— É tão fácil assim? Você entrar na minha casa e me acusar da primeira coisa que vem na sua cabeça? — Gritei com Scott que ainda massageava a própria bochecha. — Você não me conhece, seu riquinho de merda. Agora que já fez o seu espetáculo, pode sair.
Ele riu com deboche.
— Vim para te levar de volta para a grenff! — Ele disse praticamente ordenando.
— E quem te disse que irei voltar? — Joguei as roupas que ele me entregou em cima dele. — Nunca mais piso meus pais lá! Você já está invadindo o meu espaço pessoal, sabia?
— Ah, claro... — Ele cruzou os braços e se apoiou na parede. — Se eu não tivesse chegado, provavelmente seus vizinhos teriam que chamar a polícia, visto que, seu amigo não parava de esmurrar a sua porta.
— Quer o meu agradecimento, Sr. Copper? Muito obrigado... Agora vaza! — Abri a porta pra ele.
— Já está virando costume eu ser praticamente expulso daqui, não acha?
— Dane-se você e o seu pensamento. — Ele me olhou desacreditado. — Você não é meu chefe e ainda está dentro do meu apartamento, posso fazer e falar o que eu quiser e aliás, eu recebi uma proposta muito boa do Sr. Jimmy Donavam, lembra dele? Aquele que não fechou um contrato de milhões de dólares pelo simples fato de que eu, Clarisse Thompson, fui demitida pela pessoa mais sem noção nesse planeta.
A mandíbula travada de Scott mostrava que o atingi onde mais doía. Jamais irei abaixar a cabeça para ninguém, ainda mais para ele que acha que tem um rei na barriga.
— Se arrume, irei te levar a um lugar. — Ele estava sério.
— Onde?
— Se arrume, desça em quinze minutos e descobrirá.
Ele saiu do meu apartamento deixando o conjunto de roupa em cima do meu sofá. Não sabia o que fazer, fiquei dois minutos pensando se ia ou não até que recebi uma mensagem no meu celular:
"já se passaram dois minutos, Senhorita."
Irritante.
Corri para o quarto, coloquei um vestido preto justo e um salto creme para combinar com a minha bolsa, passei apenas um blush e um gloss, fiz uma rabo de cavalo rápido no cabelo e fui para o elevador a fim de descobrir o que ele queria com isso tudo.
[...]
— Eu vou ter que fingir surpresa? — Pergunto quando percebo ele entrar na mansão Copper.
— Como assim? Já esteve aqui antes? — Ele pergunta ao parar o carro em frente a porta principal.
— Sim, diversas vezes.
E era realmente verdade, o Sr. Samuel, sempre me pedia para vir até aqui, os almoços eram sempre eu, ele e Donna. Aqui é calmo e fresco, árvores frutíferas para todo o lado, jardins com flores e balanços, uma piscina magnífica de linda e sem falar na casa enorme.
Assim que entramos, fomos recebidos por Constantini, o mordomo mais sério que já vi na minha vida.
— Olá, Srta. Thompson, Sr. Copper... — Constantini nos cumprimentou, fechou a porta após passarmos e seguiu seu caminho.
Depois de um tempo indo atrás do Scott, ele finalmente entrou em um lugar novo para mim. A biblioteca.
Quando adentramos, fiquei boquiaberta com a beleza daquele cômodo, prateleiras enormes e altas, com escadas para que alcancemos os livros no topo, uma mesa grande e vários puffs espalhados pelo centro do lugar. Dentre as prateleiras havia uma que se destacava, em cima dela brilhavam várias lâmpadas destacando a importância do que tinha ali. Me aproximei e fiquei emocionada, eram todas as edições de revistas que a Grenff já havia feito, desde a primeira até a última lançada. Percebi que as que eu participei tinham um marcador de páginas branco. Me perguntei quem os pusera ali, já que branco era a minha cor favorita.
— Isso... Isso é incrível, Sr. Copper. — Falei me virando para ele que estava escorado em uma das prateleiras.
— Te trouxe justamente para você sentir de perto. Nem sempre fomos ricos de merda, como você disse. — Dei um sorriso sem jeito. — Eu realmente não sei o que é ter qualquer tipo de dificuldade, mas eu sempre conquistei as minhas coisas sozinho. Só usei o dinheiro do meu pai apenas para o meu primeiro intercâmbio, a partir daí me virei completamente sozinho, com trabalhos de garçom, atendente de balcão, fotógrafo... Tudo que me dava algum retorno eu aceitava. — Ele fez uma pausa como se as memórias estavam na sua frente. — Sou formado em tantos cursos e faculdades, que te assustaria. Trabalhei muito, mas logo consegui abrir o meu primeiro negócio e a partir daí comecei a treinar a mim mesmo para assumir a Grenff.
— É de se admirar todo seu esforço, mas, por qual razão chegar da forma que você chegou? — Ele me lançou um olhar confuso. — Você deveria ter preparado uma recepção para você mesmo, uma cerimônia de posse ou algo do tipo. Deveria ter se apresentado de setor em setor e não ter chegado da forma que fez, demitindo todos e causando a confusão que está.
Seus olhos vacilaram por um instante e eu pude sentir algo parecido com raiva.
— Pode ou não acreditar, mas a grenff faz parte da minha vida, Sr. Copper. Eu jamais a prejudicaria, seu pai me ajudou de tantas formas que eu não seria capaz de trair sua confiança. — me aproximei e toquei seus punhos o fazendo me olhar. — Se está acontecendo algo, me conte, assim poderei te ajudar.
Ele passou as mãos pelo cabelo demonstrando estar em nervosismo e prestes a um delírio.
— Você tem que me prometer que não irá contar ao meu pai, estou preparando o momento certo para contar para ele.
— Eu prometo, confie em mim.
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Atualizado até capítulo 61
Comments
Katia Sousa
eu não acho legal qd a mulher bate no homem,se fosse o meu marido ele dava outro tapa e olha que ele faz tudo para me agradar, mais sempre diz que não se bate no rosto de ninguém
2025-03-04
1
Caroline Souza
Esse dai já tá com os pneus arriados e ainda não sabe
2024-11-18
1