Bruno.
Aproximei-me da cama onde ela estava e segurei sua mão, acariciando-a suavemente. Seu rosto estava ferido, com um corte na sobrancelha. Ela estava conectada ao oxigênio, dormindo calmamente, tão tranquila.
— Me perdoa, Alexia. — beijei sua mão. — Eu nunca quis te machucar, meu bem.
Passei o dorso da minha mão pelo seu rosto pálido e a acariciei. Eu me sentia inútil, ela poderia nem estar aqui agora. Eu deveria ter pedido para que ela fechasse a porta e colocasse o cinto de segurança.
Eu fui um imbecil.
— O que você está fazendo aqui? — me virei e vi Yuri entrando no quarto.
— Eu que te pergunto. As visitas não foram autorizadas.
— Cara, sai de perto da minha namorada. Já não basta o que você fez? Você destruiu a vida dela.
— O que...?
Olhei para o dedo de Alexia e notei uma aliança ali. Eu não tinha reparado antes, talvez por estar mais focado em tentar salvar a vida dela do que nos detalhes.
Encarei Yuri, que me olhava com uma sobrancelha levantada. Então era isso que ela queria me dizer, algo tão importante? Fui um idiota por não perceber antes.
— Ei. O que está acontecendo aqui? — a doutora Nathalie entrou no quarto. — Eu te mandei descansar, não foi? — apontou a caneta para mim. — E você, quem é?
— Sou o namorado dela, ou melhor, o noivo.
— Ah... não era você o... — ele se virou para mim. — Essa aliança não estava aí antes. E se tivesse, teríamos retirado. — disse, agora olhando para Yuri.
Eu saí da sala com os punhos cerrados, a raiva fervendo dentro de mim. Aquele desgraçado, Yuri, me encarava como se eu fosse o inimigo. Mas, o que ele pensava que estava acontecendo ali? Eu não estava ali para disputar território, eu só queria que Alexia acordasse e soubesse o quanto eu a amava, o quanto eu sentia por tudo o que aconteceu.
O corredor do hospital estava vazio, exceto por algumas enfermeiras passando rapidamente. Respirei fundo, tentando controlar as emoções que estavam tomando conta de mim. Fui até a janela do corredor, olhando para o céu cinza, como se esperasse que ele me trouxesse alguma resposta. O que mais eu poderia fazer?
A porta do quarto se abriu novamente, e ouvi a voz de Nathalie vindo em minha direção.
— Você não deveria estar aqui.
como uma lâmina.
— Eu só… — Respirei fundo, tentando organizar os pensamentos. — Eu só queria estar perto dela. Ela... precisa de mim. E eu… preciso dela.
A doutora me olhou com uma expressão mais suave, mas ainda assim, sua postura era firme.
— Ela precisa de descanso, e você também. Eu entendo a preocupação, mas você precisa dar espaço para que ela se recupere, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Você não está ajudando ficando aqui.
Ela estava certa. Eu sabia disso. Mas, como eu podia me afastar quando tudo o que eu queria era vê-la acordada e me olhar com os olhos que eu tanto amava? Eu sabia que talvez eu fosse o responsável pelo acidente, e isso me corroía por dentro. Mas eu não podia deixar isso me destruir.
Olhei para o corredor vazio novamente, sentindo o peso da culpa me esmagando. Eu precisava dar o próximo passo, mas não sabia qual seria esse passo.
— Vou voltar promeu quarto. — disse finalmente, sem confiança na minha própria voz.
A doutora Nathalie me observou em silêncio, como se tivesse algo mais a dizer, mas se contentou em me dar um aceno breve antes de voltar para o quarto.
Me deitei na minha cama e tentei dormir um pouco. E até conseguir, mas só quando seu sorriso veio a minha mente.
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Atualizado até capítulo 37
Comments
Fatima Maria
EU NÃO CONFIO EM YURI TEM ALGO NELE QUE NÃO GOSTO.
2024-11-14
2
cachinhos dourado
esse Yuri que colocou
2024-10-12
4
mari
sacanagem desse yuri ele nunca namorou ele espero que ela não perca a memória como a Dra disse não tinha nenhuma aliança ali no dedo dela sempre tem um para encher o saco
2024-10-12
4