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A minha rotina diariamente era um inferno, apesar do ambiente desafiador em que trabalhava, eu cheguei à empresa antes do horário estipulado, aproveitando a tranquilidade da manhã para organizar minha mesa e preparar-me para as demandas do dia.

A primeira tarefa é verificar e responder aos e-mails que chegaram durante a noite. Com eficiência, ela prioriza as mensagens mais urgentes e faz anotações sobre as tarefas que precisam ser concluídas.

Devido às cicatrizes, sempre ando com uma pomada aliviadora, é ótima para as mãos, peguei a pomada da bolsa e passei um pouco nas mãos, meu braço sempre coçava, e eu tentava evitar essas coceiras para não parecer nojenta.

Após essa etapa, me dediquei a organizar a agenda do dia, programando reuniões e assegurando que todos os compromissos estejam devidamente agendados. Mesmo sob pressão e constante agonia devido a coceira, mantenho uma postura profissional e amigável com os colegas.

Entretanto, o clima na empresa se torna opressivo devido às constantes investidas de Angélica.

Angélica faz questão de aparecer frequentemente com um isqueiro em mãos, meu coração pula em meu peito a cada vez que ela o retira da bolsa.

Comentários maldosos sobre o trabalho e sobre a minha vida, foram espalhados pela empresa, e eu apenas tentei ignorar, mas eram dolorosos, bem como críticas à minha aparência, são difíceis de engolir. Essas provocações, embora muitas vezes sutis, têm um impacto profundo na minha autoestima e na confiança.

Durante o intervalo para o almoço, fui chamada ao escritório do senhor Devor, que se encontrava encostado à mesa.

DANTE DEVOR

Angélica chorava feito um bebê, o que me deixava preocupado, ela estava fragilizada em reencontrar Hanna, ela soluçava em meus braços enquanto tentava falar sobre.

-Coelhinha... Me conta, o que foi?—Angélica estava vermelha, de tanto chorar.—

-Nós estudávamos juntas... Éramos melhores amigas, e um dia ela simplesmente surtou e tentou me agredir... Eu... Eu empurrei ela e tentei entender do porquê ela ter feito isso comigo... —Ela diz manhosa.— Depois disso ela começou a fazer bullying comigo, e tentou me matar para ficar com o meu namoradinho na época, ah... Amor, eu estou tão...— Angélica volta a chorar.—

Vê-la daquele jeito me fez subir um ódio incondicional, sinto a necessidade de torcer o pescoço de Hanna. Aquela vadia demoníaca. Preciso pensar assim...eu devo pensar assim...

-Tudo o que ela fez com você, será cobrado, não tenha dúvidas disso.—Digo segurando seu lindo rosto angelical.— Farei questão de tornar a vida dela um inferno. —Sorri para Angélica que logo me beija, foi um beijo calmo e demorado, o que me faz querer a jogar na mesa e foder com toda a minha força. Balela—

[...]

Angélica havia ido ao shopping para fazer compras, ela precisava esfriar a cabeça com todo esse trauma sendo trazido de volta para ela.

O ódio por Hanna crescia à medida que passamos dias trabalhando no mesmo ambiente.

A chamei em minha sala, a fim de dar uma boa lição nela, apenas deixava sem comer durante o horário de almoço, não era suficiente. Sempre que dava o seu horário, eu apenas pedia para que ela fizesse algo para que consumisse todo o seu horário.

HANNA STARK

Assim que fechei a porta atrás de mim, o som do clique do fecho ecoou na sala. O ar estava carregado, como se a tensão tivesse se acumulado e estivesse prestes a explodir.

Quando me virei, ainda tentando processar o porquê do senhor Devor me chamar a sala dele, fui surpreendida por um soco repentino que atingiu meu rosto com uma força inesperada. O impacto foi brutal; a dor se espalhou rapidamente pela minha mandíbula, e uma onda de choque percorreu todo o meu corpo. O som do soco parecia ressoar em meus ouvidos, abafando qualquer outro ruído ao meu redor.

Minhas pernas vacilaram por um momento, e eu levei a mão ao rosto, sentindo a umidade quente do sangue onde meus lábios se cortaram. O gosto metálico invadiu minha boca, e eu percebi que a adrenalina começava a correr pelas minhas veias, misturando-se à confusão. O mundo ao meu redor parecia desacelerar, e enquanto tentava entender a situação fui surpreendida com um chute em meu abdômen, uma grande quantidade de sangue saiu de minha boca juntamente com um gemido de dor.

A minha visão ficou turva, mas pude ver a figura ameaçadora do senhor Devor, com um olhar intenso e desafiador quase me paralisou.

Eu consegui, então, recuar um pouco, tentando recuperar o fôlego, mas era inútil, tentei puxar o ar e nada, eu tentava e tentava, mas a dor pulsante em meu rosto e abdômen dificultava a respiração.

-Vadia de merda... Filha da puta, como tem coragem de arruinar a vida da minha mulher e sair impune ? Estava tão desesperada por um pau a ponto de tentar matá-la ?! —Mais um sono desferido em meu rosto.—

O ambiente estava envolto em uma penumbra opressiva.  A tensão no ar era palpável, assim que Senhor Devor se aproximou novamente, seu olhar penetrante e ameaçador me fez sentir uma onda de desespero. Antes que eu pudesse formular uma palavra, ele já estava sobre mim, desferindo um golpe brutal que atingiu meu estômago com uma força avassaladora.

O impacto foi como ser atingido por um trator; a dor explodiu em ondas, e eu me curvei, tentando recuperar o ar. Cada soco que ele desferiu parecia ser mais violento que o anterior, o som de seus punhos atingindo meu corpo ecoando como um tambor sinistro. Meu coração disparava, e a adrenalina corria em minhas veias, mas o medo me paralisava. Tentei gritar, tentei clamar por ajuda, mas minha voz falhou, sufocada pela dor e pela surpresa.

- Por que...?

consegui balbuciar entre os golpes, mas minha pergunta se perdeu no ar, como um sussurro em meio a um furacão. A expressão de Senhor Devor era fria e impiedosa; ele não parecia ouvir, e cada movimento seu era calculado, uma dança macabra de violência. Suas mãos pareciam mais pesadas do que nunca, e a força com que ele me atingia era desumana.

Finalmente, um golpe violento na cabeça fez tudo escurecer. A sensação de queda foi rápida e súbita, como se eu estivesse sendo puxada para uma profundidade insondável. O último pensamento que atravessei antes de desmaiar foi um desejo desesperado de escapar, de acordar em um lugar seguro, longe daquela brutalidade. E então, tudo se apagou, e eu fui envolvido por um silêncio profundo, onde a dor e o medo não podiam mais me alcançar. Tenho a impressão de que ele não queria fazer isso...

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Comments

Sineia Soares

Sineia Soares

Meu Deus que horror a vida dela é só sofrimento

2024-10-25

0

Iracema Rosa

Iracema Rosa

Que horror meu Deus!

2024-10-24

0

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