Fique ao Meu Lado
Meu nome é Eliza Rico, tenho 25 anos, sou técnica em enfermagem, também passeio com cães, sou acompanhante em hospitais.
Minha amiga diz que, na realidade, não sou nada, ela é certinha, é residente no Hospital Geral Santa Helena.
Moramos juntas por puro acaso, somos como água e óleo, totalmente diferentes, mas respeitamos o espaço, uma dá, outra.
Eu precisava de um lugar perto do hospital para morar e ela queria alguém para dividir o aluguel. Quando os pacientes internam e precisam de uma acompanhante, ela dá meu contato. Comecei a ficar no hospital com minha mãe que estava doente, depois que ela faleceu, eu resolvi usar o conhecimento que adquiri e fiz disso uma profissão.
Fiz o curso de técnica em enfermagem, porque minha amiga me disse que assim ia conseguir um emprego, mas o problema é que gosto de ser livre e poder escolher os dias em que trabalho. Não gosto de amarras, e nem de ninguém falando o que tenho que fazer, então não namoro, só fico, gosto de homens, só não gosto de ser mandada, vivo a vida com prazer e assim me considero uma pessoa feliz, protejo minha liberdade com minha vida.
Minha amiga diz que sou assim porque nunca me apaixonei, que o dia que isso acontecer vou ser mais careta que ela, que até casar vestida de noiva vou querer. Hoje estou passeando com os cachorros da senhora Ana Venturelli, um husky siberiano, e dois, pinscher. Cheguei de volta na mansão para devolver os cães, e vi uma Ferrari parada na porta, deduzi que deveria ser algum parente.
Toquei a campainha esperando dona Ana vir buscar os cães, mas quem abre a porta é um Deus grego, que parece saído de uma destas revistas de moda. Tenho 1,80 m, me senti uma anã na frente dele. 1.90, corpo todo definido, olhos verdes, cabelos loiros, que homem!
— A senhorita quer falar com quem?
— Preciso falar com a senhora Ana, por favor. Ele vira para dentro e chama:
— Tia, tem uma moça aqui na porta, com seus cães.
Ouço as pegadas de dona Ana, que logo chega na porta. Pega os cães e entrega para o sobrinho, quase empurrando-o para dentro. Conheço bem essa reação, sei que não sou a nora que as mães escolheriam para seus filhos. Se elas soubessem que não precisam se preocupar, eu não tenho intenção de ser nora de ninguém.
— Leva eles para dentro, Ricardo, vou pagar a moça e já continuamos nossa conversa. Eliza, aqui está o dinheiro e nos vemos a semana que vem no mesmo horário, combinado?
— Claro!, dona Ana, até a semana que vem. Fui saindo, escutei chamar meu nome, quando virei, lá vem o sobrinho gostoso, parece que não resolveu D. Ana tentar esconder ele de mim.
— Eliza, preciso dos seus serviços, me procura neste endereço, amanhã cedo que combinamos. Me dá um cartão, li Ricardo Valentim, advogado.
— Quantos são? Ricardo me olha e pergunta:
— Quantos?
— Quantos cães? Não é esse tipo de serviço?
— Sim, claro, um Pitbull.
— Nossa! Ele é muito bravo?
— Não costuma morder, mas você é tão apetitosa que ele pode achar que é um pedaço de carne.
— Se ele me morder, você vai ter que me indenizar.
— Pode deixar que cubro qualquer despesa que você tiver. Abre um sorriso que me derrete por dentro, que homem gostoso será que beija bem? Amanhã vou perguntar, quem sabe saímos. No outro dia, cedo, cheguei no endereço que ele me deu e fiquei imaginando como ele mantém um Pitbull em um apartamento, mas cada louco com sua mania, cheguei na portaria e entreguei o cartão, o porteiro interfonou e me mandou subir. Entrei no elevador e apertei o botão para o quarto andar. Quando o elevador parou, eu fiquei um pouco preocupada. E se ele for um maníaco? Calma, Eliza, ele não ia ter um apartamento aqui no centro se fosse um maníaco.
Cheguei no apartamento e toquei a campainha. Ele abre a porta e quase perco a compostura, está com um short jeans e só, se todo vestido ele era bonito, sem camisa ele é perfeito.
— Entra Eliza, vem conhecer meu amigo. Entrei e não vi sinal de cachorro, virei para ele e, com a mão na cintura, perguntei:
— Cadê seu cachorro?
— Não tem cachorro, eu só queria te ver de novo e na hora foi o que consegui pensar.
Eu já estou na chuva, ele me atrai, aqueles olhos verdes, nossa, que homem. Vou me aproximando e encostei meu corpo no dele, levei minha mão na nuca e puxei a cabeça e comecei a lamber seus lábios. Ele assusta e me faz parar.
— Nossa, você é bem saidinha.
— Você me trouxe aqui, eu estou doida para te beijar, qual é o problema? Você quer que eu te xingue primeiro, para você ter o gosto da conquista?
— Só assustei um pouco, mas pelo jeito você quer o mesmo que eu.
— Você vai me beijar agora ou posso ir embora? Ai, você me manda umas flores e me chama para sair, quem sabe assim dê certo.
Ele vem para cima de mim, me beija, desce a mão pelo meu corpo e em pouco tempo estamos transando. Ele é bom de cama, são poucos que conseguem me fazer gozar uma vez, mas com ele foram três quase seguidas.
Quando acabou, me vesti e fui saindo, ele vem me abraçou por trás e perguntou:
— Quando nos veremos de novo?
— Desculpa, mas não nos veremos mais.
— Por quê? Você não gostou?
— Sim, gostei, você é tudo de bom, mas eu não gosto de compromisso, então paramos por aqui. Dei um selinho nele e fui embora, na realidade, com pena de não poder brincar mais um pouco, mas a vida é assim, não podemos ter tudo o que queremos.
“Ricardo Valentim”
— Ricardo, você precisa ir ver seu pai, o médico disse que logo ele vai morrer, para de ser teimoso, depois você vai se arrepender de não ter ido falar com ele uma última vez.
— Tia, depois que ele largou da minha mãe, não tive mais contato com ele, isso já faz 20 anos, só vim porque a senhora ficou me ligando todo dia.
— Ricardo, meu querido, não sei porque sua mãe resolveu te afastar do seu pai, mas ele sofreu muito com a sua ausência.
— Verdade? E por que ele não tentou uma aproximação? Todos esses anos, nem uma ligação, nada, tia. Estou no meio de uma discussão com minha tia, a campainha dela toca insistentemente, resolvi ir atender. Quando abri a porta, tinha uma mulher iluminada do lado de fora, o sorriso dela enche meu coração de calor. Tentei falar com ela, mas parece tão afetada por mim como estou por ela, me olhou de cima embaixo. Nossa, se me olhar assim mais um pouco, vou ter que beijá-la aqui mesmo.
Resolvi perguntar:
— A senhorita quer falar com quem? Quando me responde, a voz calma me atrai ainda mais. Aí vi os cachorros e entendi, virei para dentro e chamei minha tia, que vem na porta e conversa com ela, pega os cães e me dá praticamente me mandando entrar, só consigo ouvir ela falar o nome dela, Eliza. Preciso pensar rápido, como vou vê-la de novo? Coloquei os cães no chão e passei por minha tia, quase correndo, me recompus e chamei.
— Elisa, ela para e me espera, o que falo agora?
Sem pensar muito, falei:
— Preciso dos seus serviços. Ela acena com a cabeça e pergunta, quantos? Nossa, eu não tenho cachorro, mas vou te dar um apelido, depois penso como desmentir, entreguei meu cartão e marquei para ela pegar meu Pitbull amanhã cedo. Olho para baixo na direção do meu amigo e digo:
“Te dei um apelido, e você não pode falhar, e deixa que mordo ela por você”.
Dei sorriso e voltei continuar minha conversa com minha tia.
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Atualizado até capítulo 49
Comments
Hilda F.P Marchesin
Iniciando Leitura
21/12/2024 23 11 PM
Baixada Santista SP BR
2024-12-22
2
Estela Soares
iniciando a leitura em 02/01/2025
Bora pra leitura /Kiss/
2025-02-03
1
Andrezza 😘
Começando dia 30/01/25 - Zona Norte - S.P
2025-01-31
1