Sozinhos

O grupo seguiu em frente, os corações pulsando de ansiedade e determinação. As paredes do labirinto pareciam se fechar ao redor deles, e a atmosfera carregava um peso denso. O ar estava saturado de um poder sombrio, e logo perceberam que não estavam sozinhos.

De repente, uma série de monstros emergiu das sombras, criaturas grotescas com olhos brilhantes que reluziam como lanternas na escuridão. Com um rugido, eles atacaram, e o grupo se preparou para a luta. Mas as criaturas não eram meramente físicas; suas habilidades mentais os cercaram como uma névoa pesada.

Alexandre sentiu sua mente sendo invadida, um torpor súbito envolvendo-o. Ele lutou contra a sensação, mas logo seu corpo se tornou pesado, e sua visão ficou embaçada. Cristian, ao seu lado, sofreu o mesmo destino, enquanto Elisa lutava para se manter consciente. O mundo ao seu redor começou a desvanecer, como se caíssem em um estado vegetativo.

Mas então, uma luz cortou a escuridão. Arathia, com sua presença poderosa, interveio. Com um gesto de suas mãos, ela liberou uma energia que irradiava como um farol na escuridão. Um brilho dourado envolveu os três, e, de repente, Alexandre e Cristian sentiram suas mentes se clarearem, como se a neblina estivesse sendo dissipada. Elisa, ainda vacilante, encontrou seu foco quando o poder de Arathia a envolveu.

— Acordem! — exclamou Arathia, sua voz penetrante. — Vocês precisam resistir!

Com um último esforço, os três conseguiram se libertar do controle dos monstros. Os seres recuaram, sentindo a força de Arathia. Ela se posicionou na frente deles, um escudo contra a escuridão, enquanto os monstros, aparentemente derrotados, desapareceram nas sombras.

Quando a luta terminou, Arathia olhou para a entrada da montanha, seu sorriso se transformando em algo mais enigmático.

— O que aconteceu? — perguntou Alexandre, respirando fundo para recuperar o fôlego. — Por que os monstros atacaram?

Arathia se virou, olhando profundamente nos olhos de Alexandre, um misto de orgulho e diversão nos lábios.

— A montanha está testando vocês — disse ela, sua voz suave, mas com um toque de mistério. — E parece que ela não quer que eu passe por aqui.

— Como assim? — Cristian interveio, os olhos fixos em Arathia. — O que você quer dizer?

Arathia sorriu, mas sua expressão tinha um peso. — Já estive aqui antes. Passei por todos os desafios desta montanha. Os segredos que eu carregava foram revelados, e a montanha decidiu que eu não posso mais entrar.

Os três a encararam, surpresos e confusos. A revelação deixou um ar de mistério sobre Arathia, a mulher que parecia forte e invencível.

— Então, isso significa que você não pode nos ajudar mais? — Elisa perguntou, sua voz entrecortada pela frustração.

Arathia assentiu, seu olhar agora sério. — Exatamente. Meu limite é aqui. A montanha me rejeita, mas isso não significa que vocês não possam continuar.

Com um sorriso enigmático, Arathia desapareceu, como se estivesse sendo engolida pela própria montanha. Um último olhar para os três, uma mistura de encorajamento e saudação, e ela se foi.

Alexandre e Cristian trocaram olhares confusos, enquanto Elisa sentia um misto de alívio e desespero. A partida de Arathia a deixava inquieta, e a sensação de abandono a incomodava.

— O que faremos agora? — perguntou Cristian, a determinação brilhando em seus olhos.

Alexandre respirou fundo, tentando ignorar a ausência de Arathia. — Vamos continuar. Não temos escolha. Precisamos encontrar o livro e quebrar a maldição.

Com um último olhar para o local onde Arathia desaparecera, eles avançaram na escuridão da montanha, agora sozinhos em sua jornada. O labirinto à frente prometia mais desafios, e os segredos ainda não revelados os aguardavam na próxima provação.

A montanha não tinha terminado com eles ainda, e a provação da verdade apenas começava.

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