Vou morrer de amor

— Nossa, Ricardo, você pensou em tudo. Até no meu perfume.  

 — Quero minha mendiga linda, para passearmos pela cidade. Quando descemos, Marisa vem e fala:

— Você ficou bonitinha, bem arrumada assim.

 — Olha, Marisa, você está dando sorte de que quem manda nesta casa ainda é minha sogra, senão você já teria perdido seu emprego. Ponha-se no seu lugar antes que eu perca a minha paciência e te mostre. Como sei ser da ralé.

Vi a empregada folgada abaixar a cabeça, fiquei com um pouco de dó dela, mas este homem é meu e enquanto isso valer, ninguém vai encostar nele ou me humilhar de graça. Ricardo ficou me olhando, e não disse uma palavra. 

  — Vamos, minha bela, senão não vai dar tempo de te mostrar nada. A cidade é grande. Saímos de mãos dadas, Ricardo dispensou o chofer e fomos só nós dois, ele parou em uma praça e atravessamos a rua entrando em uma pizzaria.

Os donos vieram cumprimentá-lo e ele fez questão de me apresentar como esposa. Ricardo me levou em uma sorveteria e aí a coisa pegou.

A filha da dona veio, abraçou meu marido e lhe deu um beijo na boca. Voltei para trás, me sentindo sobrar, não consegui pisar o pé na calçada, Ricardo me abraçou e me falou:

 — Não se esqueça de que eu era um galinha, muitas vão aparecer, mas sou só seu. Me acalmei e falei para ele.  

— Ela atende na sorveteria?  

— Sim, por quê?

 — Porque, Ricardo, quero que ela nos sirva.

 — Vamos lá, você não faz maldade com a menina, lembra que o safado era eu.  

— Vou marcar território, te garanto que ela não vai mais te beijar na minha frente. Entramos na sorveteria e a mãe da moça vem nos atender, eu cumprimentei e pedi educadamente:

 — Achei sua filha muito simpática e vi que ela gosta bastante do meu marido, por favor, quero que ela nos sirva.  

— Senhora, minha filha está ocupada.  

  — Eu insisto, quero ela me servindo. Ela balança a cabeça e chama:

— Gina, a esposa do Ricardo quer que você sirva o sorvete para eles. Vejo a Gina vir com a cara fechada, eu abri um sorriso e falei:

— Querida, faz um Sundae de abacaxi e pitanga, e põe uns canudinhos, está bem?

  — E você, Ricardo, vai querer seu sabor predileto?

Falei para a garota abusada.

— Você não entendeu, querida, este sorvete é para nós dois, somos uma combinação explosiva de abacaxi com pitanga. Vamos esperar na mesa, não demore, nosso tempo é precioso.

Peguei a mão do Ricardo e fomos nos sentar. Quando ela trouxe o sundae, eu falei para ele: 

— Me dá sorvete na boca, amor, eu não quero soltar sua mão, meu querido marido.

Segurei a taça e ele pegou um pouco e me deu.

— Agora, segura, que vou te dar um pouco. Peguei um pouco de sorvete e dei na boca dele, me aproximei e pedi.  

— Me beija, meu Pitbull.  

— Não posso recusar um pedido seu, posso?

 — Claro que não, sou sua dona, não se esqueça mais disso.

Ricardo se aproxima e me dá um beijo no nariz, lambe um pouco de sorvete que está no meu lábio e me beija, fizemos isso até a taça acabar. Adorei brincar com ele, será que sempre vai ser assim? Vamos sempre fazer o que o outro pede? Não importa a loucura?

Saímos da sorveteria e voltamos para casa. Chegamos, ele me pegou no colo e me levou para dentro. Marisa ficou de queixo caído, vendo o patrão dela me carregando no colo para dentro de casa, subiu a escada como se eu não pesasse nada e me colocou na cama.

Ficou me olhando durante alguns minutos e me perguntou:

— Vamos brincar mais um pouco, ou você quer dormir? Se você quiser descansar, vou entender.  

— Isso é um pedido? 

— Você quer que eu peça?  

— Quero, o que você quer pedir, Ricardo?

— Quero amar cada pedacinho seu, para ver se esse desejo de possuir você o tempo todo diminui.

— Tira minha roupa? Acho que não consigo tirar e estou com muito calor. Vejo meu marido abrir um sorriso safado e começar a abrir meu vestido.

Vai tirando e beijando minha pele que vai ficando exposta, não deixa o vestido cair de uma vez, vai escorregando ele, se ajoelha na minha frente e desce expondo meu abdômen, beija e, quando chega no meu umbigo, enfia a língua e mexe.

Deixa o vestido cair no chão, beija minha virilha, puxa minha calcinha e minhas meias, tira e entra no meio de minhas pernas me lambendo.

Tentei puxá-lo para cima, não deixa e me faz derreter na boca dele, ali na beira da cama, depois vem para cima de mim e me penetra, e me acende de novo. Este homem sabe bem onde me tocar para que eu sinta prazer. Fizemos amor a noite toda, parece que não me canso, cada vez tem alguma coisa diferente, nossa, este ano vai ser intenso.

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