Capitulo 9

Lúcio Grigio foi caçado pela cidade como um animal, Odin era um rastreador, um assassino a serviço da máfia que fazia trabalhos sujos para os líderes do crime organizado e não havia nada que passasse por ele, quando chegou ao hotel em que Lúcio estava hospedado Odin não precisou perguntar o quarto, ele observou, observou em silêncio até que enfim o alvo se sentisse seguro para sair, Lúcio andou naturalmente pelo hotel, fez algumas ligações para conhecidos deixando explícito que estava em uma viagem fora da cidade e recebeu a visita de Don Francisco planejando um álibi que lhe ajudaria a se livrar da morte de Tábata quando o crime estourasse pelas ruas de Siena, Odin não teve dúvidas de que as fotos de Mirella ainda criança no estado em que estava vestida eram coisas do padrasto, viu nos olhos dele o dia em que esteve no chalé obsessão e loucura ao falar da garota, Don Francisco era um elo explícito que entregava os membros de uma rede perigosa e doente de pedófilia, não era novidade que qualquer um ligado diretamente a ele fazia parte dessa escória.

Odin entrou na suite, se escondeu na sacada a espera de Lúcio que voltou horas depois, se deitou na cama e fechou os olhos, quando ouviu um assobio ecoar pelo quarto se levantou amedrontado e tremulo sacou a pistola de seu coldre.

— Quem está aí?

Perguntou em tom forte, antes mesmo que conseguisse notar a presença de Odin teve o pescoço enlaçado por uma fina linha de aço, Lúcio levou as mãos entre a pele que se abria em contato com o fio, os dedos que faziam resistência foram cortados fazendo com que sangue esguichasse.

— Gosta de criancinhas?

Odim Sussurrou com um sorriso demoníaco nos lábios.

— Não as encontra-ra no inferno seu merda.

— Padre.

Os olhos cheios de medo encaravam Odin que a cada segundo apertava mais, Lúcio estava lavado em sangue, implorava pela vida quando teve a cabeça arrancada do corpo, Odin andou pelo comôdo, tirou uma das fronhas do travesseiro colocando dentro dela aquilo que havia sido encomendado por Mirella, antes de deixar o quarto fez uma enorme fogueira com os lençóis e não demorou para que as chamas se espalhassem, do lado de fora ele assentiu sem qualquer remorso ou culpa o lugar arder em chamas.

Mirella dormia no sofá quando Odin chegou.

Mirella Grigio.

o homem sem qualquer expressão jogou aos pés dela a cabeça do padrasto a quem ela tanto odiava, Mirella caiu no choro se abraçou aos próprios joelhos com o rosto lavado em lágrimas, Odin a observou em silêncio, era intrigante e curioso o quanto a pequena garota era emotiva, para um homem sem sentimentos aquilo era magnífico, Odin se aproximou de Mirella, não tinha uma única lembrança de ter chorado na vida.

— Qual a sensação?

Ele perguntou se ajoelhando diante dela, os olhos atentos hipnotizavam Mirella.

— Sensação?

— Sim, o que sente quando elas brotam em seus olhos?

As pontas dos dedos tocaram o rosto dela contornando o caminho que as lágrimas trilhavam.

— Nunca chorou?

Ela perguntou com a voz arrastada, ele balançou a cabeça em negação, era como se um buraco existisse em seu peito tão grande que era impossível de ser preenchido.

— Eu não saberia explicar mas e como se o coração embargasse e a dor que não cabe no peito escorresse pelos olhos.

Odin se levantou, a muito tempo não sentia dor, na verdade ele não sentia nada e se precisava disso para que as emoções voltassem a existir morreria sem elas, Odin caminhou até o quarto, tirou a roupa que vestia e se lavou, um banho gelado para aplacar a adrenalina que corria em suas veias, adrenalina que se transformou em chamas fluídas quando ao sair do banho encontrou Mirella a sua espera, a menina vestia uma camiseta branca, os botões foram desabotoados com olhos cravados nos dele.

— Espero que saiba onde está se metendo.

Odin rosnou para ela arrancando do corpo a toalha que usava, os olhos de Mirella correram sobre ele desconcertada e trêmula.

— Fez o serviço que pedi, não é justo que receba?

Odin caminhou até ela, as mãos grandes e firmes cravaram os quadris de Mirella, o pequeno corpo se chocou contra a parede enquanto Odin invadiu com a língua seus lábios, Mirella gemeu, ele era intenso e rude e ela nem mesmo havia beijado antes daquele momento.

— O que foi, arrependida menina?

Mordeu forte o lábio dela, o gosto de sangue invadiu o beijo, Odin a deitou sobre a cama, se inclinou sobre ela, o medo nos olhos de Mirella eram tão excitantes quanto o próprio sexo.

— Essa b0cet@ é minha certo? Paguei por ela Cacete, então abra as pernas.

Mirella obedeceu, não usava nada por baixo da camisa pois tudo que vestia quando chegou ao casebre estava sujo de sangue.

— Porra que delícia, sem calcinha.

Ele sorriu na boca dela, lambeu seu pescoço atacando os seios pequenos e firmes com luxúria, Mirella se contorcia com as sensações mas não pode evitar chorar baixo, Odin parou de joelhos bem no meio das pernas dela.

— C@cete.

Praguejou.

— Porque Diabos chora?

— Estou assustada, você é rude, boçal.

Odin saiu de cima dela.

— Nunca precisei de romantismo para foder as prostitutas que eu pagava.

Mirella virou o rosto, cruzou os braços.

— Não sou prostituta.

— Sim você é, me deu seu corpo em pagamento pelos meus serviços, e foi muito bem pago Mirella eu não cobro barato.

Ele acendeu um cigarro andou até o guarda roupas tirando dele uma calça, se vestiu depressa.

— Podia ser mais gentil? Eu nunca fiz isso antes.

— Gentileza não é minha praia, eu trep0 car@lh0, fod0 duro e forte.

Odin andou até a sala a deixou sozinha no quarto, acendeu a lareira quando enrolada ao lençol ela andou até onde ele estava, Mirella se aproximou enquanto deu um trago no cigarro ele a observava.

— Você é um desgraçado Odin.

Ele sorriu, era verdade.

— Mais fez o que combinamos e eu cumpro com a minha palavra.

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