O castelo estava cheio de vida e tensão, a preparação para o casamento de Aruna com Kaur se aproximava a passos largos. Aruna, ainda se sentindo como uma peça num jogo que não compreendia completamente, guiado pela vingança, foi escoltado até o salão onde os pais de Kaur o aguardavam. Ele já soubera que Kaur não tinha falado muito sobre sua família, assim como nao havia falado sobre nenhum outro assim além de gemidos e falar obscenas na camq, mas, agora, diante deles, a realidade da linhagem imponente do futuro marido era algo impossível de ignorar.
O pai de Kaur, Aabel, um homem robusto e de postura altiva, estava sentado em um trono de madeira escura, com a expressão dura como pedra. Ele usava vestes escuras, que refletiam seu status de comandante de guerra. Sua presença era esmagadora, e o simples olhar dele fazia Aruna sentir-se ainda mais pequeno.
Ao lado dele, a mãe de Kaur, uma mulher igualmente imponente, de cabelos curtos e cortantes como seu olhar, observava Aruna sem demonstrar nenhuma emoção. Ela não sorriu, não fez nenhuma saudação amigável. Seus olhos pareciam perfurar a alma de Aruna, e ele sentiu uma onda de frio tomar conta de seu corpo.
— Então, você é a noiva do meu filho? Pelo menos Luzvimindo tem capacidade de fazer algo bom. — O pai de Kaur perguntou, a voz grave e desprovida de qualquer empatia. Ele nem se deu ao trabalho de se levantar ou mostrar qualquer forma de respeito.
Aruna, forçando a voz a não tremer, curvou-se ligeiramente.
— Sim, Sua Majestade, eu sou. É um prazer ter sido agraciada pela proposta de casamento — Ele disse, mantendo o olhar firme, apesar da sensação de desconforto crescente.
Aabel, pai de Kaur, o avaliou com um olhar calculador, sem qualquer sinal de carinho ou acolhimento.
— Hm. Você é a peça que meu filho escolheu, então. — A voz dele era quase um rosnado. — Não importa quem você é. O que importa é o que você representa. Kaur não tem tempo para sentimentalismos. Você vai ser útil. Apenas isso. Não espere mais nada. Depois do ultraje que seu pai e aquele maldito do seu irmão que meu filho fez questão de dizimar você nos deve sua vida garota, pela chance que estamos agraciando você e o seu povo.
A mãe de Kaur, com uma calma imperturbável, olhou para Aruna com um semblante de indiferença.
— Eu espero que entenda a posição em que está. — Sua voz era afiada como uma lâmina. — A linhagem de Kaur não é para ser manchada com fraqueza ou inaptidão. Ele é nosso campeão, e você, seja lá o que for, será um reflexo dele. Não tente fazer algo que vá contra o que ele e a nossa família esperam de você. Não há lugar para erros aqui.
Aruna sentiu um calafrio correr por sua espinha, mas manteve-se firme. Sabia que qualquer demonstração de fraqueza ou medo poderia ser fatal.
— Entendo, senhora. — Sua voz saiu baixa, mas controlada. — Não costumo dar margem a erros.
O pai de Kaur se levantou, e a sua presença se tornou ainda mais esmagadora enquanto se aproximava de Aruna. Ele ergueu a mão e, com um gesto quase mecânico, colocou-a sobre o ombro de Aruna, pressionando com força.
— Não falhe. — Ele disse com uma voz cheia de ameaças não ditas. — O que Kaur faz, a família faz. Você está sendo colocado sob nosso controle, e nada, NADA, poderá desviar isso. Qualquer passo torto seu, ele mesmo fará questão de te decapitar.
Aruna engoliu em seco, sentindo a pressão daquela mão como um peso esmagador sobre seus ombros. O pai de Kaur retirou a mão com a mesma frieza com que a havia colocado.
— Vá se preparar. A cerimônia será breve. — Ele fez um gesto de despedida, como se o assunto já estivesse resolvido.
Aruna, agora ciente do quão pouco significava para os pais de Kaur, se curvou mais uma vez antes de se retirar. A porta se fechou atrás dele, e ele se sentiu ainda mais pequeno, como uma marionete em uma trama que ele não controlava.
"Não achei que seria assim... Mas não estou aqui para agradar nenhum deles, só vou respirar fundo, não aguentarem isso por muito tempo mesmo."
Mas dentro de si, a chama da vingança não se apagava. Ela queimava mais forte, alimentada pela humilhação, pela frieza daqueles que o viam apenas como um meio para um fim.
O casamento seria apenas o começo. E ele estava disposto a suportar tudo o que viesse para finalmente fazer justiça por sua irmã.
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Atualizado até capítulo 64
Comments
Mallya Leclerc
Eu tô muito confusa , é PRINCESA ou PRÍNCIPE?? Eu tô ficando tonta já
2025-01-30
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