por favor? Vou dar uma olhada no escritório.”
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Atualizado até capítulo 51
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