CAPÍTULO 11

 — Eu... Eu, uns dois anos atrás, entrei na empresa após o expediente e descobri que haviam desvios de dinheiro. Fiquei chocado e investiguei mais a fundo. Acabei demitindo vários funcionários do financeiro que estavam envolvidos. Agora, estou investigando todos os funcionários e descobri que uma mulher chamada recebeu três grandes retiradas de dinheiro da empresa. Fiquei com raiva porque meu pai estava sendo enganado e não sabia da proximidade dele com essa mulher. — Eu a olhei e não havia emoção alguma em seus olhos. — Eu demiti essa mulher, mas depois fui até a casa dela e pedi que voltasse a trabalhar para mim. Quero que ela prove que não está envolvida nos desvios de dinheiro. E eu estou determinado a descobrir a verdade.

Ela piscou algumas vezes antes de responder.

 — Espera um pouco... — Ela disse ao agarrar ainda mais a própria bolsa. — Eu espero que você tenha ido até a casa de mais outra pessoa e que não esteja me acusando de ladra.

O furacão voltou a tocar na terra.

 — Acalme-se... Não vou negar que na hora que vi aqueles papéis com a sua assinatura, subiu um ódio muito forte dentro de mim. Mas, após te conhecer e te entender um pouco eu não tenho mais tanta certeza de que foi você quem roubou aquele dinheiro.

 — Eu consigo te entender, faria o mesmo se estivesse no seu lugar. — Ela falou com o rosto já suavizado. — Mas vou ressaltar algo, é bem provável que essa conta seja a que eu perdi.

 — Perdeu? Como se perde uma conta?

 — Foi logo quando iniciei, o financeiro fez uma reunião comigo e me falaram que eu precisava criar uma conta nova para receber meus pagamentos e quando os questionei o motivo me falaram que haviam clonado meu cartão e que essa mesma pessoa tinha acesso a minha conta bancária. Falaram que me ajudariam, então entrei meus dados para eles tentarem recuperar minha conta, mas não conseguiram e eu nunca mais tive acesso a ela.

 — Isso é bem estranho, você não acha? Podem ter te usado como laranja e você nem percebeu.

 — Céus. Existem pessoas desse tipo? — Ela disse pensativa.

 — Sim, existe. — Caminhei até a porta. — Venha, tem mais uma coisa que precisa ver.

[...]

 — Eu chegaria aqui de olhos fechados. — Ela disse assim que passamos pela porta giratória da grenff. — Posso saber o motivo de...

Paramos de caminhar assim que vimos o saguão vazio.

Está pior do que imaginei. Agora nem os seguranças estão trabalhando.

— Que raios você fez com essas pessoas, Thompson? — Ela me olhou sem entender.

Cocei a cabeça e deixei a gravata frouxa na tentativa de controlar minha respiração.

 — Desde o dia que você decidiu sair da empresa, todos os funcionários pararam de trabalhar.

Cutuquei a onça com vara curta.

Eu brincava o quanto queria com as palavras, mas Clarisse era totalmente séria e a única emoção que ela demonstrava era de pura raiva e desgosto da minha pessoa.

Ela riu. Sarcástica, mas riu.

 — Eu fui convidada a me retirar, caso não se lembre. E o fato deles perceberem o óbvio, não faz de mim a culpada dessa greve. — Ela riu debochando mais uma vez de mim e jogou seus cabelos para trás cobrindo toda a sua costa. — Venha, vamos resolver isso!

Clarisse saiu praticamente desfilando na minha frente, deixando bem claro para mim que, eu sou o CEO e filho do dono da empresa, mas é ela que tem os funcionários e a empresa ao seu comando.

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Comments

Aurea Maria de Almeida

Aurea Maria de Almeida

Tenho a impressão que o Frederico está por trás desta trama.
Desvenda este mistério autora

2025-02-27

0

Gisa Mendes

Gisa Mendes

kkkkkkkkkkkkkkkkkk

2025-03-25

0

Alexsandra Sousa

Alexsandra Sousa

Clarissa maravilhosa 💥💥💥💥💥💟💟💟💟💞💞💞💕💕💕

2025-02-27

0

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