Mais uma semana se iniciou sem Clarisse na empresa, tudo estava um caos e os outros colaboradores ainda não queriam voltar a trabalhar, até Donna teve que se juntar à greve deles.
— Pai, isso é muito sério... Até mesmo Donna está de greve! — Reclamei com meu pai que apenas suspirava do outro lado da linha.
— Isso é para a proteção dela, imagina se descobrem que eu e ela somos casados? A vida de sua madrasta virará um verdadeiro inferno.
Nisso ele tem razão, minha mãe infelizmente morreu no parto, a única figura materna que tenho é Donna, que apesar de agora "trabalhar para mim", dentro de casa ela é quem manda e isso já tem mais de quinze anos.
— Filho, vá e tente convencer ela novamente. — Meu pai pede.
— Eu já fui, tomei banho de lama e quase perdi meu carro favorito por causa daquela teimosa.
— Scott? Posso saber o motivo para ter demitido todos aqueles funcionários? E Clarisse Thompson?
Meu coração acelerou.
— Só queria mudar os ares, pai...
Meu pai ainda não podia saber.
Acontece que dois anos atrás eu entrei na empresa após o expediente de todos, fui ver como estava a situação já que meu pai deixou claro para mim que eu iria assumir em breve a presidência. Assim que entrei fui direto ao financeiro, testei tudo que estudei e encontrei diversos desvios de dinheiro. Estavam sacando dinheiro vivo de pouco em pouco da conta da empresa e ali alegavam que era para gastos da empresa, festa de alguns dos setores... Mas investiguei muito e vi que houveram festas ou gastos necessários, tudo que a empresa precisava o meu pai que autorizava e as festa ele bancava do próprio bolso. Demiti a maioria dos que estavam no financeiro e agora estou investigando todos os funcionários da Grenff e onde entra a Srta. Thompson nisso? Eu não achei nenhum nome nos roubos, mas haviam três grandes retiradas que foram direito para uma conta pessoal: Clarisse Thompson.
Eu fiquei com raiva pelo meu pai, estava sendo apunhalado pelas costas. Não fazia ideia de sua proximidade com essa mulher, por isso a demiti de tal forma e mandei embora várias pessoas. Sim, fui até a casa dela e pedi que voltasse a trabalhar para mim, mas só me darei por satisfeito quando eu tiver provas que ela não está envolvida.
[...]
— Donna, cancele todos os meus compromissos na parte da tarde, irei até a casa de Clarisse novamente. — Pedi ao passar por ela e entrar no elevador.
Sai a passos apressados para não ser esmagado pelos olhares dos funcionários.
Assim que estacionei em frente ao apartamento de Clarisse, a vi do lado de fora discutindo com um homem e ela estava tão nervosa que seu rosto estava vermelho, a rua estava lotada de pessoas e a maioria parava para entender o que estava havendo. Depois de alguns segundos ela sai quase que correndo e entra no prédio sendo seguida por uma cara de cabelos claros e cacheados.
Não me aguentei, peguei a sacola com a roupa que ela me emprestou e tranquei o carro indo em direção ao pequeno furacão loiro.
Assim que o elevador abriu no corredor de Clarisse, pude ver o cara esmurrando a porta do apartamento dela.
— Vamos conversar! Precisamos conversar... — Ele dizia entre tapas na porta.
— Vai incomodar os vizinhos. — Falei ao parar atrás dele, pude sentir o cheiro forte de cigarro.
— Me deixe, quero falar com ela! — Ele falou e voltou a bater.
— Pare! — Agarrei o pulso dele o fazendo virar e o mesmo arregalou os olhos ao me ver.
— Scott? Scott Copper?
— Frederico Bontelho! Achei que nunca mais nos veríamos, já que roubou minha última namorada...
Eu não amava a Tess, mas gostava da companhia dela. Ela não fazia a mínima ideia do quão rico eu era e então, Frederico lhe ofereceu o pouco que tinha e ela foi correndo atrás dele.
— Ainda não sossegou? Você deveria procurar uma mulher que te queria, casar-se e ter filhos e deveria parar de incomodar quem literalmente corre de você. — Ouvi uma risada atrás da porta, Clarisse estava ouvindo tudo. — Mas se quiser, te ajudo a abrir a porta.
Falei sabendo que ela abriria na mesma hora.
— Parem já! Não precisam quebrar minha porta. — Ela olhou para a minha mão apertando o pulso do Fred e eu o soltei. — O que quer aqui, Sr. Copper?
— Vim te devolver. — Entreguei a sacola nas mãos dela e ela, confusa, puxou as roupas para fora.
— Ei, essas roupas... Essas roupas são minhas! — Frederico protestou com raiva.
Meus olhos foram de Clarisse para ele. Que merda é essa?
Dei passos para frente fazendo ela entrar no apartamento, olhei para o Frederico que ainda me analisava dos pés à cabeça.
— Some! Vou pedir apenas uma vez! — Fechei a porta e tranquei. — E você, em? — Me virei para Clarisse que já estava com as costas escoradas no sofá. — O que tem com o Bontelho? São namorados? Amantes?
Ela me deu um tapa. Um tapa no rosto.
Foi a primeira vez na minha vida, em trinta anos uma mulher nunca me bateu. Clarisse era um furacão em pessoa, seu rosto angelical e ao mesmo tempo sexy não mostra o ser raivoso que tem por baixo de toda essa roupa chique que ela usa até mesmo dentro de casa.
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Atualizado até capítulo 61
Comments
Anita Alves
ele vai sofrer na mãos da clarisse/Chuckle//Chuckle//Chuckle//Chuckle//Chuckle//Chuckle//Chuckle//Chuckle/
2024-12-13
2
Caroline Souza
Acho que o Frederico que desviou e colocou como se fosse a Clarisse
2024-11-13
2