Pena dourada

Alexandre estava concentrado em derrotar os monstros da Floresta de Ina, uma das florestas mais perigosas do reino de Grisales. Se não fosse uma situação séria, poderia até ser cômico. Parecia que a deusa realmente queria sua cabeça; como um portal fixo poderia se abrir em um lugar assim? Grisales tinha apenas três portais fixos, todos abertos pela deusa em lugares pacíficos, um deles até na capital real.

Todos os portais levavam a cidades e reinos diferentes, mas quem poderia entender como funciona a cabeça de uma deusa? Ela cria mundos separados e os une por portais, como se fosse falta do que fazer. O que cansava era que ela criava mundos cheios de monstros, que sempre invadiam o reino. A Floresta de Ina foi assim; dois anos atrás, um portal momentâneo permitiu a invasão de monstros que fizeram da floresta seu lar. Mesmo com o desaparecimento do portal, ela se tornou perigosa. Agora, um portal fixo aparecia no mesmo lugar. E, é claro, os monstros começariam a proteger, na esperança de um retorno para casa.

"Para casa", pensou Alexandre. "Mas que droga," disse em voz alta. "Por que eu não pensei nisso antes?" Ele estava aflito com a dedução recente.

— Senhor? — perguntou um dos soldados que o acompanhavam na batalha.

Alexandre, que estava cortando a cabeça de um monstro — um cavalo com chifres de boi e corpo de ogro — virou-se na direção do soldado e gritou:

— Quanto tempo você precisa para entrar em contato telepaticamente com o Q.G.?

— Cinco minutos — respondeu o soldado, sem entender. Havia muitos monstros naquele lugar; essas batalhas não davam nem para pensar direito, imagine usar telepatia. Era uma loucura.

— Cinco minutos, certo. Então se prepare. Não tenha medo, eu vou te proteger — disse Alexandre, decapitando outro monstro.

O soldado já se sentou no chão para começar a ligação.

— E qual é a mensagem, senhor? — perguntou ele.

— "Cristian, é o mesmo portal, mas a deusa o abriu de novo e fixou. Isso é quase certeza. Vou me aproximar mais do portal." — disse Alexandre, inclinando seu corpo para tomar impulso. "Deslize das sombras!" berrou, ativando sua magia de impulso e mirando diretamente para o caminho do portal. Com o efeito do feitiço, todos os monstros do local foram arremessados para longe, morrendo imediatamente. Era um dos feitiços de nível médio: deslize (para aumentar a velocidade) e sombras (para se livrar do inimigo).

No acampamento

Cristian estava sentado em uma cadeira, cercado por livros sobre a história da floresta e mapas, analisando cuidadosamente. De repente, a mensagem de Alexandre, enviada pelo soldado, invadiu sua mente.

— O que? — exclamou Cristian, levantando-se da cadeira, surpreso com a conclusão do amigo. Revirando a mesa, viu o livro que havia pegado do antigo portal aberto dois anos atrás; estava escrita a conclusão da investigação da época: "Local: Floresta de Ina. O portal desapareceu após três dias, liberando quantidades absurdas de monstros... Conclusão: local de habitação de monstros classe D e C, atmosfera do lugar está mais densa, os monstros não saíram da floresta, deduzindo que ficou como local de agitação."

"Alexandre, parece que você está certo. Desde o dia em que o portal sumiu, os monstros não saíram da floresta. Isso é muito estranho, porque quando isso acontece, a primeira coisa que eles fazem é se espalhar," pensou Cristian, abrindo um sorriso malicioso. Sentando-se novamente, pensou: "Não esperava menos de você, Alexandre."

Enquanto isso na floresta

Após dez minutos, Alexandre avistou uma porta gigante com aspecto de aço. Notou um brasão de pena dourada na parte superior da porta, com os monstros de classificação mais alta fazendo a segurança. A grande porta não estava aberta, indicando que o portal ainda estava se fixando; só depois da fixação ela abriria.

"Droga," pensou Alexandre, "eu odeio estar certo." Claramente, os monstros estavam esperando a porta se abrir, um sinal muito ruim. Se realmente o portal fosse para casa deles, isso significaria massacre.

Quando ele se preparou para correr, um monstro com garras enormes avançou. Em um recuo instintivo, conseguiu se livrar de um golpe fatal, mas era tarde demais; sua presença já havia atraído a atenção de todos os monstros do local. "Mais que maravilha," pensou, cercado por todos os monstros.

Desviando das investidas dos monstros maiores, Alexandre decapitava os menores. "Isso é ruim; se continuar assim, vou ser morto," desviou das garras afiadas de um monstro que mirava seu pescoço.

Então, em um pulo no galho de uma árvore, ativou um feitiço mais poderoso: "Espada Negra." Logo, sua espada foi consumida por uma chama negra, aumentando sua força e velocidade, fazendo com que todos os monstros do local fossem mortos.

Uma poeira misturada com sangue de monstro se levantou. Os soldados, correndo ao encontro do herói, ficaram admirados ao ver tal feito. No meio daquela poeira, observaram a silhueta de Alexandre e, já comemorando a vitória, foram até ele.

Quando chegaram perto, notaram que Alexandre olhava fixamente para a grande porta do portal. — Senhor! — disse um dos soldados, chamando a atenção de Alexandre.

Alexandre não sabia o que era, mas a grande porta atraía sua atenção. Quando se virou para o soldado para dar a ordem de retorno, um barulho alto chamou sua atenção: a grande porta de aço estava se abrindo. E, como sempre fazia quando sentia uma ameaça, sacou sua espada. Com o barulho chamando a atenção de todos, a porta finalmente se abriu e uma pena dourada, do tamanho quase da mão de Alexandre, veio para fora, planando como se fosse uma folha de papel ao vento, até cair no chão perto de seu pé. Recolhendo a espada, pensou: "Mas o que é isso?" abaixando-se para pegar o artefato.

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