A noite seguia no mesmo ritmo brutal que Kaur sempre impunha, mas algo em seu comportamento parecia mais deliberado, mais calculado. Seus toques não eram apenas possessivos; eram provocadores, quase como se ele estivesse se divertindo em um jogo que apenas ele compreendia.
Arüna sentia o corpo tenso, não apenas pela situação, mas por um desconforto crescente, como se algo estivesse fora do lugar. Chupando o membro de Kaur da forma mais humilhante, Arüna chorava.
— ... Caralho, você é péssima nisso, como pode? —Levantou o seu rosto sem que Arüna o tirasse da boca, o fazendo-o olhar nos seus olhos— Se não chupar direito vou estourar-te todinha quando for te meter.
"Droga...! Ele dizendo essas coisas! Me tratando como puta...! Odeio isso, quero que acabe logo, mas na posição em que estou, não consigo alcançar a beirada da cama!"
— ... No que está pensando que não consegue sequer chupar?
Kaur segurou em seu cabelo e sorriu, mas não havia humor naquele som. Em um movimento rápido, Kaur agarrou sua cintura, puxando-o contra si com uma força que o fez perder o equilíbrio. Arüna arfou, as mãos instintivamente subindo para empurrá-lo, mas ele já segurava sua nuca, mantendo-o no lugar.
—Você não faz ideia do que está provocando. —A voz dele estava tão próxima que o hálito quente roçou na pele dele, fazendo seus pelos se arrepiarem.
— Espere...! Meu senhor...
A palavra saiu como um sussurro, um misto de alerta e hesitação. O medo corria sob sua pele como uma corrente elétrica, mas havia algo mais, algo que a mantinha ali, congelado entre a vontade de fugir e a de ceder. Seus lábios se encontraram desesperados, enquanto Arüna estava sem ar e Kaur morrendo de tesão.
O beijo foi tudo menos gentil – uma colisão de vontades, exigente e voraz. Arüna tentou se afastar, as mãos pressionando os ombros dele, mas Kaur o segurava firme, como se estivesse decidido a não deixá-lo escapar.
O medo se misturava ao calor que subia por seu corpo, confundindo os seus sentidos. Os dentes dele roçaram os seus lábios, e ele arfou, sentindo a pressão aumentar. Era intenso, quase esmagador, como se Kaur quisesse consumi-la inteira. Quando ele finalmente se afastou, Arüna estava ofegante, o rosto quente e os olhos arregalados. Ele a olhou com a respiração pesada, os olhos ainda escuros, mas havia algo diferente ali – um lampejo de dúvida, talvez.
— Isso foi um erro. — ele murmurou.—Deite-se.
"Estou zonzo, acho que foi porque me faltou ar... tenho que alcancar a beirada da cama antes que ele me veja...". De repente ele percebeu quando Kaur parou abruptamente, seus olhos fixos nele com uma intensidade quase insuportável.
— O que foi, meu senhor...? — Arüna perguntou, sua voz hesitante, mas ainda dentro do papel que precisava desempenhar.
Kaur sorriu, aquele sorriso malicioso e cheio de maldade que fazia a espinha de Arüna gelar. Ele inclinou-se sobre ele, os olhos queimando com algo mais sombrio do que luxúria.
— Você acha que pode me enganar, Aruna? — Ele disse, o tom gotejando sarcasmo.
O coração de Arüna disparou. Ele tentou esconder a reação, mas sabia que seus olhos o traíram. Foi quando ele se deu conta que estava quase todo despido e sua nudez masculina era reconhecível. Kaur deixou os dedos deslizaram lentamente pelo pescoço de Aruna, parando no colar que ele usava.
— Desde o momento em que você pisou neste castelo, eu soube.
Arüna arregalou os olhos, sentindo o sangue fugir de seu rosto.
— Soube...? — Ele murmurou, incapaz de completar a frase.
Kaur se afastou apenas o suficiente para olhar diretamente em seus olhos, seu sorriso ampliando-se de forma cruel.
— Que você é um homem.— Ele deixou as palavras saírem devagar, como se estivesse saboreando cada uma. — Acha que eu seria tão tolo a ponto de não perceber?
O choque tomou conta de Aruna, mas antes que pudesse reagir, Kaur o segurou pelo queixo, forçando-o a manter o olhar.
— Foi divertido ver até onde você iria com essa pequena encenação. Todo aquele véu, os gestos tímidos... Olha o nivel hahaha, você deu sua bundinha pra salvar seu império! uma performance admirável, admito. Mas não pense nem por um segundo que você tem controle aqui.
Arüna tentou se soltar, mas a força de Kaur o manteve preso.
— Então por que se casou comigo? Por que fingir que não sabia? — Ele perguntou, a voz carregada de incredulidade.
Kaur inclinou a cabeça, como se estivesse avaliando a pergunta.
— Porque foi divertido. Porque eu quis. E porque, meu caro príncipe, você é muito mais interessante como homem do que seria como qualquer mulher. — Ele riu, a malícia em sua voz clara como o dia. Inclinando-se para a lateral da cama ele pegou a adaga que Arüna havia deixado la para matá-lo— Você acha que é o único com um jogo aqui?
As palavras caíram como pedras sobre Aruna. Enquanto deslizava a adaga pelo corpo dele, que sentia-se exposto, humilhado, mas sabia que precisava recuperar o controle de si mesmo.
— E agora? O que vai fazer? — Ele perguntou, a raiva começando a substituir o medo.
Kaur soltou o queixo de Arüna com um empurrão leve, mas firme. Deslizando sua mão sobre a coxa de Arüna que estava deitado sob ele, enquanto o mesmo se tremia de medo.
— Vamos terminar.
— ...! Terminar o que?
— Temos de consumar o casamento.
— Deixa de besteira! Você já sabe que sou homem, me mate logo e- —Foi interrompido quando Kaur tapou a boca dele e sussurrou perto de seu ouvido.
— Se você não gemer hoje a noite, você vai ter a pior morte que poderia imaginar.
continua....
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Atualizado até capítulo 64
Comments
Elza Lima
adorando
2025-01-07
1