“Ricardo”
Cheguei em casa e Suzy me deu o recado, e saiu correndo. Essa menina é estranha, fui eu quem disse para ela chorar que Eliza viria defendê-la, agora age como se eu fosse um monstro. Sei onde minha bela está, só achei que ela ia me esperar para irmos junto.
Voltei para trás, peguei meu carro e fui para o cemitério. Logo que entrei, avistei Eliza sentada na campa da mãe, fui me aproximando e escutei ela falando de mim, fiquei tão emocionado do jeito terno que falou que não tive coragem de atrapalhar.
Fiquei a uma distância e chamei, Eliza levantou os olhos e abriu um sorriso.
— Ricardo, você veio.
— Eu te disse que não vou te deixar sozinha, nunca mais.
— Vem, ouviu? Minha mãe, ele está prometendo perante a senhora que não vai me deixar sozinha. Este é Ricardo, meu marido. Sei que a senhora deve estar se revirando no caixão, mas fica tranquila que ele é um homem legal e um bom amigo.
— D. Violeta quero ser bem mais que um amigo da sua filha, mas por enquanto me satisfaço com a amizade dela.
— Como você sabe o nome da minha mãe?
— Está na nossa certidão de casamento.
— Você já comeu? Eu trouxe uns lanches.
— Vim comer com você, minha bela. Como tinha te prometido? Levantei, peguei a cesta e tem uma árvore que faz uma sombra maravilhosa. Estendi a toalha e ajeitei as coisas para podermos comer. Ricardo veio e sentou ao meu lado, comemos os lanches e tomamos suco. Ricardo me faz um carinho no rosto e me pergunta:
— Você quer ir num lugar comigo?
— Que lugar?
— Quero levar você, conhecer um lugar especial para mim.
— Vou, sim, quando?
— Que tal agora?
— Estou com minhas roupas velhas, se o lugar for chique, você vai passar vergonha.
— Você nunca vai me fazer com que eu passe vergonha, são só roupas.
— Sua mãe falou que não consigo frequentar os lugares que você frequenta e, com um short desfiado e uma camiseta regata, não sirvo mesmo, vão achar que sou sua empregada.
— Para onde vamos, acho que você está bem vestida.
— Se você diz, eu acredito. Juntamos as coisas e fomos, sentei no banco do passageiro e Ricardo fechou meu cinto.
Estava tão perto que pude sentir seu perfume, ele acabou de fechar o cinto, virou o rosto e me beijou.
Subi minha mão e acariciei sua barba, e assim prolonguei nosso beijo por mais alguns minutos. Ele se afastou com um sorriso no rosto, ligou o carro e saímos. O silêncio no carro foi me deixando tensa, liguei o rádio e começou a tocar RPM, nossa, dei uma olhada para ele, que me diss
— Se você não gosta, pode tirar.
— Eu gosto, só nunca te imaginei ouvindo loura gelada, mas sinal que você gosta das louras, não é?
— Agora só gosto de uma, e esta música diz bem como me sinto.
“Aqui estou inteiro ao seu dispor, loura gelada vem me consolar”
Começamos a cantar, com Paulo Ricardo, e eu nem reparei que saímos da cidade. Depois de uma hora e meia de estrada, chegamos a Ribeirão Preto, uma cidade considerada grande, perto da minha cidade, que até os cachorros se conhecem, é um mundo diferente.
— O que fazemos aqui?
— Vou te levar conhecer minha casa, agora nossa casa. Moro aqui desde que minha mãe se separou do meu pai.
— Então é a casa da sua mãe, esnobe? E você me deixou vir vestida assim?
— É a minha casa, quando me emancipei comprei outra para ela, moro sozinho, ela acha que manda, mas quem dá a última palavra sou eu, não se preocupe, não vou deixar ninguém te humilhar.
— Não, Ricardo, a casa em que estamos é nossa casa, você não precisa me colocar dentro do seu ambiente, porque na hora que nos separarmos você não terá que dar explicação para ninguém. E sua mãe não vai gostar de me ver aqui, vamos voltar.
— Eliza, qual a parte que você não entendeu? Quero você na minha vida, não tenho intenção de me separar de você, quero que nosso casamento dê certo. Nunca quis me casar porque sempre disse para minha mãe que, se me casasse, ia ser uma vez só e para sempre.
— Você foi obrigado a casar comigo, não pode valer, não quero você obrigado ao meu lado.
— Não fui obrigado, eu poderia ter dito não.
Deixado o dinheiro do meu pai todo para você, não preciso dele, só aceitei porque estava interessado em você, fiz por você, Eliza.
— Não precisa mentir para mim, eu sou consciente de que nunca na vida você se casaria com uma mulher como eu.
— Como assim? Como você?
— Uma sem vergonha, já tive mais homens do que você, tem camisas, gosto de sexo, gosto do prazer de estar com um homem, e sua família deve querer para você uma virgem, que você possa moldar, eu não sou assim e nunca serei. E tem mais, sou pobre, sem traquejo social, não sei me vestir, não tenho assunto com as damas da sociedade, a não ser quando pego os cachorros delas para passear. Ricardo para o carro na beira da estrada, vira para mim e fala:
— Sou um galinha, saí com muitas mulheres e nenhuma delas me fez me sentir como você fez.
Cada vez que te toco, quero mais, cada vez que lembro da nossa primeira vez, tenho uma ereção só de imaginar você naquelas posições que fizemos, e minha mente passa o dia todo imaginando lugares para nós dois namorarmos e fazermos loucuras.
Sempre tive muita energia e nunca achei uma mulher que me completasse, você é essa mulher, meu corpo anseia por você. Vi ela abrir o cinto e subir no meu colo, encostei minhas costas na porta do carro para dar mais espaço para ela, que se ajeitou de cavalo em mim.
— Ricardo, me deixe brincar com seu Pitbull, agora.
— Aqui?
— Sim, aqui e agora. Quero meu Pitbull.
— Faz o que você quiser, minha bela, meu Pitbull está à sua disposição.
— Você não tem medo de sermos pegos parados aqui na estrada?
— Se formos pegos, eu chamo um advogado que conheço e ele nos tira da prisão.
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Atualizado até capítulo 49
Comments
Sandra Maria de Oliveira Costa
😂😂justo aki na minha cidade kkkkkk
2024-12-21
1
Rosiane Ribeiro
Fogo no parquinho 🔥
2024-10-24
3
Adriana Mentoring de Mulheres
🔥🔥🔥
2024-10-12
2